Nesse domingo (6), aconteceu o segundo dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 2.507.596 de inscritos não realizaram a prova e 768 candidatos foram eliminados. Entre as causas da eliminação dos candidatos estão o descumprimento de regras gerais do exame, entre elas o uso de pontos de escuta e de aparelhos celulares.
Celular escondido na embalagem de biscoito
Uma estudante foi flagrada com celular escondido em um pacote de biscoito no sábado (5), primeiro dia de aplicação do Enem. O caso foi confirmado hoje (6) pelo Inep. A candidata fazia prova na escola municipal Professora Mariana das Graças da Silva Aguiar, em Capitão Poço (PA).
Segundo o Inep, as informações foram confirmadas pela coordenadora do Enem no local. A participante foi eliminada do exame e foi registrado boletim de ocorrência. O Inep diz ainda que cabe a polícia proceder com as investigações e não confirma se a estudante fazia parte de algum esquema de tentativa de fraude.
De acordo com a Polícia Civil do município, a estudante foi encaminhada ao local, prestou depoimento e foi liberada em seguida.
Pontos de escuta
Outro candidato que fazia as provas do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Fortaleza (CE) foi preso em flagrante pelo uso de escutas. A prisão foi feita por policiais federais em uma universidade do centro da capital cearense.
Segundo a Polícia Federal, o candidato tinha equipamentos eletrônicos presos ao corpo com pontos de escuta nos ouvidos. Em depoimento dado na sede da superintendência do órgão em Fortaleza, o candidato se identificou como secretário da saúde de um município do Ceará. Ele poderá responder na Justiça Federal pelos crimes contra a fé pública, o patrimônio e a paz pública.
As investigações que culminaram na prisão do candidato fazem parte da operação Embuste, deflagrada hoje para desarticular organização criminosa que pretendia fraudar o Enem 2016.
Documento falso
Em Fortaleza, um candidato deixou o Enem por suspeita de apresentar documento de identidade falso. O estudante Alan Cavalcante, 17 anos, estava acompanhado do pai, o vendedor Elano Cavalcante.
Segundo o vendedor, o filho apresentou o mesmo documento ontem (5) e foi autorizado a fazer as provas do primeiro dia do Enem.
Operações da Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) deflagrou duas operações para reprimir fraudes no exame: a Operação Jogo Limpo, nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Tocantins, Amapá e Pará, e a Operação Embuste, em Minas Gerais. A investigação foi feita com o auxílio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e do Ministério Público Federal.
*Com informações da Agência Brasil