Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Oferta Relâmpago: Assine com preço absurdo

GRÉCIA CLÁSSICA

Compartilhe essa matéria: Link copiado! A civilização grega ou helênica (pois os gregos se chamavam de helenos) começou a se organizar em torno do século XX a.C., ao sul da península balcânica e nas ilhas da região. Como quase não existem documentos escritos datados do período que vai do século XX ao VIII a.C., os […]

Por Redação do Guia do Estudante Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
12 dez 2011, 22h34 • Atualizado em 16 Maio 2017, 13h46
  • A civilização grega ou helênica (pois os gregos se chamavam de helenos) começou a se organizar em torno do século XX a.C., ao sul da península balcânica e nas ilhas da região.

    Como quase não existem documentos escritos datados do período que vai do século XX ao VIII a.C., os pesquisadores se baseiam nos resquícios arqueológicos e na tradição cultural dos antigos gregos. Segundo essa tradição, Homero teria sido o primeiro grego a contar a história de seu povo. Com o tempo as histórias de Homero foram transcritas em duas das mais importantes obras literárias da Antiguidade, a “Ilíada” e a “Odisséia”, que se tornaram fundamentais para se compreender a Grécia Clássica.

     

    PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO (SÉC. XX-XII a.C.)

    • Civilização Cretense ou Minóica (séc. XX – XIV a.C.)
    Ainda no 3º milênio a.C. surgiu na ilha de Creta o primeiro Estado centralizado da região que hoje chamamos de Grécia. O rei cretense tinha o título de minos, por isso esse povo é também chamado de minóico.

    Os cretenses, que viviam principalmente da pesca e do comércio marítimo, dominaram várias ilhas vizinhas e o litoral sul da península balcânica.


    • Formação do povo grego e a Civilização Micênica

    A região continental da Grécia era habitada por tribos locais, os pelágios (ou pelasgos). No século XX a.C. a região foi invadida por povos indo-europeus: primeiros os jônios e os aqueus e, alguns séculos mais tarde, os eólios. Os indo-europeus se misturaram aos pelágios (dando origem aos gregos) e fundaram várias cidades autônomas no território, sendo a mais importante delas Micenas.

    Em sua expansão comercial e política, os gregos entraram em guerra com duas grandes civilizações, vencendo-as: Creta (século XIV a.C.) e Tróia (século XII a.C.). Mas, ao mesmo em tempo que impunham sua hegemonia nos mares, os gregos sofreram a invasão dos dórios, povo indo-europeu de cultura militarista.

    Continua após a publicidade

    Os dórios saquearam e destruíram as antigas cidades gregas, causando o fim da Civilização Micênica (Primeira Diáspora Grega).

     

     

    PERÍODO HOMÉRICO (SÉC. XII – VIII a.C.)

    A partir do século XII, as grandes cidades desapareceram na Grécia e a sociedade passou a se organizar em grandes grupos familiares ou clãs (chamados pelos gregos de genos) . Essa comunidade vivia da atividade agropastoril, era coletivista e a autoridade cabia ao homem mais velho da família, o pater.

    Com o tempo, o aumento do número de pessoas que compunham a grande família criou um problema: como alimentar a todos? A solução encontrada foi a divisão das terras da genos a partir do parentesco com o pater:

    Continua após a publicidade

    – os eupátridas (os “bem nascidos” ou seja, os descendentes próximos do pater) receberam os maiores e mais férteis lotes de terra, formando uma elite fundiária;
    – os parentes mais distantes passaram a ser explorados pelos eupátridas, e alguns deles se tornaram escravos por dívida. Nesse processo, muitas pessoas fugiram para regiões distantes em busca de novas possibilidades de sobrevivência (Segunda Diáspora Grega).

    A fim de manter o controle social, os eupátridas de genos vizinhas se aliaram e fundaram uma nova forma de organização social e política: a pólis, ou seja, a cidade-Estado grega.

     

     

    PERÍODO ARCAICO (SÉC. VIII – VI a.C)

    Esse foi o período em que as cidades-Estado se desenvolveram na Grécia. Cada cidade grega tinha uma forma administrativa própria, com seu próprio rei (ou reis, dependendo do caso), com seus órgãos legislativo e judiciário. Cada cidade reverenciava seu deus principal, e por isso tinha sua própria elite sacerdotal. Ou seja: não existiu na Grécia um poder centralizado, que controlasse todo o território.

    Continua após a publicidade

    As duas polis que mais características desse período foram Esparta e Atenas, por terem desenvolvido regimes políticos e sociais muito diferentes.

