Enem 2019: PF deflagra operação para investigar vazamento no primeiro dia
Duas aplicadoras tiveram os celulares apreendidos e estão sendo investigadas
A Polícia Federal deflagrou neste sábado (10) a “Operação Thoth” para investigar o vazamento de uma foto da página da redação do Enem 2019 no último domingo (3). A PF cumpriu mandatos de busca e apreensão na casa de duas aplicadoras da prova em Fortaleza (CE), confirmando a versão que o ministro Abraham Weintraub deu no último domingo ao afirmar que a maior suspeita é que aplicadores sejam responsáveis pelo vazamento. Os celulares das duas mulheres foram confiscados para investigação.
Na semana passada, a imagem começou a circular nas redes sociais antes que os candidatos pudessem deixar a sala com o caderno de questões. Ou seja, ela foi tirada de dentro de uma das salas de aplicação da prova. Durante a tarde, o ministro da Educação e o Inep precisaram confirmar a veracidade da foto, mas esclareceram que o andamento do exame não seria prejudicado, já que a imagem vazou depois que todos já tinham começado a prova.
A Polícia Federal afirmou que os responsáveis podem ser indiciados por “fraude em certames de interesse público (Art. 311-A, III do Código Penal)”, que pode ter pena de até cinco anos de prisão além de multa. Investigações de outros possíveis vazamentos acontecem no Rio de Janeiro e na Bahia.
O nome da operação é uma referência ao deus egípcio da escrita e da sabedoria, Thoth.
Segundo dia
Neste domingo (10), os milhões de estudantes que fizeram a prova de Ciências Humanas, Linguagens e redação na semana passada, responderão às 90 questões de Matemática e Ciências da Natureza (Biologia, Física e Química).
A prova de hoje tem cinco horas de duração, encerrando às 18h30 (horário de Brasília). Os portões, assim como no último domingo, fecham às 13h. Os candidatos que moram no Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul devem ficar atentos para os horários de aplicação dessa região, diferentes do restante do Brasil.