Os candidatos que pretendem fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não dispõem de correio eletrônico terão que providenciar um para fazer a inscrição. O Ministério da Educação rejeitará a inscrição de mais de um candidato com um mesmo e-mail. Além disso, só enviará os cartões de confirmação de inscrição pela internet.
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De acordo com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, deixar de enviar os cartões pelos Correios gerará uma economia de quase R$ 18 milhões. “A internet está se generalizando. Com ela, garantimos uma economia que não é pequena”. No cartão de confirmação estão o local de prova, a opção de língua estrangeira e as informações pessoais do candidato.
O ministério exigirá que cada participante se inscreva com um e-mail. Renato Janine explica que nos anos anteriores houve casos em que uma escola disponibilizava um endereço eletrônico e inscrevia vários alunos. “Isso é simpático, considerando as pessoas com dificuldade de acesso à internet. Mas não garante que a pessoa recebeu a mensagem. Se tivermos e-mails cadastrados para cada candidato poderemos ter certeza que todos receberam e não estão fora do sistema por falta de informação”, diz.
O Enem será nos dias 24 e 25 de outubro. As inscrições serão feitas pela internet, no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, entre as 10h do dia 25 deste mês e 23h59 do dia 5 de junho, no horário de Brasília.
A MEC anunciou também novas medidas de segurança. A entrada dos alunos será permitida até as 13h no horário de Brasília. As provas, que antes começavam a ser aplicadas também às 13h, agora terão início às 13h30. Nestes 30 minutos, os candidatos poderão passar por revista com detector de metais.
“Uma mudança que parece simples, mas tem impacto de segurança muito grande. Todos os alunos que entrarem no local da prova colocarão o celular em um pacotinho [com lacre e distribuído no local]. Durante meia hora, vários testes serão feitos, por exemplo, com uso do detector de metais”, explica Francisco Soares, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, autarquia ligada ao MEC e responsável pelo exame.
De acordo com Soares, os malotes com as provas serão abertos após os testes de segurança. Esse ano, haverá um controle mais rígido da abertura dos malotes com as provas, para que ocorra ao mesmo tempo em todo o país. Isso evitará vazamentos, como ocorreu no ano passado com o tema da redação, horas antes de o exame começar. “Com meia hora a mais, o malote será aberto com testemunhas, com mais gente no lugar”, diz referindo-se aos candidatos que estarão no local.
A expectativa é que 9 milhões de candidatos se inscrevam no Enem. A prova será aplicada em 1.714 municípios. No ano passado, cerca de 6,2 milhões fizeram o exame.
A nota das provas podem ser usadas para o candidato participar de programas como o Sistema de Seleção Unificada, que disponibiliza vagas no ensino superior público; o Programa Universidade para Todos, que oferece bolsas em instituições privadas; e o Sistema de Seleção Unificada do Ensino Técnico e Profissional, que garante vagas gratuitas em cursos técnicos.
A participação no Enem é pré-requisito para firmar contratos pelo Fundo de Financiamento Estudantil, obter bolsas de intercâmbio pelo Programa Ciência sem Fronteiras e certificação do ensino médio.
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