    ESPARTA
    – Localização: Península do Peloponeso (região interiorana);
    – Economia agropastoril;
    – Cultura espartana: militarismo e laconismo;

    – Sociedade oligárquica:

    • espartíates ou espartanos: elite composta por militares donos de terras, únicos que tinham o direito a cidadania;• periecos: pequenos agricultores livres que tinham que prestar serviço militar em caso de necessidade;• hilotas: escravos que pertenciam ao Estado (ou seja, aos espartíates).

     

    – Administração política:

    Continua após a publicidade

    • Diarquia: governo exercido por dois reis;
    • Gerúsia: conselho de espartíates mais idosos (gerontes), que controlava os diarcas e elaborava as leis;
    • Ápela: assembléia composta por espartíates com mais de 30 anos de idade, responsável pela eleição dos gerontes e pela votação das leis.

     

    ATENAS– Localização: Planície da Ática (região litorânea);– Economia: agricultura ligada ao comércio marítimo; a fundação de colônias gregas por todo o Mediterrâneo e a Ásia Menor garantiu o desenvolvimento econômico ateniense;– Cultura ateniense: discussão política na ágora (praça pública), valorização de quem sabe “falar bem” (retórica e oratória), racionalismo e apreciação da física (estudo da natureza). Os atenienses desenvolveram a filosofia ocidental;– Sociedade em constante mudança. No princípio era formada por:

    • Eupátridas: elite dona de terras que, em princípio, tinha direito exclusivo à cidadania;
    • Georgoi: pequenos proprietários e camponeses subordinados aos eupátridas;
    • Thetas: grupo marginalizado, sem direito a terra;
    • Metecos: grupo de estrangeiros (comerciantes em sua maioria), sem nenhum direito político;
    • Escravos: base da mão-de-obra ateniense.

    – Reformas políticas e sociais:

    Continua após a publicidade

    • O desenvolvimento econômico levou ao enriquecimento de comerciantes que desejavam ter acesso à cidadania.
    • Guerras Civis

    – Legisladores de uma nova ordem social: Drácon e Sólon
    Tirania (Psístrato, Hiparco e Hípias): governos autoritários que contavam com apoio popular, caracterizaram o período de crise política.

    • Democracia (Clístenes):

    – inovação política ateniense: todos os homens livres, filhos de pais atenienses, independente de sua origem social, passaram a ter o direito à cidadania.
    – a Eclésia passou a ser o principal órgão legislador de Atenas
    – Péricles, que governou Atenas entre 444-429 a.C., aperfeiçoou a democracia e foi o responsável pela construção de inúmeras obras públicas, que levou Atenas a ser uma das mais poderosas cidades da Grécia, por isso o século V a.C. é chamado de “século de Péricles”

     

     

    PERÍODO CLÁSSICO (SÉC. VI – IV a.C.)
    Guerras Médicas ou Greco-pérsicas
    Conflitos entre gregos e persas pelo controle comercial sobre a Ásia Menor.

    – 546 a.C.: os persas conquistaram as colônias gregas no litoral da atual Turquia.
    – I Guerra Médica:
    – 496 a.C.: rebelião dos gregos contra o domínio persa com o apoio de Atenas – os persas decidem invadir a Grécia
    – 490 a.C.: Batalha de Maratona – vitória grega
    – II Guerra Médica:
    – 480 a.C.: Batalha de Termópilas – vitória persa
    – 480 a.C.: Batalha de Salamina – vitória grega
    – 479 a.C.: Batalha de Platéia – vitória grega

    Em 476 a.C. Atenas, principal cidade responsável pela vitória nas Guerras Médicas, organizou a Liga de Delos, uma aliança das cidades gregas sob o comando dos atenienses, com o objetivo de retomar o expansionismo grego em direção ao oriente. Iniciou-se assim um período de hegemonia de Atenas na Grécia.

    Guerra do Peloponeso e a decadência das cidades gregas
    Os espartanos nunca aceitaram a hegemonia da Liga de Delos, e por isso formaram uma coligação de cidades inimigas de Atenas: a Liga do Peloponeso. Em 431 a.C. iniciou-se uma guerra entre os gregos, a Guerra do Peloponeso. A Liga do Peloponeso venceu a Liga de Delos em 404 a.C., dando inicio a hegemonia espartana.

    No século IV a.C. ocorreram outras batalhas entre as cidades gregas, levando ao rápido esgotamento de suas reservas econômicas e ao enfraquecimento dessa civilização, facilitando a invasão dos macedônicos, um povo do norte de península Balcânica.

     

     

    PERÍODO HELENÍSTICO (SÉC. IV – II a.C.)

