Existem várias preocupações que rondam a cabeça de um vestibulando. O antes (a preparação), o durante (a prova) e o depois (o resultado) são repletos de altos e baixos, decisões, dúvidas e inseguranças. É normal ficar com medo, ainda mais nesta reta final, mas é muito importante não deixar que essa sensação paralise você, prejudicando a preparação para os exames.
“Vale lembrar que todos os estudantes estão passando por isso, então é uma variável que não acontece só com um aluno, mas com todo esse espaço amostral dos vestibulandos”, diz Madson Molina, coordenador do Curso Anglo. Ele explica que há uma tendência muito grande de o estudante colocar o holofote apenas em si mesmo e esquecer que é um processo com muitos protagonistas e desafios.
“Isso acontece com qualquer pessoa em um processo de relevância, seja um ator em um palco de teatro ou um músico antes de se apresentar, mas quando isso se torna cíclico e consciente, é possível dominar melhor o nervosismo”, afirma o coordenador.
Uma dica é fazer muitos simulados e analisar quais são os maiores receios que surgem enquanto resolve as questões. Autoconhecimento fará toda a diferença quando for realizar o exame para valer.
Mas mesmo com essas e várias outras orientações, é natural ter algumas “noias”. Por isso, separamos cinco grandes medos que podem surgir na hora da prova e explicamos como enfrentá-los. Confira:
“Não vai dar tempo”
A principal insegurança, segundo Molina, é se dará tempo de fazer toda a prova. E ele explica que é fundamental ter a consciência que, de fato, a prova é feita para não dar tempo.
“Por isso é tão importante que o vestibulando tenha uma estratégia para selecionar as questões em que se sente mais confiante, de assuntos que ele domina, para executá-las e não se atrasar”, diz.
E essa triagem das questões é ainda mais relevante quando falamos de Enem, pois as questões têm peso diferente em função do nível de dificuldade. Entenda como isso funciona.
“Deu branco!”
Outro grande medo é dar um branco, ou seja, esquecer completamente algo que sabe. Se isso acontecer, a dica é respirar fundo e tentar tirar um pouco o foco do problema. “Ele pode pedir para ir ao banheiro e fazer uma caminhada, para depois retomar novamente a prova em uma posição mais estável.”
“Adoro esse tema. Não posso errar essa questão”
Vamos lembrar que, por mais que você goste e domine um conteúdo, pode ser que a questão sobre ele seja extremamente difícil. Molina explica que alguns alunos torcem por certas disciplinas e se agarram a elas, mas esse não é o melhor caminho.
Essa relação com o tema, deixa o vestibulando sem perspectiva do todo, insistindo em resolver uma questão. De repente, ele não consegue resolver e entra em uma espiral de nervosismo que não é o que deve acontecer em um ambiente de prova. “Se cair, por exemplo, uma pergunta de zoologia, ele acredita que precisa acertar, porque ama o assunto. Mas na hora da prova a gente deve pensar mais com a razão do que com a paixão”.
“Não domino esse assunto. Vou errar de qualquer forma”
Todo mundo tem um ponto fraco no vestibular. Isso tem muito a ver com as aptidões e habilidades, e não é um problema. “As provas são feitas com várias questões, com vários conteúdos, de várias áreas do conhecimento diferentes, então o aluno não deve se preocupar ao se deparar com algo que não gosta”.
O importante é não deixar que esse “preconceito” por determinadas matérias impeça você de estudar ou de tentar resolver uma questão. Tente tirar suas dúvidas antes da prova. Se o assunto aparecer no dia do exame, deixe para resolver no final, depois que garantir pontos com aquilo que você sabe.
“Será que o tema da redação é esse mesmo?”
Molina explica que errar o tema da redação é sempre uma preocupação dos estudantes. A orientação do coordenador é ler o tema, os textos da coletânea, tentar entender do que se trata, e partir para a prova.
Durante a execução das questões, é possível organizar e absorver melhor as ideias e os argumentos que poderá usar no texto. Essa é uma estratégia que explicamos com um passo a passo aqui. “Isso é muito válido, porque permite que o cérebro trabalhe simultaneamente em vários planos”, finaliza Molina.
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