Maior nome da literatura brasileira, Machado de Assis deixou um imenso legado para o país. São dezenas de obras que revelam nosso passado, mas também aspectos da sociedade – e da própria natureza humana – que permanecem intocados. Por causa disso, segue sendo lido e relido mais de um século depois de sua morte.
“O grande escritor é aquele justamente que consegue escrever um texto com complexidade tal que aquele texto permanece fazendo sentido por muitos anos, para muitas gerações de leitores”, avalia Hélio de Seixas Guimarães, professor no curso de Letras da USP e editor da revista online da Machado de Assis em linha, em entrevista ao Jornal da USP. Para ele, o Bruxo do Velho Cosme é o maior exemplo brasileiro neste sentido, porque continua impondo um “desafio permanente” para seus leitores.
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Diante da relevância de Machado, não é de se surpreender que, sai ano entra ano, ele siga figurando nas listas de obras obrigatórias dos maiores vestibulares do país. Mesmo o Enem, que não cobra leituras específicas, já abordou os livros do escritor em diversas questões ao longo dos anos.
Para te ajudar a chegar preparado nos vestibulares – e, é claro, se aproximar do maior autor brasileiro – o GUIA DO ESTUDANTE fez uma seleção de resumos e análises que já publicamos dos livros de Machado de Assis. Conheça, ainda, uma breve biografia do autor.
Vida de Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839 na capital do Rio de Janeiro, filho de Francisco José de Assis e de Maria Leopoldina Machado de Assis. Os pais do escritor não vinham da alta e letrada sociedade carioca. Pelo contrário, Francisco era pintor de casas, e Maria Leopoldina, nascida em Portugal, era lavadeira. A mãe morreu cedo, e há poucos registros da infância e pré-adolescência de Machado de Assis. Sabe-se que ele foi criado no Morro do Livramento.
O início da carreira literária do maior escritor brasileiro foi precoce, aos 15 anos incompletos, e muito associada aos jornais do Rio de Janeiro naquela época. Sua primeira publicação foi o soneto “À Ilma. Sra. D.P.J.A.”, no Periódico dos Pobres. Dois anos mais tarde, em 1856, Machado entrou para a Imprensa Nacional, como aprendiz de tipógrafo, e tornou-se próximo de um outro célebre escritor, Manuel Antônio de Almeida.
Ao longo dos anos, passou também pelas redações dos jornais Correio Mercantil, Diário do Rio de Janeiro, O Espelho e O Futuro. Atuou como revisor, crítico literário, tipógrafo e outros, mas sempre publicando seus contos, poesias e folhetins.
Publicou seu primeiro romance, “Ressurreição”, em 1872. Em 1873, foi nomeado para um cargo público na Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas e adentrou a carreira pública e burocrata de onde tirou seu sustento pelo restante da vida. A esta altura, já era casado com Carolina Augusta Xavier de Novais, sua esposa por 35 anos.
Em 1874, publicou em folhetins o romance “A mão e a luva” e, em 1881, publica uma de suas maiores obras-primas, “Memórias póstumas de Brás Cubas”. Ao longo de sua vida, Machado de Assis aventurou-se por inumeráveis gêneros literários: escreveu críticas, contos, romances, poesias, peças teatrais.
Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1897, sendo eleito também presidente da instituição.
O escritor faleceu em 29 de setembro de 1908 no Rio de Janeiro.
Principais obras de Machado de Assis
- Resumo e análise do romance “Casa Velha“
- Resumo e análise do romance “Dom Casmurro“
- Resumo e análise do conto “Teoria do Medalhão“
- Resenha e podcast do romance “Quincas Borba“
- Resumo e análise do conto “O Espelho“
- Resumo e análise do conto “O segredo do Bonzo“
- Resumo e análise do conto “O Alienista“
- Resumo e análise do conto “Papéis Avulsos“
- Resumo e análise do romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas“
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