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Otan x Pacto de Varsóvia

As alianças militares lideradas

Por Danila Moura
1 jan 2007, 17h37 • Atualizado em 16 Maio 2017, 13h36
  • A Otan e o Pacto de Varsóvia nunca travaram um conflito militar direto, mas fizeram o mundo refém de suas trocas de ameaças por mais de três décadas. Abastecidas pela obcecada corrida armamentista da Guerra Fria, as duas organizações simbolizaram o perigo mais imediato de uma guerra entre Estados Unidos e União Soviética. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) surgiu primeiro, em 1949, para lutar contra a expansão do comunismo e retaliar qualquer ataque soviético contra seus países-membros. A resposta da URSS veio em 1955 com o Pacto de Varsóvia, apoiado pelos países do bloco socialista e criado nos mesmos moldes da rival.

    Mudança de rumo

    Com o tempo, porém, o papel das duas alianças militares desviou-se da proposta original. O Pacto de Varsóvia voltou-se para a repressão dos governos contrários ao regime socialista e das eventuais insurreições dos países integrantes. Tornou-se uma ferramenta de controle da URSS sobre seus territórios de influência e extinguiu-se em 1990, logo após a implosão do império soviético. A Otan, por sua vez, ampliou sua atuação: fixou-se nas trocas militares de técnicas de segurança com a Europa, nas intervenções de conflitos e até no combate ao narcotráfico. Hoje, agrupa também países do ex-bloco socialista que fizeram parte do Pacto de Varsóvia, como a Romênia e a Bulgária.

    Estratégias durante a Guerra Fria

    Tecnologia de defesa

    Os EUA não se preocupavam com o efetivo militar em solo europeu, o que mantinha a região fragilizada diante de um ataque soviético por terra. Por outro lado, a Otan compensou seus efetivos militares, tradicionalmente menores que os do Pacto de Varsóvia, investindo de forma maciça em tecnologia de defesa em vários pontos do planeta, principalmente ao redor da URSS. A aliança espalhou sistemas de defesa antimísseis por 4 900 quilômetros, cercando totalmente as fronteiras soviéticas. Os americanos focaram também na produção de armas estratégicas, para poder atacar o território soviético a partir dos EUA.

    Pensando no ataque

    O Pacto de Varsóvia adotou inicialmente dispositivos mais ofensivos, mas não com a clara intenção de atacar o inimigo. A preocupação em se preca ver de uma guerra nos moldes tradicionais era bem maior. Em meados de 1955, já possuía algum poderio nuclear, que foi igualado ao americano cerca de quatro anos depois. Isso mudou a estratégia dos dois lados: ninguém imaginava um confronto bélico sem o uso de armas nucleares. O orçamento militar soviético aumentava cerca de 4% ao ano, e chegou a consumir 15% do produto nacional russo, contra 5% do americano.

    Ações e poder de fogo

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    Dados referentes ao ano de 1985, em solo europeu

    Otan

    Países fundadores: Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, França, Islândia, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Portugal, Reino Unido

    Contingente: 1,367 milhão

    Tanques e blindados: 9 900

    Helicópteros armados: 1 475

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    Peças de artilharia: 2 875

    Submarinos: 300

    Porta-aviões: 28

    Navios de superfície: 583

    Intervenções polêmicas: Envio de soldados à província de Kosovo, nos Bálcãs, em 1999. Ficou marcada pelos constantes erros que levaram à morte dezenas de civis.

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    Pacto de Varsóvia

    Países fundadores: Alemanha Oriental, Bulgária, Hungria, Polônia, Romênia, Tchecoslováquia, União Soviética

    Contingente: 1,425 milhão

    Tanques e blindados: 26 mil

    Helicópteros armados: 1 700

    Peças de artilharia: 11 200

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    Submarinos: 290

    Porta-aviões: 12

    Navios de superfície: 300

    Intervenções polêmicas: Envio de tropas à Tchecoslováquia, em 1968, no episódio que ficou conhecido como Primavera de Praga e reprimiu com violência a “desestalinização” do país.

    Fonte: Otan

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