Enem: 5 dicas de estudantes que tiraram mil na redação
Eles criaram estratégias para melhorar a estrutura do texto e incrementar o repertório. Inspire-se!
Quando se trata de preparação para a redação dos vestibulares, uma dica é sempre bem-vinda. Agora, imagine receber alguns conselhos de quem já se deu bem nessa área? Pensando nisso, o GUIA DO ESTUDANTE reuniu cinco dicas de estudantes que tiraram mil na redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e que já contaram suas trajetórias por aqui.
Alguns criaram estratégias diferentes e outros focaram no básico, mas todos conquistaram a nota máxima – o que pode fazer toda a diferença na aprovação.
Confira as dicas abaixo e aproveite que ainda estamos no início do ano para colocá-las em prática!
1. Leve a redação a sério o ano inteiro
Não adianta lembrar da importância da redação apenas nas vésperas do Enem. Ela deve ser uma prioridade e é importante treinar com frequência e disciplina desde o começo.
“É trabalho do ano inteiro”, afirmou Luana Pizzolato, de 20 anos, em entrevista ao GUIA. Para ela, é importante que estudantes tenham constância e se comprometam a escrever uma redação por semana no primeiro semestre, usando das horas disponíveis de estudo para entender a macro e a microestrutura do texto.
Já a partir do segundo semestre, a dica é aumentar a frequência para duas redações por semana e com tempo cronometrado. Assim, é possível simular as condições que o candidato enfrentará no dia do Enem.
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2. Tenha um repertório coringa
Você já deve ter ouvido vários professores falando sobre a importância do repertório na hora de escrever o texto. Afinal, essa é uma parte levada muito em consideração pela banca na hora de dar a nota do candidato. Mas com a diversidade de temas que o exame propõe anualmente, como se preparar nesse quesito?
A dica da Yasmin Damasceno, de 19 anos, é criar o chamado “repertório coringa” para sustentar a sua argumentação. A ideia é pesquisar e estudar referências, como citações, livros, filmes e conceitos que se encaixam em diferentes temas. Ou seja, são adaptáveis.
Uma outra possibilidade é fazer um “caderno de repertórios”, como a Caroline Souza Oliveira, de 21 anos, fez. Tudo que lia, via ou ouvia, e que julgava ter relevância em um possível texto, anotava em um caderno separado só para isso.
“Quando o professor passava uma citação em aula, quando eu assistia a um filme ou via algo interessante na internet, anotava nesse caderninho. Sempre que possível andava com ele, e, quando não, eu anotava no celular e depois passava para lá”, conta.
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3. Fique antenado com o que acontece ao seu redor
Em ano de vestibular, é comum que os estudantes mergulhem nas disciplinas e passem horas se dedicando aos conteúdos passados em aula, teorias e exercícios. Mas olhar ao redor e saber o que está acontecendo no mundo, é fundamental para melhorar a qualidade da sua redação.
“É muito importante prestar atenção no que acontece no nosso país, já que o Enem sempre vai trazer uma questão social do Brasil. E ter empatia por quem vive aquilo, por quem ainda sofre com a situação”, diz Catharina Simões, de 18 anos.
Para além da prática ou de uma alta carga horária de estudos, a dica da jovem é acompanhar os acontecimentos, saber quais os temas que têm sido discutidos na sociedade, e desenvolver um olhar crítico sobre eles.
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4. Não ignore seus erros
Você pode fazer três redações por semana, mas se não tentar entender quais erros foram cometidos, como melhorar, o que poderia ser feito diferente e tentar se aperfeiçoar, sua preparação não será tão eficaz.
Em outras palavras, não adianta receber uma redação corrigida por um corretor ou professor, checar a nota e guardar o texto na gaveta sem fazer uma análise aprofundada. É preciso ter um olhar crítico e correr atrás dos seus pontos fracos. Essa é a dica da Victoria Nascimento, de 20 anos.
Ela conta que fez poucos textos no ano de 2023, mas o que fez a diferença foi ter uma boa correção. Outra dica é também saber o que você acertou, para manter nas redações seguintes.
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5. Cuidado com fórmulas mágicas
Como já dissemos, dicas são bem-vindas, mas é importante tomar cuidado para não tomar tudo o que você lê por aí como regra e acabar com um texto engessado demais. Um exemplo disso são as estruturas de uma dissertação. Durante a sua preparação, você vai se deparar com vários modelos prontos do que seria a redação ideal espalhados pelas redes sociais ou por professores que prometem sucesso garantido. Mas não necessariamente esse formato vai funcionar para você.
Letícia Vicente, de 17 anos, por exemplo, criou seu próprio modelo para se dar bem nessa etapa da prova. Ao longo do Ensino Médio, ela desenvolveu uma espécie de esqueleto de texto, que conseguia usar em qualquer tema. Fugindo de modelos, a estudante afirma que foi arquitetando o seu próprio a partir de outras redações nota 980 e 1000 de edições passadas.
Ela investigou as estruturas frasais, os termos e conectivos usados pelos candidatos. Se via alguma frase que gostava, salvava para si e modificava até se encaixar no tema que escrevia.
“Acho que isso foi uma das coisas que me fizeram chegar ao mil, porque as pessoas usam modelos de professores, da internet e tudo mais, mas quando você cria o seu próprio, a escrita fica muito mais fácil e fluida”, completa a jovem.
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