1º lugar em medicina na USP dá dicas para se dar bem na Fuvest
Segundo o estudante, é preciso saber diferenciar segurança e arrogância
Conseguir se classificar no topo de um vestibular concorrido no curso com a maior nota de corte não é algo que se conquista do dia para noite. A dedicação é intensa, muitas atividades de lazer são deixadas de lado e cada exercício resolvido é uma vitória.
Lukas Blumrich, de 17 anos, viu seu nome na primeira colocação da lista da Fuvest e soube, naquele momento, que estudaria na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Durante todo o Ensino Médio, ele focou no vestibular – e, para realizar o sonho de poder mudar a vida das pessoas, o descanso se tornou algo secundário.
O jovem deu 6 dicas para ajudar você nos estudos. Mesmo que medicina não seja o seu objetivo, as dicas são válidas para qualquer curso.
1. Não se compare aos outros
O seu amigo estuda 15 horas por dia e você só tem tempo para estudar seis? O seu primo está no melhor cursinho do estado e você teve que estudar por conta própria este ano? Segundo Lukas, se comparar dessa forma só irá prejudicá-lo na busca pela vaga. “Isso irá deixar você mais preocupado e nervoso, tirando horas de sono, de estudo e, principalmente, a tranquilidade necessária para realizar a prova. Preocupe-se apenas com a sua rotina, o seu jeito de aprender e respeite seu ritmo”.
2. Faça atividades físicas
Seja um esporte que você goste, exercícios na academia, uma aula de zumba ou uma simples caminhada. Se feita de maneira equilibrada e regular, uma atividade física pode trazer benefícios tanto para o seu corpo quanto para sua saúde mental. “Você terá mais disposição e energia, além de um tempo para desconectar um pouco da loucura que é o vestibular”.
3. Tente não deixar o nervosismo assumir as rédeas
Lukas divide a prova em três grandes pontos: estudos, atenção e tranquilidade. O jovem reforça a ideia de que todo o seu conhecimento precisa vir acompanhado de uma dose de calma. O nervosismo é normal: você estudou o ano todo para aquele momento. Entretanto, deixar isso definir sua prova é um tiro no pé.
Obviamente, nem sempre é possível controlar esse sentimento. Mas o treinamento ao longo do ano e a consciência de que fez o seu melhor podem deixá-lo mais tranquilo. “Lembre-se que é apenas uma prova e que a vida é muito mais que 90 questões escritas em algumas folhas”, afirma o estudante. Sua saúde mental vem em primeiro lugar.
4. Seja didático nas respostas da segunda fase
Pode parecer difícil tentar simplificar um raciocínio sem abrir mão de conceitos mais complexos, mas Lukas dá um conselho: “Faça a prova como se você tivesse que explicar a resolução para algum parente, que não entende do assunto”.
O corretor, além da resposta correta, quer saber se você realmente entende o tema abordado. “Nas questões exatas, a resolução deve ser feita passo a passo, demonstrando seu raciocínio e indicando as contas feitas”.
5. Acredite em você mesmo – mas nem tanto
Lukas conta que não imaginava que seria aprovado no vestibular e que ver seu nome na lista da Fuvest foi um verdadeiro choque. “A questão é que somos muito mais do que achamos nessa fase de medos e inseguranças”.
Mas ele alerta que isso não é motivo para deixar a arrogância subir à cabeça. “Passar em qualquer vestibular é difícil e, por isso, estudar nunca é demais”. Ou seja, acredite no seu potencial e no quanto você estudou, mas não deixe que isso gere uma espécie de comodidade. Continue se dedicando com disciplina e estratégias que façam o seu estudo render e sua aprovação ficar cada vez mais próxima.
6. Leia muito
O estudante acredita que essa tenha sido a estratégia que mais o ajudou nas provas. “Leia muito. Não falo apenas dos livros que aparecem na lista, mas qualquer um que desperte seu interesse, mesmo que não caia no vestibular”.
Essa estratégia, segundo Lukas, contribuiu tanto para a nota na redação quanto para a resolução de questões de história e geografia em termos de repertório. “Sempre reserve um tempo para leitura. Além de possibilitar diversão e relaxamento, isso pode ajudá-lo de maneiras inimagináveis”.