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Roubo da prova do Enem 2009 completa um ano nessa sexta-feira

Caso trouxe transtornos a estudantes e prejuízo aos cofres públicos. MEC ainda não recuperou o dinheiro

Por da redação
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h29 - Publicado em 1 out 2010, 14h22

Há exatamente um ano, em 1º de outubro de 2009, cerca de quatro milhões de estudantes foram pegos de surpresa com a notícia do roubo do Exame Nacional do ensino Médio (Enem) 2009. A avaliação, que aconteceria no final de semana seguinte, 3 e 4 de outubro, teve que ser adiada e refeita dois meses depois. Como conseqüência, o Enem teve a maior abstenção da história, 37,7%, ou 1,5 milhão de inscritos.

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O roubo da prova pegou de surpresa também o Ministério da Educação (MEC). A necessidade de adiar e refazer o exame trouxe um prejuízo de cerca de mais de R$ 30 milhões ao ministério, quantia que já tinha sido paga para a impressão das provas à Connasel – um consórcio de empresas responsável pela impressão, pelo manuseio e pela distribuição do exame.

Um ano depois, o dinheiro ainda não foi devolvido e o MEC está instaurado um “processo administrativo de cobrança” para negociar a devolução dos recursos com as empresas que formam o consórcio.

As investigações do roubo da prova ficaram sob responsabilidade da Polícia Federal. A PF indiciou três funcionários do consórcio e outras duas pessoas que teriam participado da negociação da venda do exame. O caso segue em aberto na Justiça Federal de São Paulo, mas nenhum dos acusados foi ouvido ainda.

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Com o adiamento da prova, o MEC se responsabilizou em devolver o dinheiro da taxa de inscrição, R$ 35, para os inscritos que desistissem de fazer o exame. O ministério não divulgou quantos pedidos de ressarcimento foram recebidos, mas informou que houve impedimentos jurídicos para ressarcir os candidatos.

Relembre o caso
A prova do Enem de 2009 foi roubada de dentro da Gráfica Plural, que imprimia o exame, por funcionários do próprio consórcio que ganhou a licitação para aplicar o Enem, o Connasel. O furto foi revelado após tentativa de venda da prova ao jornal O Estado de S.Paulo.

Com o roubo, a prova, que estava marcada para 3 e 4 de outubro, teve que ser adiada, sendo realizada dois meses depois, em 5 e 6 de dezembro. A distribuição das provas ficou por conta dos correios.

Após o caso, o MEC conseguiu a dispensa de licitação para contratar a empresa que fará a aplicação do Enem 2010. Este ano, o consórcio Cespe/Cesgranrio, que havia sido responsável por todas as edições do exame até 2008, será responsável por aplicar e corrigir o Enem. A distribuição das provas será feita, novamente, pelos Correios. As Forças Armadas e as polícias de cada estado vão cuidar da segurança do transporte do material até os locais de prova. A prova do Enem 2010 será aplicada entre 6 e 7 de novembro.

* Com informações da Agência Brasil

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