Segundo dia do Enem 2025 teve enunciados mais curtos e prova previsível
Confira a análise de professores por disciplina
A prova do Enem deste domingo (16) confirmou uma tendência observada no primeiro dia do exame: os enunciados desta edição foram menores e mais diretos em relação aos anos anteriores. Ainda assim, o exame exigiu dos candidatos a capacidade de articular leitura, aplicação de estratégias de cálculo e compreensão conceitual.
Apesar dessas pequenas variações no formato das questões, professores ouvidos pelo GUIA DO ESTUDANTE avaliam que a prova seguiu o padrão histórico do Enem, com uma distribuição de conteúdos muito similar nos últimos cinco anos e sem grandes surpresas nos temas abordados.
Confira a seguir os comentários por disciplina do segundo dia do Enem 2025.
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Matemática
Sem surpresas, a prova de matemática ficou dentro do que o Enem costuma cobrar, com um nível médio de dificuldade. Houve equilíbrio entre questões que dependiam de interpretação, raciocínio lógico e operações básicas, com outras que exigiam mais equações e domínio das fórmulas.
Na contramão das outras disciplinas, os professores destacaram os enunciados mais longos e com bastante contextualização. Dessa vez, a prova não apostou tanto em questões de geometria plana ‒ já geometria especial foi cobrada em quatro itens. Outro assunto que marcou presença, três vezes, foi estatística, envolvendo moda, média e mediana.
Biologia
De acordo com professores, a prova foi de nível médio e seguiu o padrão dos anos anteriores. Além disso, não houve textos longos. Os enunciados estavam claros e já conduziam os estudantes para a resposta esperada. Ecologia apareceu com frequência, abordando eutrofização, poluição térmica, ciclo biogeoquímico, captação de carbono da atmosfera, entre outras.
Não caiu nada de fisiologia humana, o que foge um pouco dos padrões dos anos anteriores. Apenas uma questão sobre vacina, uma sobre a doença parasitária esquistossomose e uma sobre vitamina A, abordando carência nutricional.
No geral, nada muito surpreendente — tudo dentro do esperado e equilibrado. Um ponto que chamou atenção, e que pode ter sido o mais desafiador da prova, foi uma questão sobre fotossíntese oxigênica, conteúdo estudado dentro de metabolismo energético, e que tende a ser mais complexo para os alunos.
Química
A prova de Química do Enem 2025 chamou a atenção dos professores pelo caráter conteudista. Ou seja, os enunciados, por si só, não eram suficientes para chegar na resolução. Os alunos precisavam dominar o conteúdo para saber as respostas com tranquilidade.
Com relação aos tópicos cobrados, a edição seguiu a tradição e não apresentou grandes surpresas para os candidatos. Caiu pilha, deslocamento de equilíbrio, termoquímica, e duas questões de estequiometria. O destaque foi uma questão puramente de nomenclatura, já que geralmente é fornecida a fórmula e o nome do composto, para que o aluno consiga resolver mesmo que não saiba o nome.
Física
Segundo os professores, o nível de dificuldade da prova de Física estava de média para difícil, com muitas questões com pegadinhas de interpretação e raciocínio lógico. Um dos itens que mais chamou atenção foi sobre intensidade de nível sonoro. Outro, foi uma questão de velocidade média que exigia um raciocínio lógico muito grande.
Segundo professores, este ano a prova foi bem mais coerente na proporção entre questões teóricas e questões que envolvem cálculos. O destaque foi para uma equação logarítmica complexa. Além disso, houve bastante uso de gráficos, esquemas e imagens, que deixavam a questão visualmente maior, mas sem complicar a leitura.
Os principais temas foram elétrica, mecânica, forças e eletricidade.
Contribuíam:
- Domingos Cereja, professor e autor de Matemática do Colégio e Sistema pH
- Caio Britto, professor e autor de Física do Colégio e Sistema pH
- Caio Zanvettor, professor e autor de Química do Colegio e Sistema pH
- Gabriella Leal, professora e autora de Biologia do Colégio e Sistema pH
- Diogo D’Ippolito, coordenador do Colégio e Sistema pH
- Raul Celestino de Toledo, coordenador pedagógico do Poliedro Curso
- Átila Zanone, coordenador do Fibonacci Sistema de Ensino
- Bruno Ferrari, coordenador pedagógico da Equipe Filadd
- Rafael Lomazi, professor de Biologia da Equipe Filadd
- Alberto Moreira, professor de Matemática da Equipe Filadd
- Carolina Costrino, professora de química do Curso Anglo
- Acauan Figueiredo, professor de física do Curso Anglo
- Viktor Lemos, diretor geral do Curso Anglo
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