5 curiosidades sobre a prova do Enem
Você sabia que inicialmente a prova tinha somente 63 questões? Conheça este e outros fatos sobre o exame
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A pouco mais de 60 dias do Enem 2022, estudantes de todo o Brasil já estão em contagem regressiva para o exame. A prova, que chega a sua 24ª edição, ocorre nos dias 13 e 20 de novembro e conta neste ano com 3,4 milhões de inscritos. O Enem é a principal porta de entrada para as universidades brasileiras (além de outras ao redor do mundo), e é atualmente a segunda maior prova de acesso ao ensino superior do mundo – só perde para a China.
As variadas opções que o estudante pode acessar com a sua nota na prova é uma das maiores vantagens. Na dúvida, é sempre mais vantajoso optar por fazer o exame. “A nota do Enem pode ser aplicada no Sisu, Prouni, Fies ou sistemas de bolsas de universidades particulares, ou seja, abre caminho para o aluno ingressar em uma universidade”, destaca Daniel Ferretto, professor e fundador da plataforma Professor Ferretto.
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A verdade, porém, é que nem sempre foi assim. Desde a sua primeira edição, em 1998, o Enem mudou bastante. O formato atual da prova é bem diferente da primeira prova aplicada 24 anos atrás. Não apenas isso, mas boa parte dos próprios programas que hoje utilizam a nota no exame sequer existiam na época. Ficou curioso? Na lista abaixo, o professor Ferretto lista 5 curiosidades sobre a prova do Enem.
1 – Exame não foi criado como forma de vestibular
A gente já contou que o Enem é um jovem adulto de 24 anos, mas sabia que, quando foi criado, em 1998, ele foi projetado apenas com o intuito de medir como estava o ensino no Brasil? O próprio nome do Enem entregava o seu objetivo: um exame de nível nacional para medir o desempenho de estudantes do ensino médio. A nota dos candidatos não tinha nenhuma outra finalidade além desta.
“Foi uma medida para saber como os jovens brasileiros saíam da escola, para saber quais eram os problemas que a educação tinha, ajudando na mudança do sistema educacional. Somente no ano seguinte passou a ser possível usar a nota para entrar em algumas universidades”, explica Ferretto.
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2 – Quantidade de questões quase triplicou
No início, o exame tinha “somente” 63 questões e a redação, e também era aplicado em um único dia, com duração de 5 horas e meia. Foi aplicado inicialmente em apenas 164 municípios e a inscrição custava R$ 20. A partir de 2008, a prova passou a ter dois dias de aplicação e 180 questões, mais a redação. “E em 2017 ela passou a ser feita em dois fins de semana, para não deixar a prova cansativa”, relembra o professor.
A prova é realmente uma maratona, assim como o próprio ano de estudos para o vestibular. Não precisamos nem dizer que é importante ter alguns cuidados com a saúde mental e a alimentação.
3 – Método de correção identifica “chutes”
A correção é feita a partir do método de Teoria de Resposta ao Item (TRI), que começou a ser utilizado em 2009 para comparações das provas de anos anteriores. “Esse método de avaliação é feito individualmente em cada questão, a partir do grau de dificuldade. As mais fáceis valem mais pontos e as mais complexas somam menos pontos no resultado final. Esse sistema ajuda a identificar se o candidato ‘chutou’ algumas questões, então é importante ficar atento”, alerta Ferretto.
Por isso, dois estudantes que acertaram a mesma quantidade de questões no Enem podem ter notas diferentes. Neste texto aqui, te explicamos como funciona, na prática, o TRI. E, claro, aprenda também como dar um chute mais certeiro quando não souber uma resposta clicando aqui.
4- Até 2016, o Enem ajudava a conquistar diploma do Ensino Médio
Entre 2009 e 2016, pessoas que, por qualquer motivo, não tivessem concluído o Ensino Médio, poderiam realizar a prova como meio de obter um certificado de conclusão. A mudança ocorreu em 2017, quando o Encceja passou a ser o exame destinado a essa função. “Desde 2017, só é possível conseguir o diploma de pessoas que não concluíram o Ensino Médio por meio do Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (Encceja)”, esclarece o professor.
Aqui no GUIA DO ESTUDANTE, temos uma série de conteúdos que te ajudam a garantir uma boa nota no Encceja, como quais conteúdos estudar, o que pode zerar a redação e como funciona a certificação parcial.
5- Enem passará a ser 100% digital a partir de 2026
Desde 2019, os candidatos podem escolher entre dois formatos de prova, o tradicional, impresso, e o digital, feito em um computador em uma sala de informática. O Enem Digital ainda está em fases de testes, com um número reduzido de candidatos por ano, mas a previsão é que em 2026 seja o único modelo do exame.
“Ainda é incerto se a versão digital irá facilitar a vida do candidato ou não, existem alguns contras, como o analfabetismo digital. Mas essa modalidade promete questões interativas, que em teoria podem melhorar o desempenho e as notas”, finaliza o professor Ferretto. O uso do formato ainda é polêmico. Na prova de 2021, 71,3% dos inscritos no Enem Digital não compareceram ao segundo dia do exame.