Ano de vestibular exige muito estudo, planejamento e organização. Afinal, são cobrados conteúdos de diversas áreas do conhecimento e o aluno precisa estar preparado para responder tudo. Ou melhor, quase tudo. Por mais que você aprenda, faça revisões, esteja com as respostas na ponta do lápis, é quase impossível gabaritar uma prova. Sempre tem aquela questão que deixa a gente com a pulga atrás da orelha.
Como o tempo nos vestibulares não costuma colaborar — no Enem, por exemplo, a média é 3 minutos e 30 segundos por pergunta —, só resta recorrer à famosa técnica milenar de intuição para acertar: o chute. Porém, não é aquele que você fica em dúvida entre “C” de Cristo ou “D” de Deus. Estamos falando de algo mais sofisticado.
Existem estratégias reais que aumentam as chances de marcar a alternativa correta. Ao se preparar para a prova, o vestibulando também precisa aprender a identificar rapidamente elementos que sinalizam quais opções estão erradas. Chutar entre duas alternativas é melhor do que quando se têm cinco. As chances de acertar sobem para 50%. Isso pode fazer a diferença entre conseguir ou não a vaga no curso desejado.
Por isso, o GUIA separou algumas dicas importantes que vão ajudar em momentos de indecisão. Confira:
Pule questões complicadas
Todo vestibular é composto por questões fáceis, intermediárias e difíceis. Você só vai conseguir saber o nível ao tentar resolver a prova. Mas é importante não perder muito tempo em itens complexos, porque isso pode atrapalhar o seu desempenho. Ninguém quer chutar em uma questão fácil porque não deu tempo de tentar responder, né? “Na última leitura devem restar apenas as mais difíceis, estrategicamente esse é o jeito correto de fazer uma prova. O aluno deve chutar apenas nas mais complicadas”, afirma Márcio Guedes, coordenador do Curso Poliedro.
TRI do Enem
A Teoria de Resposta ao Item (TRI) adotada pelo Enem é conhecida como método “anti-chute”. O sistema leva em consideração o grau de dificuldade das questões em vez da quantidade de acertos do candidato. Pode acontecer, por exemplo, de duas pessoas com o mesmo número de itens corretos tirarem notas diferentes. Se aluno acertou as mais difíceis e errou as fáceis, fica subentendido que ele chutou. Por isso, a nota será menor. “O Enem está avaliando se a pessoa foi coerente ao realizar a prova, se ela usou alguma estratégia”, afirma Guedes.
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Elimine itens absurdos
No momento de dúvida, exclua opções que não têm relação alguma com o que está sendo perguntado. Geralmente, elas contêm frases “sem noção” que com certeza estão erradas. No Enem, alternativas com elementos que ferem os direitos humanos podem ser descartadas sem pensar duas vezes, porque elas vão contra as diretrizes da prova.
Sinal de alerta para a generalização
Ao observar palavras que trazem ideias de generalizações, como “sempre”, “nunca”, “com certeza”, “jamais”, “especificamente”, entre outras, o aluno precisa ficar atento. Elas podem indicar a alternativa incorreta. “Quando a opção é muito contundente, ela é minimamente suspeita, principalmente em questões de humanas”, diz Guedes.
Semelhanças entre as opções
Itens que se repetem nas alternativas podem indicar aquelas que estão mais corretas. Nem sempre isso funciona, mas isso pode te ajudar na hora do sufoco e aumentar as suas chances de acertar a questão. Por exemplo, se “cachorro” e “gato” aparecem com mais frequência entre as opções, isso indica que a correta contém esses elementos.
De acordo com Guedes, na área de exatas o candidato pode eliminar a alternativa com o resultado mais divergente dos demais. “Quando a prova é bem formulada, ela apresenta opções muito parecidas. Se a resposta for 12, o examinador sabe que se o aluno trocar alguma função ou sinal a conta pode resultar em 15. Então essa resposta vai estar entre as alternativas”, afirma.
Equilíbrio entre as alternativas
Os especialistas que elaboram as provas costumam distribuir as repostas corretas de uma maneira equilibrada entre as questões. Dificilmente o candidato vai encontrar uma sequência longa de alternativas “A”, por exemplo.
“Os avaliadores se preocupam com o gabarito da prova. Eles sabem que isso atrapalha a produção lógica do aluno. Mas não dá para afirmar que existe uma quantidade igual de “A”, “B”, “C” etc”, diz Guedes.
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