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“Decifrando o coronavírus”: a doença e a cura do corpo humano

Entenda a corrida pela vacina contra o coronavírus e saiba como funciona a resistência do corpo à doença

Por Letícia Albuquerque
Atualizado em 23 Maio 2020, 10h12 - Publicado em 23 Maio 2020, 10h12
 (Unsplash/Guia do Estudante/Reprodução)
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Muitas dúvidas ainda surgem ao falarmos sobre a cura ou controle do coronavírus. Isso porque, como discutimos em toda a série “Decifrando o coronavírus”, sabemos muito pouco sobre o Sars-CoV-2 e a covid-19 e laboratórios do mundo todo estão trabalhando para descobrir mais sobre o causador da pandemia. Aqui no GUIA DO ESTUDANTE, convidamos o professor e autor de Biologia do pH Cícero Melo para falar sobre o combate ao vírus e tirar dúvidas dos estudantes.

Por que existe uma corrida por uma vacina?

O controle de uma doença como a covid-19 sempre passa pela ideia de vacinação, já que essa é a forma mais efetiva de controlar um vírus de fácil transmissão. A vacina previne não só que a população evite ter reações à doença, mas, também, que os portadores assintomáticos (aqueles que não tem reação à doença) evitem passar para outros.

Os grandes centros urbanos já estão infectados e, agora, a doença está se disseminando para o interior. De acordo com o professor, é possível, em uma pandemia como essa, que exista uma segunda onda de contaminação após o controle do vírus nos centros já que, em algum momento, a população que está no interior volte a ter contato com quem continua no centro. A vacinação correta de toda (ou da maior parte) da sociedade previne esse efeito rebanho.

Mas qual a diferença entre uma vacina e um soro?

Em outra matéria do GUIA, explicamos tudo sobre a produção das vacinas e agora explicamos por que, em casos como o coronavírus, as vacinas são a melhor solução. Enquanto os soros funcionam como medicamentos para pessoas já contaminadas e doentes, a vacina funciona como uma prevenção.

Nesse caso, o corpo humano é exposto a uma pequena quantidade do próprio agente causador da doença para que o próprio organismo produza, sozinho, anticorpos necessários para combater o vírus e gerar a memória imunológica. Dessa forma, em um contato posterior com o coronavírus, o corpo estará preparado para se defender de forma rápida e eficiente.

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O biólogo comenta que o desenvolvimento de um soro, em um cenário em que os cientistas sabem tão pouco sobre a doença, é muito difícil. É mais fácil tratar os contaminados com um medicamento antiviral, prolongando suas vidas até a chegada da vacina, a única forma efetiva de tratamento, já que possivelmente existe uma quantidade imensa de pessoas assintomáticas.

Tipos sanguíneos diferentes reagem de forma diferente ao coronavírus?

Os tipos sanguíneos são características das células vermelhas do sangue, enquanto o sistema imunológico é formado pelos glóbulos brancos. Podem existir pessoas que respondem de forma diferente ao Sars-CoV-2 por apresentarem características imunológicas diferentes ou mesmo por terem sido expostas a uma quantidade diferente de vírus, mas nada tem a ver com o tipo sanguíneo.

Vamos precisar de mais de uma vacina para combater o vírus?

Ainda não há certeza quanto a isso. De acordo com Melo, o mapeamento do Sars-CoV-2 em pacientes brasileiros identificou diferenças entre o vírus disseminado aqui do vírus que surgiu na China. Isso acontece porque os vírus sofrem mutações. Identificar e entender essas variantes é o que guia os profissionais da saúde para criar uma vacina de combate à doença.

Uma vacina eficiente é feita a partir de uma proteína comum da estrutura de todos os vírus circulantes no mundo. Caso a vacina produzida reconheça apenas uma dessas mutações, ela servirá especificamente para o combate do vírus semelhante àquele usado em sua produção. Como ainda é cedo para saber o grau mutacional do Sars-CoV-2, também é cedo para afirmar se será necessária mais de uma vacina.

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Podemos ser contaminados mais de uma vez?

Os pesquisadores ainda não sabem. É preciso esperar estudos posteriores para entender como o vírus age, qual seu grau mutacional e, ainda, entender a capacidade do sistema imunológico de cada pessoa ao criar defesas contra o vírus. Melo afirma que, no momento, o melhor é evitarmos qualquer tipo de contato com pessoas contaminadas – ainda que você esteja curado da covid-19.

Assista à live completa para tirar todas as suas dúvidas sobre o movimento de vacinação.

 

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Entenda a corrida pela vacina contra o coronavírus e saiba como funciona a resistência do corpo à doença

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