4 HQs que recontam os anos de chumbo da Ditadura Militar brasileira
Aprenda com quadrinhos que retratam os anos de repressão e resistência no Brasil do regime militar
Para quem está na corrida dos vestibulares e colocando as disciplinas em dia agora que as férias acabaram, ler qualquer coisa que não sejam as leituras obrigatórias parece fora de cogitação. É possível, no entanto, relaxar e aprender ao mesmo tempo por meio de HQs. As histórias em quadrinhos apresentam narrativas contadas a partir de imagens, o que transforma temas densos como a Ditadura Militar em uma experiência literária bem mais tranquila – além de mais curtas.
Ao longo dos anos, várias pessoas contaram a história do golpe que transformou o Brasil entre 1964 e 1985. De narrativas sobre guerrilheiros a trabalhos jornalísticos compilados em quadrinhos, o repertório literário é vasto. O GUIA DO ESTUDANTE compilou neste texto quatro HQs que você precisa ler sobre a Ditadura Militar.
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Marighella #livre
Marighella #livre
A HQ conta a história de Carlos Marighella, ex-deputado federal pela Bahia e cofundador da Ação Libertadora Nacional (ALN) durante a ditadura militar. Ficou conhecido como o guerrilheiro que coordenava planos e ataques contra o governo e foi declarado inimigo público número um.
O quadrinho é dividido em três episódios com roteiros de Rogério Faria e desenhos de Ricardo Sousa e Jefferson Costa:
- A prisão e tortura do jovem comunista quando ele tinha 24 anos, em 1936, às vésperas do Estado Novo, quando ainda era um desconhecido militante do PCB;
- A prisão de Marighella aos 52 anos, em 1964, durante o início da ditadura, quando, com e um tiro no peito, lutou contra 14 policiais;
- A execução do guerrilheiro em 1969, época em que era reconhecido pelos militares como o inimigo público nº 1 do regime militar.
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Notas de um Tempo Silenciado
Notas de um Tempo Silenciado
Chumbo
A HQ é baseada na história da família do autor, Matthias Lehmann, em especial de seu tio, o escritor mineiro Roberto Drummond. Se passa no interior de Minas Gerais e é centrada em dois irmãos que não têm nada em comum: um militante de esquerda que se tornou jornalista e um apoiador dos militares durante a ditadura. O quadrinho é uma ótima introdução à história brasileira na época do golpe
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Ah, Como Era Boa a Ditadura
Ah, como era boa a ditadura
O arquiteto e artista plástico Luiz Gê aborda o tema com bastante ironia. A obra traz charges publicadas pelo no jornal Folha de S.Paulo a partir de 1981, sobre fatos políticos, econômicos e sociais do último governo militar, o do general João Baptista de Oliveira Figueiredo. O quadrinho é dividido por anos e os textos introdutórios situam o leitor mais sobre fatos e aspectos do período para ajudar a entender a ironia das charges.
O livro explora fatos como a explosão da dívida externa, a derrocada econômica e a chamada estagflação (estagnação econômica simultânea a desemprego com taxas de inflação estratosféricas) – resultado da submissão dos militares à imposição de políticas recessivas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) –, as armações políticas que impediram a volta de eleições diretas para a presidência já em 1985 e os personagens políticos daqueles anos.
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