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A vida da mineira que foi trabalhar como au pair em Paris

Gabriela conta os desafios e alegrias de viver na Cidade Luz e afirma "vim com a noção de que não era um conto de fadas"

Por Ludimila Ferreira
1 set 2024, 15h00
Gabriela Krempel au pair
 (Gabriela Krempel/Reprodução)
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Para quem tem vontade de fazer um intercâmbio gastando menos e ainda recebendo por isso, Gabriela Krempel, 26 anos, pode ter a solução. Ela é de Uberlândia, Minas Gerais e trabalha como au pair na França há um ano. A estudante compartilhou sua rotina com o GUIA DO ESTUDANTE e deu conselhos para outros brasileiros que desejam passar pela experiência.

Gabriela escolheu o país francófono como destino da viagem depois de entrar no curso de graduação em Letras com habilitação em francês, na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). “Gosto muito de viajar e de aprender novas línguas, juntei as duas coisas”, explica a au pair que sempre teve o sonho de morar fora, mas nunca teve condições financeiras.

Filha de mãe solo, a jovem recebeu apoio da família para ir em busca dos seus objetivos. “A gente deu o nosso jeito e aqui estou eu, na França”, diz com orgulho a estudante que mora há um ano em Paris.

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Escolhendo ser au pair na França

Gabriela chegou na França em agosto de 2023. Ela conta que, entre as modalidades de intercâmbio e os lugares onde poderia trabalhar, o país europeu revelou ter o melhor custo-benefício.

Na modalidade au pair, o estudante trabalha como cuidador das crianças de uma família enquanto aprende o idioma do país. Durante sua estadia, recebe um salário, alimentação e moradia associados ao intercâmbio.

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Segundo Gabriela, o processo de se tornar au pair na França pode ser realizado pelo próprio estudante, sendo bem menos burocrático do que nos Estados Unidos, por exemplo. Isso diminui os custos extras de lidar com uma agência de viagens e facilita a emissão do visto. Sobre a autorização, inclusive, ela deixa uma dica: atente-se a todos os documentos exigidos no dossiê e não se esqueça de nenhum para ter o visto liberado.

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Os sabores e dissabores de viver como au pair

Para a estudante, os desafios são variados. Entre eles, estar longe da família, da rede de apoio e dos seus amigos, enfrentar um clima diferente do que você está acostumado no seu país de origem e se adaptar a uma cultura nova são os principais.

Apesar de ter economizado ao fazer o processo todo do intercâmbio sem uma agência, Gabriela assume que essa opção oferece riscos. Eu dei muita sorte de vir para uma família boa, mas vi muitas amigas que foram para famílias muito ruins”, conta a estudante. Horas extras sem remuneração e não receber suporte para os gastos com alimentação são algumas situações relatadas por essas pessoas.

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A estudante mineira também tirou a sorte grande por poder morar sozinha, em um apartamento custeado por seus chefes. Em Paris, essa modalidade é mais comum devido ao tamanho das residências. Um outro privilégio de viver na França, segundo ela, é poder conhecer outros países da Europa como a Alemanha e a Holanda, apenas com uma passagem de trem.

“Eu vim com a noção de que não era um conto de fadas”, frisa Gabriela, mas não deixa de se maravilhar com a vida na Cidade Luz. “Às vezes eu vou pegar transporte público e estou vendo a Torre Eiffel”, conta a au pair que está feliz com a troca cultural e a oportunidade de se desenvolver fora da sua zona de conforto.

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Conselhos para quem deseja ser au pair na França

O conselho principal de Gabriela para os estudantes é saber seus direitos e se colocar em primeiro lugar. Além disso, ser pé no chão também é essencial, sabendo que está fazendo um intercâmbio de trabalho, não apenas cultural. Mesmo indo aprender o idioma, também é necessário saber o básico de francês.

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Além disso, ela conta de jovens que afirmam ter experiência com crianças, quando na verdade não têm. Neste caso, não vale a pena se comprometer com o intercâmbio de au pair, porque esta é a habilidade mais essencial para a modalidade. Na França, você pode escolher a faixa etária e com quantas crianças deseja trabalhar, assim como o local do trabalho. Mas é preciso sorte para dar match com uma família que também goste do perfil do estudante.

Você vai trabalhar, então você tem que ter experiência naquilo ou estar disposta a aprender”, conclui a jovem.

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A vida da mineira que foi trabalhar como au pair em Paris
Gabriela conta os desafios e alegrias de viver na Cidade Luz e afirma "vim com a noção de que não era um conto de fadas"

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