Marie Curie nasceu em 7 de novembro de 1867 e foi uma física e química polonesa. Sério, foi uma mulher incrível! Tornou-se a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel e a primeira pessoa a ganhar dois prêmios Nobel em áreas diferentes. Apesar de ser uma excelente aluna na escola, ela foi impedida de entrar no ensino superior regular, que só aceitava homens. Marie decidiu, então, continuar seus estudos na “Flying University”, uma instituição polonesa independente que permitia mulheres.
Essas duas imagens falam muito sobre a dificuldade que Marie Curie precisou enfrentar por ser mulher. Em ambas imagens, ela é a unica representante do sexo feminino a fazer parte de um seleto círculo de cientistas da época, todos homens. As fotos foram tiradas na Conferência de Solvay (a primeira em 1911 e a segunda em 1927), com os grandes nomes da física. (fotos: 1- Wikimedia Commons; 2- reprodução/tumblr spaceplasma)
– 10 mulheres muito importantes para a ciência
Depois de trabalhar como professora e como governanta durante anos para se sustentar, Curie conseguiu juntar um dinheirinho e ir para Paris, onde prosseguiu seus estudos de Física, Matemática e Química na Sorbonne, em 1891, com 24 anos. Foram anos difíceis para ela, que chegou a passar até frio e fome. Ela completou o curso em 1893 e, no ano seguinte, conheceu Pierre Curie, professor de Física na universidade, com quem se casou.
Fascinada pelo trabalho do físico francês Becquerel, que descobriu que sais de Urânio eram capazes de emitir raios, ela decidiu pesquisar mais sobre essa área. Dos resultados de seus próprios experimentos. Marie Curie teorizou que os raios vinham da estrutura atômica dos próprios elementos. Curie cunhou o termo “radioatividade” e Pierre deixou seu trabalho para ajudar a esposa. Juntos, apesar das dificuldades financeiras, eles descobriram dois novos elementos radioativos, que ganharam os nomes de Polônio e Rádio, e contribuiram para o desenvolvimento de raios-X. Marie Curie se tornou a primeira mulher a receber o Prêmio Nobel de Física pelo seu trabalho com a radioatividade, junto com o seu marido Pierre e o físico Becquerel. Depois da trágica morte de Pierre, ela se tornou a primeira professora mulher do curso de Física da Sorbonne.
Marie Curie não se deixou abater e continuou suas pesquisas. Em 1911, ganhou o Nobel em Química e, quando a 1ª Guerra Mundial começou, em 1914, ela devotou seu tempo para ajudar os soldados feridos, instalando máquinas de raio-X portáteis nos campos de batalha.
Durante a sua vida, Curie recebeu inúmeras medalhas e prêmios, mas o trabalho dedicado à investigação da radioatividade acabou sendo sua própria condenação à morte. Morreu em 1934, na França. Ainda hoje, os papéis de suas pesquisas oferecem risco de contaminação para quem quiser tocá-los.