‘Estou confiante’: candidata barrada do Enem fará reaplicação da prova
Natália Neto foi impedida de realizar o exame no dia 17 de janeiro após a sua sala de prova atingir a lotação máxima permitida pelos protocolos de segurança
Nesta terça-feira (23) começa a reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova será aplicada em dois dias e é dedicada aos inscritos que não conseguiram comparecer ao exame por motivos externos – como infecção por covid-19, falta de energia elétrica, lotação de salas ou decreto de lockdown. Entre os candidatos, está Natália Koenig Neto, 18, que conversou com o GUIA quando foi barrada do exame tradicional. A jovem presta a prova hoje e conta suas expectativas.
“Estou um pouco nervosa, mas também estou muito feliz que o dia chegou” diz. Natália foi impedida de prestar o exame no dia 17 de janeiro, o primeiro dia de prova, após a sua sala de aplicação ter atingido a lotação máxima permitida pelo protocolo de segurança da covid-19. O caso aconteceu na Universidade de Santa Cruz do Sul, que fica no município vizinho onde a estudante mora, em Santa Catarina.
“Eu deixei de fazer várias coisas nos dias anteriores para me preparar. Quando descobri que eu não iria fazer foi muito, muito ruim…”, disse Natália ao GUIA, dias após o ocorrido.
“Finalmente vou poder fazer o exame e tirar isso da minha cabeça. Agora poderei provar para mim mesma tudo que eu aprendi”, comemora. Ela estudou durante todo o ano de 2020 por um cursinho online e sonha com uma vaga no curso de Química Industrial, na Universidade Federal de Santa Maria.
Como a candidata só foi barrada no primeiro dia de aplicação, apenas precisará comparecer no dia referente ao exame perdido, que é o da prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e a realização da redação. “A verdade é que eu estou bem mais tranquila do que da última vez. Acho que pelo fato de eu já ter feito uma parte da prova e agora só faltar a outra metade, estou mais confiante”, diz.
Em relação a uma suposta vantagem que as quatro semanas extras proporcionaram aos candidatos da reaplicação, Natália acha que a concepção é relativa. “Claro, se agora cair um tema que não caiu na primeira prova e eu tiver mais facilidade, terei, uma vantagem”, analisa. Sobre o tema da redação, que na prova tradicional foi ‘O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira’, a jovem já garante um palpite. “Eu já imaginava que o primeiro tema fosse alguma coisa sobre saúde mental, mas agora, se não for algo ainda dentro desse guarda-chuva, eu diria que pode ser alguma coisa de crise hídrica, mobilidade urbana ou analfabetismo”, afirma Natália.
A estudante ficou de olho nas outras provas do Enem. Ela conta que, em casa, fez e estudou a prova do primeiro dia que foi impedida de fazer, e que também fez o caderno do Enem Digital. “Antes eu acreditava que eles iriam fazer a prova o mais parecido possível com a original, mas agora eu não estou mais achando isso. Até depois de eu ter visto o nível da prova digital”, diz a jovem, se referindo aos comentários nas redes sociais que diziam que as questões do Enem Digital eram menos conteudistas e mais fáceis.
“Sinto que esse período extra não me atrapalhou, já estou de boa com tudo o que aconteceu”, diz. “Eu aproveitei para poder focar na prova de redação e fazer alguns temas que eu ainda não havia feito, por falta de tempo. O resto eu já tinha estudado bastante mesmo, só dei uma revisada mesmo”, conclui.
A Natália vai compartilhar todo o processo de realização da prova com os seguidores do GUIA. Durante todo o dia, ela estará contando cada passo da prova nos stories do Instagram; para acompanhar, basta seguir @guiadoestudante na rede.
O Inep aplicou o Enem 2020 nos dias 17 e 24 de janeiro (versão impressa) e em 31 de janeiro e 7 de fevereiro (versão digital). A previsão é que o resultado de todas as provas saia no dia 29 de março.
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