Pagar um curso superior particular pode não ser mais um problema. Em uma palestra, que aconteceu nesta sexta-feira (14), durante a Feira Guia do Estudante 2017, o consultor em subsídio estudantil Alexandre Mori falou sobre as diferentes formas que os estudantes podem recorrer na hora de bancar uma faculdade e como ainda é possível utilizar o Fies, o programa de financiamento estudantil do governo federal.
Durante o evento, o especialista afirmou que, a partir de 2018, o Fies não contará mais com a “carência”, o período após o curso que o estudante teria para juntar o dinheiro e quitar a dívida com da faculdade com o Estado. De agora em diante, o formando terá que começar a pagar o valor assim que a graduação acabar.
Mori alegou que conseguir o apoio do governo está mais difícil, devido à dívida que este programa acumulou ao longo dos anos, causada pela inadimplência de alguns beneficiados. Cerca de 50% dos patrocinados ainda não quitaram o débito. Agora, alunos que entrarão em cursos prestigiados, como Medicina, e em faculdades conceituadas têm mais chances de conseguir um maior financiamento, chegando a até 97% do valor. Estudantes de outras graduações, mas com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio por pessoa, podem obter o custeio de até 20%, dependendo do caso.
Para quem não conseguir a ajuda do Fies, Mori afirmou que existem alternativas possíveis e deu algumas dicas. De acordo com o especialista, está cada vez mais fácil conseguir o auxílio ou o financiamento próprio, realizando um acordo com a própria instituição de ensino superior que o aluno resolveu cursar. Em último caso, se o estudante ainda tiver dificuldades de arcar com o valor, é possível recorrer à ajuda de um banco. Isto, porém, requer cuidado, reiterou o consultor, porque o graduando pode adquirir duas dívidas paralelas, uma com a faculdade e outra com o banco.
No final da palestra, o consultor deu uma dica final aos estudantes presentes: mais do que pensar no valor do curso ou em como é possível pagá-lo, ainda é muito importante avaliar a qualidade da instituição e medir o custo benefício da situação. Vale mais a pena apostar no preço da mensalidade ou realizar um ensino superior com mais prestígio? Mori afirmou, por fim, que uma solução é confiar no que o mercado de trabalho procura.