Esse tipo de coisa não acontece com qualquer um. Tem gente que passa anos procurando, investindo dinheiro pesado em pesquisas e, mesmo assim, nada acontece… Não foi o caso do inglês Phil Kirk, que localizou um túmulo recheado de relíquias da época do Império Romando enquanto brincava com um detector de metais.
Arqueólogos que estudaram a descoberta estimam que o local devia pertencer a alguém muito bem de vida. Entre os achados, foram encontrados jarros de bronze, mosaicos, moedas e partes de um par de sapatos.
Kirk, que fez a descoberta em Kelshall, uma pequena vila entre Londres e Cambridge, já tinha localizado anteriormente uma moeda romana no mesmo lugar e se sentiu “tentado” a explorar o campo para mais detalhes. Com um detector de metais, ele descobriu os artefatos em outubro de 2014. Comunicou o fazendeiro dono do lugar e os dois chamaram uma equipe de arqueólogos. A datação dos objetos pode ser feita com base nas moedas que estavam no túmulo: um denário de prata, com a imagem do Imperador Trajano, que governou Roma entre 98 e 117 d.C., e outra de um tipo que foi cunhada durante o império de Marco Aurélio (aproximadamente 170 d.C.). Após estudarem outros objetos, os especialistas estimam que o enterro tenha acontecido por volta do ano 200.
Depois de encontrarem um pote que aparentava conter cinzas de um corpo cremado, os pesquisadores conseguiram identificar que o local se tratava, na verdade, de uma sepultura. Eles planejam agora enviar amostras dos ossos da urna para um especialista, que poderá determinar a idade e o sexo do indivíduo por meio de análises do DNA. Outras buscas serão feitas no local e nos arredores para investigarem o sítio arqueológico.
Os achados pertencem a Kirk e ao fazendeiro, mas a equipe de técnicos espera adquirir fundos para comprá-los e colocá-los em um museu local, segundo informou o site LiveScience.