Como organizar os estudos de inglês para o Enem
Veja técnicas para estudantes com diferentes graus de domínio do idioma
Alguns estudantes tiveram contato com a língua inglesa desde pequenos. Outros começaram a se familiarizar com o idioma mais tarde. De qualquer forma, seja qual for o seu nível, para garantir esses pontos no Enem é preciso estudar. Mesmo pessoas que dominam a língua podem se confundir com as alternativas e, sem uma estratégia adequada, perder mais tempo do que deveriam nas questões fáceis.
Segundo o professor de inglês Francisco de Oliveira, do Poliedro, o exame nunca cobra gramática e investe na interpretação de textos. “O Enem tem evoluído muito nos últimos anos em termos de diversidade de gêneros textuais, com poemas, letras de músicas, propagandas e charges. Além disso, o nível cobrado é intermediário”.
Breno Morita, professor de inglês do Etapa, conta que além dos gêneros diferentes, a prova oscila entre o vocabulário formal e informal, então mesmo os que dominam a língua precisam se preparar. “O importante é investir em vocabulário e não apenas em regras gramaticais. Desenvolva sua capacidade de leitura e de interpretação”.
O professor ressalta a importância de refazer provas antigas para perceber qual o tipo de pergunta que costuma ser cobrada. “Conheça os exames anteriores, isso faz toda a diferença. Pegar vestibulares semelhantes também é válido. A Fuvest e a Unicamp são muito parecidas na área, por exemplo”.
Dicas para quem já domina o inglês
“Idioma é contato. Se não treinar perde a habilidade”. Francisco afirma que filmes, músicas e documentários podem ser muito úteis para relaxar sem deixar de aprender. “A língua está rolando. Tudo que você puder fazer para agregar é válido, seja por meio da leitura ou do audiovisual”.
Entretanto, Breno alerta que essa ferramenta é mais adequada para quem tem um nível de inglês intermediário ou avançado. “Isso não funciona muito bem para quem não está com o inglês tão forte por causa da velocidade em que tudo se passa. Se você não estiver seguro com o idioma pode não entender muita coisa e isso irá gerar um desgaste emocional”.
Na hora da prova
Francisco ainda dá uma dica para o dia da prova. Alguns alunos costumam ler as alternativas e, depois, caçam as respostas no texto. Para o professor, essa tática só funciona para quem está muito seguro com a língua. Do contrário, isso é um equívoco.
“Nos testes, se você ler as questões primeiro pode ser induzido ao erro. É perigoso. Primeiramente, leia o texto e marque as palavras-chave. O segundo passo é fazer um resumo mental do que foi lido, organizando o que entendeu. Só depois vá para as alternativas. Antes de marcar, sempre localize e cheque a informação no texto. Assim fica mais fácil”.