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Simbolismo – resumo, autores, dicas e questão comentada

Saiba como o tema pode cair no vestibular

Por Redação do Guia do Estudante
Atualizado em 27 jul 2017, 12h15 - Publicado em 23 set 2010, 18h42

Contemporâneo do Parnasianismo, o Simbolismo brasileiro começa com a publicação, em 1893, das obras Missal e Broquéis, de João da Cruz e Sousa (1861 – 1898). Outro autor simbolista de destaque no Brasil foi Alphonsus de Guimaraens (1870 – 1921).

Os simbolistas brasileiros foram ofuscados pelo imenso prestígio dos parnasianos. Sem receptividade junto ao grande público, reuniram-se em pequenos grupos e acabaram por publicar revistas que não tiveram vida longa.

Cruz e Sousa: hábil no uso de recursos simbolistas, seu texto é marcado pelo uso de sinestesias e figuras sonoras, como aliteração e assonância. Interessado em captar o mistério das relações que compõem o universo a seu redor, produz uma poesia que oscila entre a profundidade psicológica e a angústia metafísica. Em seus textos é visível, além de clara obsessão pela cor branca, o tema do conflito entre carne e espírito.

Alphonsus de Guimaraens: considerado o primeiro grande poeta místico brasileiro, trata de temas como morte e misticismo. Sua poesia deriva da tradição medieval e apresenta características típicas dessa época, como o uso de redondilhas e a idealização da mulher amada.

Com o que ficar atento?
O subjetivismo simbolista resgata valores bem próximos ao Romantismo, caso da valorização do sonho e dos mistérios da morte. Essas características se contrapõem à racionalidade parnasiana e ganham importância em qualquer análise do período.

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Como pode cair no vestibular?
Os procedimentos usados pelos simbolistas em seus poemas colaboram para o surgimento de uma arte em que musicalidade e subjetivismo são constantes. A religiosidade e o tormento do indivíduo diante da transitoriedade da existência produzem no poeta simbolista uma inquietação traduzida em metáforas, sinestesias e antíteses. Essa riqueza estilística é matéria importante para os vestibulandos.

Como já caiu no vestibular?

1. (UFPE)

“Leve é o pássaro;
e a sua sombra voante,
mais leve

…………………………………….

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E o desejo rápido
desse antigo instante,
mais leve.

E a figura invisível
do amargo passante,
mais leve.”
(Cecília Meireles)

“Mais claro e fino do que as finas pratas
O som da sua voz deliciava..
Na dolência velada das sonatas
Como um perfume a tudo perfumava.”

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(Cruz e Souza)

Qual a semelhança ou o ponto de convergência entre a poesia neo-simbolista de Cecília Meireles e a de Cruz e Souza?
a) A objetividade e o materialismo marcantes no estilo parnasiano.
b) A realidade focalizada de maneira vaga, em versos que exploram a sonoridade das palavras.
c) A preocupação formal e a presença de rimas ricas.
d) O erotismo e o bucolismo como tema recorrente.
e) A impassibilidade dos elementos da natureza e a presença da própria poesia como musa.

GABARITO:
1. Resposta correta: B
Comentário:
O neossimbolismo modernista de Cecília Meireles aproxima-se do Simbolismo pela musicalidade e pela subjetividade – que também se relaciona ao Romantismo, do qual ambos os movimentos são tributários.

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