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Oscar 2021: 8 indicados para aumentar seu repertório para os vestibulares

Contextos históricos e reflexões sobre questões atuais estão presentes em diversas obras da premiação. Confira lista e onde assistir

Por Giulia Gianolla, Julia Di Spagna
Atualizado em 29 mar 2021, 16h10 - Publicado em 16 mar 2021, 13h51
Minari
 (Divulgação/Divulgação)
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Os indicados ao Oscar 2021 foram anunciados nesta segunda-feira (16). A edição já entrou para a história antes mesmo de ser apresentada: além de bater o recorde de mulheres indicadas na categoria de Melhor Direção (são duas de cinco), é uma das edições com maior diversidade entre os indicados e é a primeira que aceita filmes lançados na internet – já que as salas de cinemas estiveram fechadas em 2020.

Devido à crise sanitária causada pela pandemia da Covid-19, a cerimônia, que normalmente é realizada em fevereiro, foi adiada para 25 de abril.  Já que há um tempinho até a premiação, que tal assistir aos indicados e ver qual deles pode compor o seu repertório para os vestibulares?

Na lista abaixo, veja nossos comentários sobre os filmes e onde assistir.

Os 7 de Chicago 

Baseado em fatos reais, retrata um julgamento que entrou para a história dos Estados Unidos. Em 1968, um grupo que protestava contra a Guerra do Vietnã foi acusado de conspiração e incitação à violência.

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Com duração de quase cinco meses, a batalha judicial ocorreu em um ano turbulento na história (morte de Martin Luther King e assassinato do presidente Robert F. Kennedy) e expôs questões latentes até hoje na sociedade, como o racismo institucional e a violência policial.

Confira aqui alguns pontos da obra que podem ser utilizados como referência nas redações.
Indicações: Melhor filme/Melhor ator coadjuvante/Melhor roteiro original/Canção original/Melhor fotografia/Melhor edição

Disponível na Netflix.

Minari

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Expectativas que rondam a imigração e o “sonho americano” são os fios condutores da obra. Baseado na infância do diretor Lee Isaac Chung, o filme se passa nos anos 80 e mostra a história de uma família de imigrantes coreanos que tenta prosperar em uma fazenda no Arkansas, nos Estados Unidos. Enquanto os pais buscam se virar na nova vida, as crianças se sentem entediadas, mas a situação muda quando a avó chega à fazenda.

De maneira sutil, a obra também chega a abordar a xenofobia e as barreiras culturais que os protagonistas encaram. Indicações: Melhor filme/Melhor ator/Melhor direção/Melhor atriz coadjuvante/Melhor roteiro original/Melhor trilha sonora

Nomadland 

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Baseado no livro-reportagem homônimo da jornalista Jessica Bruder, o filme já levou o Globo de Ouro na categoria de melhor filme este ano. O longa mostra a vida de norte-americanos afetados pela crise financeira de 2008 que passam a viver em uma espécie de nomadismo, viajando pelo país em vans e realizando trabalhos temporários.

Além de mostrar o contexto do período, o filme também traz uma crítica à precarização do trabalho.
Indicações: Melhor filme/Melhor atriz/Melhor direção/Melhor roteiro adaptado/Melhor fotografia/Melhor edição

A Voz Suprema do Blues 

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A obra se passa em Chicago, nos anos 20, e apresenta a trajetória de Ma Rainey, conhecida como “a mãe do blues”, interpretada por Viola Davis. O filme também conta com a atuação de Chadwick Boseman como o ambicioso trompista Levee. Este foi o último trabalho do ator, que conquistou o mundo com seu papel em Pantera Negra.

Além de conhecer melhor a história, a importância e a força do blues, o longa também explora a discriminação racial e o machismo na indústria da música.

Confira aqui mais detalhes sobre o contexto histórico do filme.
Indicações: Melhor atriz/Melhor ator/Melhor figurino/Maquiagem e cabelo/Melhor design de produção

Disponível na Netflix.

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Judas e o Messias Negro

O filme, que se passa no final da década de 1960, é inspirado na história real de Fred Hampton. O ativista lutou pelos direitos do negros nos Estados Unidos e chegou a assumir a liderança dos Panteras Negras.

Dessa forma, a obra ajuda a entender melhor o movimento e o contexto da época, mas sem deixar de ser atual, abordando uma discriminação ainda presente e, consequentemente, uma luta ainda necessária.

Indicações: Melhor filme/Melhor ator coadjuvante/Melhor roteiro original/Canção original/Melhor fotografia

Borat: Fita de Cinema Seguinte

O filme mais polêmico da lista (e provavelmente da premiação) é também o mais crítico. Por meio do humor e do sarcasmo, a obra usa a história de Borat, um repórter do Cazaquistão que vai para os Estados Unidos com sua filha, como pano de fundo para questões mais afiadas.

Entre os alvos do filme estão apoiadores de Donald Trump, o negacionismo do Holocausto, o machismo, as clínicas antiaborto, uma convenção de mulheres do partido republicano e conspiracionistas.
Indicações: Melhor atriz coadjuvante/Melhor roteiro adaptado

Disponível na Amazon Prime Video.

Uma Noite em Miami

O filme apresenta uma reunião fictícia entre quatro personalidades que fariam história: o pugilista Cassius Clay (que ficaria conhecido por Muhammad Ali), o ativista Malcom X, o cantor Sam Cooke e o jogador de futebol americano Jim Brown. O encontro, no roteiro, acontece em 1964, em meio a um dos ápices do movimento civil pela luta dos direitos dos negros.

Com diálogos poderosos, eles refletem e debatem sobre questões raciais.
Indicações: Melhor ator coadjuvante/Melhor roteiro adaptado/Canção original

Disponível na Amazon Prime Video.

Mulan

O live-action do clássico da Disney sobre a guerreira Hua Mulan faz muitas adaptações em relação ao filme original, mas não perde a essência da lenda chinesa.

O território chinês estava ameaçado e, com isso, o Imperador decretou que um membro do sexo masculino de cada família deveria servir ao Exército Imperial. Mulan vivia com seus pais e sua irmã. Logo, quem deveria se apresentar era seu pai, já ferido por causa de outras batalhas. A garota decide, então, esconder seu longo cabelo, pegar a armadura e espada de seu pai e se passar por um homem para defendê-lo.

A trama chega a mostrar algumas cenas fantasiosas, mas também pode ser um prato cheio para se aprofundar na história do país. Durante a dinastia Wei do Norte, no século 5, o território chinês foi efetivamente ameaçado pela invasão dos Hunos, grupo euroasiático nômade. Além disso, o filme traz elementos que permitem conhecer melhor a cultura chinesa – diferentemente da animação que foi criticada por estereotipar a cultura do país.

Aqui, explicamos como Mulan e mais três clássicos da Disney podem te ajudar a estudar história.
Indicações: Melhor figurino/Efeitos visuais

Disponível na Disney+.

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Repertório Cultural
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