    Os macedônicos liderados por Filipe II, invadiram e conquistaram as cidades gregas em 338 a.C..
    Em 336 a.C., Alexandre, filho de Felipe, se tornou rei da Macedônia e da Grécia. Alexandre, após submeter definitivamente os gregos, partiu para a conquista da Ásia. Em quase 10 anos, as maiores civilizações do Oriente Médio (Mesopotâmia, Egito e Pérsia) foram conquistadas pelos macedônicos.
    O Império Macedônico foi chamado de Império Helenístico, já que o próprio Alexandre fazia questão de difundir a cultura grega em todas as regiões conquistadas, ao mesmo tempo em que assimilava as culturas dos povos dominados.
    Em 323 a.C. Alexandre morreu, e o seu império foi dividido entre os seus principais generais, o que deu origem aos Reinos Helenísticos (Ptolomaico, Antigônidas e Selêucida).

     

    (FUVEST – 2009) “Alexandre desembarca lá onde foi fundada a atual cidade de Alexandria. Pareceu-lhe que o lugar era muito bonito para fundar uma cidade e que ela iria prosperar. A vontade de colocar mãos à obra fez com que ele próprio traçasse o plano da cidade, o local da Ágora, dos santuários da deusa egípcia Ísis, dos deuses gregos e do muro externo.” Flávio Arriano. Anabasis Alexandri (séc. I d.C.).Desse trecho de Arriano, sobre a fundação de Alexandria, é possível depreender

    a) o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da cultura grega com a egípcia e as do Oriente Médio.

    b) a incorporação do processo de urbanização egípcio, para efetivar o domínio de Alexandre na região.
    c) a implantação dos princípios fundamentais da democracia ateniense e do helenismo no Egito.
    d) a permanência da racionalidade urbana egípcia na organização de cidades no Império helênico.
    e) o impacto da arquitetura e da religião dos egípcios, na Grécia, após as conquistas de Alexandre.

    A questão remete a cultura helenística, já que demonstra a preocupação de Alexandre em manter a deusa egípcia Isis, ao mesmo tempo em que constrói a praça central (Ágora) e os templos dos deuses gregos. Todas as outras se anulam, pois não mencionam a vontade de Alexandre e insinuam uma influência egípcia no processo.

     

    (Unicamp – 2008) Nada é mais presente na vida cotidiana da coletividade do que a oratória, que partilha com o teatro a característica de ser a manifestação cultural mais popular e mais praticada na Atenas clássica. A civilização da Atenas clássica é uma civilização do debate. As reações dos atenienses na Assembléia eram influenciadas por sua experiência como público do teatro e vice-versa. Trata-se de uma civilização substancialmente oral.O grego era educado para escutar. O caminho de Sócrates a Aristóteles ilustra perfeitamente o percurso da cultura grega da oralidade à civilização da escrita, que corresponde, no plano político e social, à passagem da cidade-estado ao ecumenismo helenístico.

    a) Estabeleça relações entre o modelo político vigente na Atenas clássica e a importância assumida pelo teatro e pela oratória nesse período.
    b) Aponte características do período helenístico que o diferenciam da Atenas clássica.

    a) Segundo o próprio texto afirma, a oratória e o teatro eram importantes para a formação dos cidadãos atenienses que viviam em m regime democrático. E o próprio comportamento do cidadão, que fazia parte do público que assistia as peças teatrais, influenciava sua atitude nas assembléias, onde era importante o domínio da retórica.
    b) O Império helenístico buscou a conquista e o controle das diversas cidades e civilizações da época, em oposição a antiga autonomia das cidades-Estado gregas; a fusão da cultura grega a cultura oriental formando a cultura helenística, em oposição a cultura grega das cidades que era xenofóbica (aversão aos estrangeiros e estrangeirismos).

     

     

     

     

    Publicidade
    TAGS:

    Conteúdo para assinantes

    Continua após publicidade
    GRÉCIA CLÁSSICA
    Estudo
    GRÉCIA CLÁSSICA
    Compartilhe essa matéria: Link copiado! A civilização grega ou helênica (pois os gregos se chamavam de helenos) começou a se organizar em torno do século XX a.C., ao sul da península balcânica e nas ilhas da região. Como quase não existem documentos escritos datados do período que vai do século XX ao VIII a.C., os […]

    Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se você já é assinante faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    MELHOR
    OFERTA

    Plano Anual
    Plano Anual

    Acesso ilimitado a todo conteúdo exclusivo do site

    Apenas R$ 1,99/mês*

    Plano Mensal
    Plano Mensal

    R$ 19,90/mês