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Atlas – Mundo: Um perfil socioeconômico e físico dos continentes

Atlas – Mundo: Um perfil socioeconômico e físico dos continentes

A TERRA É AZUL (E AMARELA) Imagem de satélite mostra o planeta visto do espaço – os pontos luminosos são da cidade de Moscou, capital da Rússia

O mundo em resumo

Confira a seguir um abrangente retrato físico, econômico e social das seis grandes extensões de terra do planeta 

A superfície do planeta é dividida em seis continentes, as grandes extensões de terra emersas limitadas pelas águas de mares e oceanos. Eles ocupam 150.377.393 quilômetros quadrados, dimensão que corresponde a 29,4% da superfície total do globo. Mas nem sempre foi assim.

 Há cerca de 400 milhões de anos, as terras do planeta estavam reunidas em um único continente, chamado de Pangeia – em grego, pan significa toda; e geia, terra. Esse imenso bloco começou a rachar no sentido leste-oeste por volta de 200 milhões de anos atrás e, aos poucos, seus territórios foram se afastando uns dos outros, dando origem aos continentes como conhecemos hoje (veja mais na pág. 30).

 A atual configuração física do globo foi estabelecida há 65 milhões de anos, em decorrência desse processo de deslocamento da crosta. O movimento constituiu os seis continentes existentes: África, América, Antártica (ou Antártida), Ásia, Europa e Oceania. A América, por sua vez, é subdividida em três: América do Norte, América Central e América do Sul. Vale ressaltar que o Ártico, região de mares e águas congeladas, não é um continente.

 Como você verá nas páginas seguintes, os continentes apresentam características físicas, sociais e econômicas bastante diferenciadas.

Distribuição Física

 A litosfera não é contínua, mas dividida em vários blocos, denominados placas tectônicas. Elas são separadas por grandes fendas vulcânicas em permanente atividade no fundo do mar. Através dessas fendas, o magma sobe à superfície. Isso expande o fundo do mar e movimenta, em várias direções, os blocos que formam a superfície (veja mais na pág. 30).

 A própria distribuição das superfícies continentais se dá de forma desigual, correspondendo a 40,4% da área do Hemisfério Norte e a apenas 14,4% da do Hemisfério Sul. As regiões polares também são distintas. No sul, há um continente – a Antártica – coberto por espessa camada de gelo; já no norte, existe uma grande depressão, coberta pelo Oceano Ártico.

 População

  A Ásia é o maior e mais populoso dos continentes, reunindo quase 60% dos habitantes do globo. É também o berço de algumas das mais antigas civilizações e religiões do mundo. As duas nações com a maior população estão no continente asiático: China (1,4 bilhão de pessoas) e Índia (1,3 bilhão).

 Em contrapartida, o crescimento demográfico na Europa está praticamente estagnado. No período entre 2010 e 2015, a ONU estima que sua população tenha crescido apenas 0,1%. Com isso, a Europa acaba necessitando de mão de obra especializada de outras partes do planeta. A discussão em torno da imigração ilegal de trabalhadores sem qualificação se torna cada vez mais intensa e tem sido motivo de criação de diversas – e polêmicas – legislações restritivas.

 Já na América, os Estados Unidos (EUA), por sua força econômica, são o principal polo receptor de imigrantes. Em 2015 viviam no país 43,3 milhões de imigrantes, que representam 13,5% da população total. Os mexicanos formam o maior grupo, constituindo 11,6 milhões – só no ano passado, pelo menos 140 mil pessoas migraram do México para os EUA.

Economia

 Do ponto de vista dos recursos naturais, a Ásia abriga as maiores jazidas conhecidas de petróleo, em particular no Oriente Médio e nos países de sua região central.

A África, por sua vez, apresenta os problemas sociais mais agudos, especialmente na região ao sul do deserto do Saara (a África Subsaariana). Embora o continente reúna as maiores reservas de minérios e pedras preciosas do planeta, sua população vive em extrema miséria. Bolsões de pobreza também são encontrados na maior parte da Ásia e nas porções central e sul da América, que, com o México, formam a América Latina.

  A produção de riquezas concentra-se principalmente na América do Norte e na Europa: a soma do Produto Interno Bruto (PIB) dos países dessas regiões é superior a 50% do total do planeta. Nessas nações estão os indicadores sociais mais positivos do mundo, que garantem boas condições de vida a ampla parcela da população. Na Ásia, destacam-se China e Japão – segunda e terceira maiores economias mundiais, respectivamente.

