Você já se pegou estudando por horas, mas sem realmente absorver o conteúdo? Ou talvez escolhendo um vídeo rápido em vez de se debruçar sobre um livro? Essa é a essência da chamada aprendizagem preguiçosa.
Essa forma um tanto capenga de aprender pode se manifestar em diferentes formas: ler resumos em vez de obras completas, ouvir podcasts só durante o deslocamento, sem muita atenção, ou fazer anotações superficiais. Em resumo, é um estado em que as pessoas buscam um objetivo, mas dedicam tempo a atividades sem foco e sem uma real intenção de progresso.
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Isso pode incluir:
- Repetição mecânica: praticar uma habilidade repetidamente sem refletir sobre o que está sendo feito;
- Falta de desafio: optar por tarefas que não exigem esforço ou que não trazem aprendizado significativo;
- Desvio de foco: dividir a atenção entre muitas tarefas, o que reduz a eficácia do aprendizado.
Será que você não está apenas criando uma ilusão de aprendizado?
Prática deliberada
A primeira coisa que você precisa entender é que nem sempre a quantidade de tempo investido em determinada tarefa é proporcional à qualidade do resultado dela. No caso de alguém se preparando para o vestibular, por exemplo, fazer sempre exercícios muito parecidos ou sobre temas que você claramente já domina pode até fazer bem para a autoestima, mas dificilmente vai fazer o número de acertos aumentar nas provas.
É aí que entra uma técnica conhecida por prática deliberada. Imagine um pianista que, em vez de simplesmente tocar suas músicas favoritas, dedica horas a cada dia para praticar escalas, corrigir pequenas falhas e aprimorar sua técnica. Ou um atleta que não faz treinos por fazer, mas analisa cada movimento, identifica suas fraquezas e se concentra em melhorá-las. Essa é a ideia aqui: um caminho estruturado e consciente para o aprimoramento.
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Segundo o professor Anders Ericsson, da Universidade Estadual da Flórida (EUA), que passou a maior parte das últimas três décadas analisando como profissionais de elite, de músicos a cirurgiões, alcançam o topo em seus campos de atuações, 60 minutos fazendo “a coisa certa” é melhor do que qualquer quantidade de tempo gasto aprendendo sem foco.
“Não é sobre o tempo total gasto praticando algo, isso precisa ser combinado com o compromisso do aluno”, disse em entrevista à BCC Capital.
Essa seria então a chave que muitas pessoas usam para se tornarem especialistas em algo e atingirem níveis excepcionais de desempenho, seja em música, esportes, artes ou até mesmo em habilidades profissionais.
Confira abaixo algumas dicas de como seguir essa prática:
- Definição de metas claras: estabeleça objetivos específicos e mensuráveis para sua prática.
- Divida seu plano em etapas menores: não criar metas mirabolantes e estabelecer prazos é a melhor maneira de medir o progresso e analisar se você está evoluindo ou paralisado.
- Feedback constante: busque retorno sobre seu desempenho. Isso pode vir de alguém com experiência na área ou mesmo de uma autoavaliação.
- Saída da zona de conforto: enfrente desafios que estejam além das habilidades que você já domina, mas que exijam mais esforço.
- Reflexão e ajuste: reserve um tempo para refletir sobre o que funcionou e o que não funcionou, ajustando sua abordagem conforme necessário.
- Concentração total: dedique períodos focados e ininterruptos à prática, diminuindo ao máximo as distrações ao seu redor.
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