Museu de Arte Contemporânea da USP está com sete exposições gratuitas
O público pode realizar visitas ao local de terça-feira a domingo, sem a necessidade de agendamento prévio
Devido à pandemia de covid-19, exposições, espetáculos de dança e de teatro e até apresentações musicais tiveram que se readaptar aos novos tempos remotos. Mas aos poucos tudo está voltando à rotina, mantendo, claro, os protocolos de segurança. O Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP, considerado um centro de referência de arte moderna e contemporânea, brasileira e internacional, pode ser visitado, desde que o público utilize máscara e apresente comprovante de vacinação.
Instalado no Parque Ibirapuera, em São Paulo, em um complexo arquitetônico criado nos anos 1950 pelo arquiteto Oscar Niemeyer e equipe, o museu possui um acervo de cerca de 10 mil obras, entre pinturas, gravuras, tridimensionais, fotografias, arte conceitual, objetos e instalações, e atualmente mantém em cartaz sete exposições, algumas mais antigas e de longa duração, e outras que foram inauguradas no ano passado. Veja o roteiro a seguir:
Regina Silveira: Outros Paradoxos: É uma retrospectiva que reúne cerca de 180 obras de Regina Silveira, uma das mais importantes artistas brasileiras de sua geração, reconhecida internacionalmente por sua trajetória como artista, pesquisadora e professora. O título refere-se ao Paradoxo do Santo, uma das obras do artista incorporada ao acervo do museu em 1994, mas principalmente à inquietação característica de sua atitude questionadora diante da vida e da arte.
Nessa mostra, há gravuras produzidas ainda na década de 1960, quando a artista era uma jovem recém-formada no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre; experimentações com apropriação de imagens e videoarte dos anos 1970; além de propostas de intervenções urbanas e algumas de suas instalações mais recentes. A exposição apresenta, também, uma possibilidade de cotejar as obras com os esboços e projetos que deram origem ou mesmo com alguns dos estudos realizados por meio de maquetes. Em cartaz até 3 de julho.
Muito Além das Aparências – A Imagem Crítica de Pedro Meyer: Reunindo 27 trabalhos do fotógrafo espanhol, radicado no México desde 1938, selecionadas de um conjunto de 40 fotografias doadas pelo próprio artista ao MAC-USP em 2008. Segundo a curadora Helouise Costa, “como fotógrafo e agente cultural, o nome Pedro Meyer está indissociavelmente ligado às primeiras tentativas de estabelecer uma identidade para a fotografia produzida na América Latina entre as décadas de 1970 e 1980”.
Meyer também foi um dos fundadores do Conselho Mexicano de Fotografia, e sempre defendeu a organização dos fotógrafos em prol de uma produção documental comprometida em denunciar a exploração econômica e a opressão política enfrentadas pelas populações locais de diversos países do continente americano, princípio que guiou sua prática fotográfica durante muitos anos, até o surgimento das tecnologias digitais, “que intensificou a dimensão subjetiva de sua produção permitindo-lhe ir muito além das aparências do mundo visível”. Em cartaz até 13 de fevereiro.