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Comparando Ásia e América

A Ásia é o maior continente do planeta em área, superando por apenas 2,1% a América. No entanto, a população asiática representa quase 60% de todos os habitantes do mundo, muito acima dos indicadores da América, que somam apenas 13,5%. Esse elevado povoamento diz muito a respeito do Produto Interno Bruto (PIB) asiático, que é responsável por um terço de toda a riqueza produzida no mundo. Mas perceba que, mesmo com uma população quatro vezes menor que a asiática, a América tem um PIB 1,1% superior. Essa diferença se traduz nos dados de PIB per capita, ou seja, o quanto cada habitante do continente recebe por ano. Enquanto os asiáticos ganham apenas 5.489 dólares por ano em média, os trabalhadores da América recebem 25.151 dólares.

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O berço da humanidade

Continente que abriga as mais antigas evidências da presença do homem no planeta, a África foi seguidamente pilhada, dividida e ocupada pelas potências da Europa a partir do século XV. No decorrer desse período, milhões de africanos foram escravizados por essas nações, que mantiveram a exploração dos recursos naturais da região mesmo após o fim da escravidão. As lutas anticoloniais se desenvolveram principalmente na segunda metade do século XX, resultando na independência das nações africanas. O processo, contudo, não significou calmaria na região. A pobreza e a miséria estimulam rivalidades étnicas e religiosas entre populações de países cujas fronteiras foram criadas artificialmente pelas nações europeias no fim do século XIX, ou seja, sem levar em conta os territórios das etnias nativas.

Esse legado histórico explica por que a África respondia em 2015 por apenas 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Nos países ao sul do Deserto do Saara (a África Subsaariana), 41% vivem abaixo da linha de pobreza, com renda inferior a 1,90 dólar por dia.

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PESOS-PESADOS Manada de elefantes caminha na Tanzânia– ao fundo, o Monte Kilimanjaro, ponto mais alto da África

Distribuição física

A África tem cerca de 30,2 milhões de quilômetros quadrados de extensão e a maior porcentagem de terras desérticas do globo. O Deserto do Saara ocupa um terço do território africano. Seu relevo se caracteriza pelo predomínio de imensos tabuleiros – planaltos pouco elevados. A distribuição da vegetação obedece aos fatores climáticos: na porção equatorial, há florestas latifoliadas, que vão se transformando em savanas à medida que avançam para as regiões mais secas, ao norte e ao sul.

População

O continente africano tem 1,2 bilhão de habitantes em 2016. O fértil vale do Rio Nilo, que corta países como Egito e Sudão, apresenta uma densidade demográfica bastante elevada. Entre os principais centros urbanos da África destacam-se Cairo (Egito), Lagos (Nigéria) e Johannesburgo (África do Sul).

 Economia

A África é o continente mais pobre, com economia essencialmente agrícola. Os poucos polos de desenvolvimento se devem à exploração mineral. Nessa atividade, destacam-se a África do Sul e a Nigéria, que, juntas, detêm mais de um terço de todo o PIB africano.

 

 

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As duas áfricas

O continente africano abriga duas sub-regiões claramente delimitadas: a África Setentrional e a Subsaariana, também conhecidas, respectivamente, como África Branca e África Negra. O limite entre ambas é o deserto do Saara. Os países da África Setentrional têm características semelhantes às das nações do Oriente Médio, sendo majoritariamente ocupados por povos árabes. Já a África Subsaariana, bem mais extensa, reúne a maioria da população, predominantemente negra. Essa região concentra alguns dos principais problemas econômicos e sociais do planeta. Quase metade da população sobrevive com menos de 1,25 dólar por dia e mais de 70% dos portadores do vírus da aids no mundo estão na África Subsaariana.

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BELEZA AMERICANA O Grand Canyon, nos Estados Unidos, tem paredões com quase 2 mil metros de altura

 Três em um

Segundo continente mais extenso, com área de 42 milhões de quilômetros quadrados, a América é formada por duas grandes massas de terra (América do Norte e América do Sul), unidas por uma estreita faixa (América Central). Um sistema de cadeias montanhosas percorre o território em sua porção oeste, sem interrupção, desde o Estreito de Magalhães, no extremo sul, até o Estreito de Bering, no extremo norte.

 Nenhum continente apresenta tamanho desequilíbrio regional quanto a América. Ao norte, os Estados Unidos (EUA) e o Canadá são duas das mais desenvolvidas nações do planeta, enquanto os outros países – que compõem a América Latina – estão num nível de desenvolvimento bem inferior.

América do norte

 A América do Norte é ocupada por três grandes países: Canadá, EUA – bastante desenvolvidos – e México, menos desenvolvido.

