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Fugindo do lugar comum: conheça possibilidades pouco usuais da engenharia

Preparamos para você uma seleção de cursos de engenharia menos conhecidos, mas com um futuro promissor

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h48 - Publicado em 24 nov 2009, 12h54

Fugindo do lugar comum: conheça possibilidades pouco usuais da engenharia
Engenharia de Pesca é uma da opções pouco difundidas da área

por Filipe Garrett

A área da engenharia sempre teve status de difícil, mas que remunera relativamente bem e oferece a possibilidade de uma carreira sem estagnação. E com o bom momento econômico do país, a perspectiva do mercado de trabalho da área para os próximos anos é ótima.

Apesar do número de profissionais formados anualmente ter dobrado em cinco anos e o Brasil ter 1.200 faculdades que recebem 300 mil novos alunos por ano, conforme revelou um levantamento elaborado pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), em diversas especialidades da engenharia o mercado ainda corresponde a um manancial praticamente inexplorado.

Para que se tenha uma ideia, o sistema de ensino é incapaz de formar profissionais suficientes para a demanda existente em áreas como Engenharia Naval, de Minas e de Petróleo. Se você tem interesse na engenharia, mas não sabe ainda qual especialidade estudar, talvez seja hora de considerar cursos menos tradicionais, mas com mercado de trabalho em franca ascensão. Para ajudar você, selecionamos algumas boas opções:

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– Teste profissional: veja se engenharia é a sua praia

ENGENHARIA INDUSTRIAL MADEIREIRA
É uma área da engenharia nova no Brasil. O primeiro curso foi criado na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 1999, e em todo o país são menos de 150 engenheiros no mercado. Segundo o coordenador do curso, professor Umberto Klock, “há uma carência latente por engenheiros de todas as áreas e, no caso específico da madeira, o profissional capacitado a resolver gargalos e cuidar da gestão no ciclo de produção possui um campo de trabalho vasto, com vistas a crescer no médio prazo”. Bárbara Rocha Venâncio é aluna do primeiro ano do curso e se diz apaixonada pela Engenharia Madeireira: “Eu pensava em cursar Civil e acabei norteando minha escolha pelo mercado de trabalho mais aberto. E não me arrependo”. Segundo a estudante, a grade curricular bastante puxada é compensada pelas perspectivas profissionais.

Duração: 5 anos.
Onde: UFPR, UNIUV, UNESP, UFPEL, UFES, UNIPLAC
Candidatos/vaga (média): 5

ENGENHARIA DO PETRÓLEO
Ao lado da Engenharia Naval, o curso voltado para a operação e gestão da extração do petróleo terá um futuro dourado pela frente, ainda que o ouro que explore seja negro. O professor Sérgio Fontoura, coordenador do curso da PUC-RJ, classifica a graduação em Engenharia do Petróleo como uma área “que exige do profissional um gosto pelo desafio, afinal é uma atividade com riscos exploratórios e grandes demandas tecnológicas”. Martha Salles está no quarto ano do curso e se diz tranquila a respeito das perspectivas profissionais em virtude dos investimentos no pré-sal. “Há muito espaço nessa área, o engenheiro pode trabalhar em diversas etapas do processo de extração do petróleo”, afirma.

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Duração: 5 anos
Onde: PUC-RJ, UFRJ, UENF, USP, UFES
Candidatos/vaga (média): 14

– Veja mais no Guia de Profissões

ENGENHARIA DE PESCA
O profissional desta área tem um contato muito maior com a natureza e um envolvimento marcante com as comunidades pesqueiras. Afinal, no Brasil a atividade da pesca ainda engatinha e é bastante rústica onde é praticada. “Isso tende a mudar com alguns avanços obtidos, como a criação recente do Ministério da Pesca e a inclusão de pescadores e aquicultores na categoria de produtores rurais, o que possibilitará uma facilidade maior em financiar a produção”, afirma a professora Maria do Carmo Soares, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), onde foi implantado o primeiro curso no Brasil. O aluno do terceiro ano André Guimarães da Silva diz que o desafio da profissão é instigante, visto que contrapõe a busca pela eficiência na produção com uma relação equilibrada visando a sustentabilidade. “Além disso, nossa profissão está diretamente vinculada à inclusão social e à proximidade com as comunidades, o que é um diferencial na área de engenharia”, relata. Em relação ao mercado de trabalho, André acredita que há muito o que crescer: “Não há ainda muito espaço na iniciativa privada, mas há boas perspectivas no médio prazo e na aposta pelo empreendedorismo”.

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Duração: 5 anos.
Onde: UFPRE, UFAM, UFC, UFPA, UNIOESTE, UFPI, UFS, UNEB, UFRB, UEAP, UFERSA, UNIR
Candidatos/vaga (média): 6

– Veja mais no Guia de Profissões

ENGENHARIA CARTOGRÁFICA
É a área da engenharia responsável por mapas. Aqui o engenheiro trabalha compilando dados geográficos para a elaboração de registros cartográficos que abastecerão diversos outros ramos da engenharia. A graduação nessa área é pouco difundida no Brasil e está presente em seis universidades, todas públicas. Por ser um curso pouco comum, há uma demanda grande por profissionais. A coordenadora do curso da UFPR, professora Maria Aparecida Zaneti, salienta que “frequentemente profissionais de outras áreas buscam especialização na área em virtude da escassez de engenheiros cartógrafos graduados”. A estudante Roberta Dal Bosco Carletto, do terceiro ano, ressalta que a profissão oferece espaço tanto para quem gosta de trabalhar no escritório com projetos, como para quem prefere ir a campo. “O curso é bastante dinâmico, não é só em sala de aula. Temos uma grande carga de atividades nos laboratórios e ao ar livre”, diz.

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Duração: 5 anos.
Onde: UFPR, UFRGS, UERJ, UNESP, IME, UFPE
Candidatos/vaga (média): 5

– Veja mais no Guia de Profissões

ENGENHARIA DE MINAS
A necessidade por minerais em nossa vida está presente desde o computador que permite você ler este texto ao prato da sua próxima refeição. “O profissional de minas é um privilegiado quanto ao mercado de trabalho, o setor de mineração absorve com facilidade a mão-de-obra formada no país”, afirma o professor Adriano Gripp, da UFMG. A Engenharia de Minas é uma atividade que demanda capacidade em interagir com equipes multidisciplinares e também a disponibilidade para viver longe de grandes centros, afinal não é sempre que as minas brotam pelas nossas metrópoles. O estudante Lucas Gomes Fiuza, que está no décimo período, relata que o curso em si é bastante dinâmico. “Além das disciplinas em sala de aula, temos muitas visitas técnicas e conhecemos minas, afinal muitos chegam ao curso sem jamais ter estado em uma”, explica. A atuação do profissional desta área está centrada em toda a cadeia produtiva voltada à extração e mesmo beneficiamento de minérios.

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Duração: 5 anos.
Onde: UFMG, UFRGS, USP, UFPE, UEMG, UFOP, UNIFAL, UFG, UFPA, UFBA, UFCG
Candidatos/vaga (média): 18

– Veja mais no Guia de Profissões

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Estudo
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