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Brasil Império: 5 fatos sobre o Segundo Reinado

Escravidão, Guerra do Paraguai e mais: estude fatos determinantes do reinado de Dom Pedro ll

Por Wender Starlles
Atualizado em 18 ago 2021, 13h18 - Publicado em 18 ago 2021, 12h04

Guerra contra o Paraguai, abolição da escravatura e fim do Império foram alguns dos acontecimentos que marcaram o Segundo Reinado (1840-1889). No período, ocorreram grandes transformações políticas e sociais no Brasil.

Na nova novela da TV Globo “Nos tempos do Imperador”, ambientada entre os anos de 1856 e 1870, será possível acompanhar eventos históricos do governo de D. Pedro II que podem ajudar você durante os estudos. Porém, lembre-se: é uma obra de caráter ficcional, sem compromisso com a realidade. Os fatos envolvem dramatização.

Confira 5 acontecimentos que marcaram o Segundo Reinado:

1 – Golpe da maioridade

O jovem Dom Pedro ll
D. Pedro II pouco depois de completar 10 anos de idade. Félix Émile Taunay, 1837. (Acervo Museu Imperial/Ibram/Ministério da Cultura/Divulgação)

 

Em 23 de julho 1840, por meio de uma medida constitucional, Dom Pedro de Alcântara, com 14 anos e sete meses de idade, teve sua maioridade antecipada. Foi coroado como Dom Pedro II e assumiu o trono imperial do Brasil.

A manobra, que colocou fim ao Período Regencial (1831-1840), ficou conhecida como Golpe da Maioridade e inaugurou o Segundo Reinado.

Por conta da insatisfação que havia durante o governo de D. Pedro I, ele precisou abdicar do cargo em 1831. O imperador deixou o trono para que seu filho quando atingisse idade mínima de 18 anos, exigida pela Constituição de 1824, pudesse assumir o cargo.

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++ VEJA – Dom Pedro II – o que a escola não ensina

 

2 – Parlamentarismo

Bandeira do Brasil no 2º reinado
Bandeira do Brasil no 2º reinado (Pinterest/Divulgação)

A primeira metade da década 1840 foi marcada por conflitos entre liberais e conservadores. Para resolver o problema, em 1847 foi instituído o Parlamentarismo, que funcionava junto com o Poder Moderador (exercido por Dom Pedro II). O regime foi implementado para atender aos interesses da elite agrária do país.

No Brasil, o sistema ficou conhecido como parlamentarismo às avessas, porque era o imperador quem nomeava o presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro) e outros integrantes do Conselho de Estado. Com o poder Moderador, D. Pedro II tinha a liberdade de dissolver a Câmara de Deputados e escolher os ministros. Em monarquias parlamentaristas clássicas, como o modelo inglês, o partido que obtém maioria na Casa compõe o gabinete (primeiro-ministro e conselho de ministros).

++ Conheça a origem da bandeira do Brasil

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3 – Guerra do Paraguai

Batalha naval da Guerra do Paraguai
Batalha naval da Guerra do Paraguai. (Pinterest/Divulgação)

O conflito (1864-1870) começou quando o ditador Solano López pretendia ampliar o território do Paraguai tomando terras da Argentina, Brasil e Uruguai. Estima-se que 80% da população paraguaia tenha morrido na guerra. 

Considerado o maior conflito da história ocorrido na América Latina, a Guerra do Paraguai foi resultado do processo de formação e consolidação das nações da Bacia do Prata.

Durante o período imperial, a relação do Brasil com seus vizinhos era conturbada. Na tentativa de barrar opositores, o governo brasileiro interferiu no sistema político do Uruguai, em 1851, e da Argentina, no ano seguinte.

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Em 1864, uma nova intervenção ocorreu no Uruguai. Atanásio Aguirre, chefe de governo, foi derrubado do cargo. Isso abriu uma grave crise política na região. Como resposta, o presidente paraguaio Solano López, aliado de Aguirre, declarou guerra ao Brasil.

No primeiro ano da Guerra do Paraguai, em 1865, Argentina, Brasil e Uruguai, com apoio da Inglaterra, assinaram o Tratado da Tríplice Aliança. Juntos, os países atacaram o Paraguai.

O confronto foi encerrado com a morte de Solano López, em 1865. Como resultado, o Paraguai teve sua economia destruída e mais de dois terços da população havia sido morta.

++ Resumo – Brasil Império: Segundo Reinado

4 – Escravidão

Escravidão no Brasil
No Brasil, o uso do escravo como mão de obra teve início com a atividade açucareira, atravessou todo o período colonial e só foi oficialmente extinto em 1888, com o fim do Império. Estima-se que, entre 1550 a 1850, tenham chegado ao país 4 milhões de negros trazidos do continente africano. (Jean-Baptiste Debret (1768-1848)/ Wikimedia Commons/Divulgação)
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Em 1850, depois de muita pressão dos ingleses, o governo imperial promulgou a Lei Eusébio de Queirós, que pôs fim ao tráfico negreiro. Porém, somente em 13 de maio de 1888 o país aboliu a escravidão.

Por quase todo o período imperial a mão de obra no Brasil era escrava. Isso mudou apenas na metade do século 19 com a chegada de imigrantes, que substituíram os escravos no trabalho nas fazendas.

No Segundo Reinado, a abolição da escravatura teve ampla discussão na sociedade e recebeu o apoio de jornalistas, intelectuais e políticos, como Rui Barbosa e Luís Gama.

Após pressões internas e externas, o Parlamento brasileiro aprovou outras medidas que, gradualmente, acabaram com a escravidão: Lei do Ventre Livre (1871) e Lei do Sexagenário (1885).

++ Escravidão no Brasil 

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++Abolicionista Luiz Gama recebe título de Doutor Honoris Causa da USP 

5 – Fim do Império

Benedito Calixto (1853-1927). Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo
A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país, instituindo um governo provisório republicano. (Benedito Calixto (1853-1927). Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo/Divulgação)

Ideias republicanas ganharam simpatizantes dentro dos novos grupos sociais do Brasil após o fim da escravidão. Em 15 de novembro de 1889, sob o comando do marechal Deodoro ocorreu a Proclamação da República. Dom Pedro II foi retirado do cargo e expulso do país dois dias depois.

O fim da monarquia brasileira foi resultado do rompimento do governo imperial com três grupos importantes: a Igreja, o Exército e a elite escravocrata. Insatisfeitos com o sistema político desde o fim da Guerra do Paraguai os militares deram início a uma série de planos para retirar D. Pedro II e sua família do poder.

++ Quiz: curiosidades sobre a Proclamação da República

 

 

 

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