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Estudantes relatam problemas durante prova do Enem e aguardam soluções

Alunos contam sobre falta de orientação dos fiscais durante o exame e apreensão por não saberem se, no fim das contas, exame será válido

Por da redação
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h45 - Publicado em 10 nov 2010, 15h03

As expectativas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010, que aconteceu no último fim de semana (6 e 7 de novembro) eram grandes: além de bater recorde de inscritos, 4,6 milhões, 92 mil vagas seriam preenchidas em universidades federais, que usariam o exame do Ministério da Educação (MEC) como etapa única de seus vestibulares.

Veja no mapa do Enem como as principais universidades do Brasil usarão a nota do Enem,

Mas erros durante a aplicação da prova trouxeram muita dor de cabeça para quem passou o fim de semana resolvendo 180 questões e escrevendo uma redação.

– Entenda os motivos que levaram à suspensão da prova

A ordem invertida das perguntas na folha de respostas confundiu os estudantes, que recebiam orientações variadas dos fiscais. No Facebook, eles relataram o problema. "Primeiro eu comecei a responder no gabarito e ainda não tinham comentado sobre os erros do gabarito. E as informções que os fiscais nos passavam mudavam de hora em hora", diz Ranny Barros.

Eduardo Almeida conta que, na sala dele, os fiscais passaram as indicações adequadas: “deram logo as informações de que os gabaritos deviam ser respondidos na ordem normal e que qualquer problema com as provas, elas podiam trocar. Pena que não foi assim em todo lugar”.

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Proibições
Relógios também eram proibidos pelo MEC, como medida de segurança. Isso trouxe mais problemas para os alunos que precisavam controlar a hora e administrar o tempo de resolução:

"O fiscal de prova não informava a hora regurlamente, as pessoas tinham que ficar perguntando e isso desconcentrava", conta Ana Almeida.

Mas nem foi o relógio fora-da-lei que causou mais indignação, mas sim proibirem lápis e borracha. Apesar da norma, cada local adotava uma prática. "Os fiscais não informaram as horas e tinha gente usando relógios, lápis e borracha e não foram impedidos", diz Lucas Correia no Facebook.

Nova prova?
Muitos alunos reclamam que durante a prova não tiveram problemas, mas somente agora, com a decisão judicial suspendendo o exame e a possibilidade de uma nova prova, sem definir ainda se seria para todos ou apenas para os prejudicados.

"Muita dor de cabeça por ter passado o ano inteiro me preparando para o Enem e agora não ter a certeza se eu vou poder concorrer a uma bolsa no Prouni ou a vagas em universidades federais. Não sabemos como ficarão as coisas, se teremos ou não que realizar a prova novamente", desabafa Natalia Almeida.

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Para Lucas Monteiro, falta o Inep ouvir mais os estudantes: "Não concordo com o fato do presidente do Inep ter dito que deu problema para poucos. Ele deveria ouvir os pré-vestibulandos, seria uma lição de humildade, coisa que, pra mim, falta para o Inep".

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