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O filme de Natal que ajuda a entender a Primeira Guerra Mundial

“Feliz Natal” é inspirado em uma história verídica que aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial. Entenda o contexto histórico

Por Juliana Morales
Atualizado em 23 dez 2022, 19h07 - Publicado em 21 dez 2019, 09h07
 (Sony Pictures/Divulgação/Reprodução)
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Já falamos por aqui sobre uma questão frequente nessa época: como conciliar os estudos com as festas de fim de ano? Afinal, é normal o estudante ficar dividido entre ficar em cima dos livros o tempo todo ou cair na festança mesmo. Resumindo, a resposta é “nem 8 ou 80”. O melhor é buscar um equilíbrio, combinado?

Então, aqui vai mais uma boa dica de como adquirir conhecimento durante esse período e, ao mesmo tempo, relaxar um pouco, assistindo a um filme com pipoca. “Feliz Natal”, lançado em 2006, com direção de Christian Carion, é inspirado em uma história verídica que aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial, em vários locais da frente de batalha. Na noite de Natal de 1914, soldados inimigos se uniram para celebrar, trocando até comida. O episódio retratado no longa é conhecido na História como “Trégua de Natal”.

Confira o trailer legendado:

Trégua de Natal

Ao longo de todo o front ocidental, que se estendia do mar do Norte aos Alpes suíços, cruzando a França, soldados começaram a observar, de uma trincheira para outra, um clima festivo. De forma espontânea, sem um acordo oficial, cessaram fogo e deixaram as diferenças para trás, pelo menos, por alguns dias.

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Assim, atravessaram a zona de fogo, conhecida como “terra de ninguém”, para desejar “feliz Natal” aos rivais e, eventualmente, trocar comida e charutos. Há registros de um funeral coletivo, no qual corpos foram divididos por nacionalidade, e todos se ajudaram na hora de cavar. Além das partidas de futebol, um dos pontos mais comentados acerca do episódio.

Apesar do conhecimento sobre a trégua de 1914 ser limitado, há vários relatos, como o do capitão C. I. Stockwell, do Royal Welsh Fusiliers, do exército britânico: “Às 8h30 do dia 26, eu disparei três tiros para o ar, ergui uma bandeira com os dizeres ‘Merry Christmas’ e subi da trincheira. Os alemães levantaram uma placa com os dizeres ‘Thank you’ e o capitão deles apareceu no alto da trincheira. Nós nos saudamos e retornamos às nossas trincheiras. Em seguida, ele fez dois disparos para o ar. A guerra havia começado novamente” [1].

Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

O século 19 foi marcado por inúmeras rivalidades entre potências europeias. Durante o processo de industrialização, países como a França, o Reino Unido e a Bélgica necessitavam de regiões onde pudessem investir seus capitais excedentes. Por isso, disputavam pela posse de colônias em territórios africanos e asiáticos (era o período conhecido como neoimperialismo).

A Confederação Germânica e os Estados Italianos, depois de uma série de conflitos (principalmente contra a França), conseguiram alcançar a unificação, e logo esses novos países, Alemanha e Itália, partiram para a conquista imperialista, ameaçando o domínio inglês e francês. Ao mesmo tempo, o Império Russo buscava expansão territorial e comercial, entrando em disputa com dois grandes impérios da época, ambos aliados dos alemães: o Império Turco e o Austro-Húngaro.

Essa situação acirrou as disputas nacionalistas, o que levou a uma corrida armamentista, também conhecida como “Paz Armada”. Assim, formaram-se dois blocos de países inimigos, que prometiam se ajudar em caso de uma guerra (Política de Alianças). A Tríplice Entente, composta pela França, Reino Unido e Império Russo, e a Tríplice Aliança: Império Alemão, Império Turco e Império Austro-Húngaro

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O estopim da guerra foi a questão balcânica. No inicio do século 20, a Península Balcânica estava dividida entre o Império Turco e o Império Austro-Húngaro. Porém com a decadência do Império Turco, surgiram países independentes. O Império Russo logo se aliou a esses novos países e, dentre eles, estava a Sérvia, que tinha seus próprios projetos expansionistas. Em nome do nacionalismo eslavo, os sérvios pretendiam anexar a Bósnia-Herzegovina, então uma região que pertencia ao Império Austro-Húngaro.

Em junho de 1914, num cenário de agitações políticas, o arquiduque austríaco, Francisco Ferdinando, foi assassinado em Sarajevo (capital da Bósnia), por um grupo terrorista nacionalista pró-Sérvia.

Por esse episódio, a Áustria declarou guerra à Sérvia. Os russos declararam seu apoio aos sérvios e começaram a deslocar suas tropas. O Império Alemão, que desejava uma grande guerra a fim enfraquecer as potências industriais aliadas dos russos, declarou seu apoio à Áustria. A partir desse episódio, a Política de Alianças foi posta em ação e se iniciou a Primeira Guerra.

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Os personagens mais importantes

[1] THEODORO, Reinaldo V. A Trégua de Natal. In: Clube SOMNIUM, 2004. p.6.

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“Feliz Natal” é inspirado em uma história verídica que aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial. Entenda o contexto histórico

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