Distribuição física

Compreende uma área de 23,4 milhões de quilômetros quadrados. Suas principais elevações se localizam a oeste, enquanto a maior bacia hidrográfica, a do Mississippi-Missouri, se situa a leste. A maior ilha do mundo fica na América do Norte: Groenlândia, com quase 2,2 milhões de quilômetros quadrados. Na porção norte, de clima continental frio, predominam as florestas de coníferas; o centro e o sudeste, de clima continental, são ocupados por florestas temperadas e pradarias; no sudoeste, há desertos.

População

Abriga cerca de 489,2 milhões de habitantes em 2016. A maioria descende de colonizadores europeus, de escravos africanos e de vários grupos de imigrantes. Os principais centros urbanos encontram-se na Cidade do México, em Nova York e Los Angeles.

Economia

É plenamente industrializada nos Estados Unidos e no Canadá e, em menor grau, no México. A América do Norte apresenta agricultura altamente mecanizada, com destaque para a produção de cereais, milho, soja e laranja. Além disso, possui vastas reservas de combustíveis fósseis e minérios.

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FENDA CONTINENTAL  Navios cruzam o Canal do Panamá, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico

América central

 A região, que responde por apenas 2% do Produto Interno Bruto (PIB) da América, sobrevive basicamente da agricultura e do turismo. Pelo canal do Panamá, a principal passagem entre o Oceano Atlântico e o Pacífico, circulam 5% de todo o comércio marítimo mundial. A região abriga, ainda, a única nação comunista do continente americano: Cuba.

Distribuição física

A América Central, com 748,6 mil quilômetros quadrados, é formada pelo istmo que une a América do Norte à América do Sul e pelas ilhas do Mar do Caribe. O território centro-americano possui relevo montanhoso, com vários vulcões ativos. No verão, o Caribe é assolado por furacões, com ventos de até 300 quilômetros por hora.

População

Reúne 89,9 milhões de habitantes em 2016. A região é povoada em grande parte por mestiços, descendentes de índios, africanos e colonizadores europeus.

Economia

A agricultura emprega a maioria da população. A industrialização é incipiente e limita-se ao processamento de produtos agrícolas. O turismo na região do Caribe está em plena expansão.

América do sul

 A região possui vastos recursos naturais, mas também graves problemas sociais. O Brasil é a economia mais desenvolvida, enquanto Chile, Argentina e Uruguai apresentam melhor índice de desenvolvimento humano (IDH).

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FENÔMENO AMAZÔNICO  O famoso encontro das águas escuras do Rio Negro com o barrento Rio Solimões

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Distribuição Física

A América do Sul conta com 17,8 milhões de quilômetros quadrados. A porção oeste é ocupada pela Cordilheira dos Andes, cujo ponto mais alto é o Pico Aconcágua (6.959 metros). As planícies centrais abrigam a bacia hidrográfica do Orinoco, a Amazônica e a do Prata. Na região norte, onde o clima é equatorial, encontram-se florestas latifoliadas tropicais úmidas. O sul possui faixas de clima desértico, como na região de Atacama, e uma zona temperada, ocupada por florestas subtropicais e pelos pampas argentinos.

População

A América do Sul tem 422,5 milhões de habitantes em 2016. A população é formada por descendentes de europeus (em especial espanhóis e portugueses), africanos e indígenas, contando com alta porcentagem de mestiços.

 Economia

A indústria está centrada na produção agrícola e de bens de consumo. No Brasil e na Argentina, encontra-se mais diversificada, abrangendo setores como siderurgia e metalurgia. O Brasil é responsável por cerca de três quintos da produção industrial sul-americana.

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O continente de gelo

Também chamada de Antártida, a Antártica é coberta por uma enorme camada de gelo. A superfície do continente ocupa 14 milhões de quilômetros quadrados, e 99% de sua superfície é coberta por um manto de gelo que atinge quase 5 quilômetros de espessura. Essa massa de gelo é de extrema importância para o equilíbrio do planeta. Isso porque, além de concentrar cerca de 70% das reservas de água doce da Terra, interfere no nível dos oceanos, por causa das variações em sua extensão e espessura. No inverno, até 18 milhões de quilômetros quadrados do oceano em torno do continente ficam cobertos por uma fina camada de gelo. O buraco na camada de ozônio localiza-se em cima do continente e ameaça a estabilidade de suas geleiras (90% das existentes no planeta), em virtude da maior exposição à radiação solar.

Distribuição física

A Antártica é cercada pelas águas dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico. É o lugar mais frio do globo com temperaturas inferiores a 0 ºC no verão e menores que – 80 ºC no inverno. Sob a grossa camada de gelo, estende-se o lago Vostok, um dos maiores do mundo, com 10 mil quilômetros quadrados de extensão.

Economia  

As atividades humanas no continente restringem-se à pesca e à investigação científica. Diversas nações mantêm base de pesquisa na região, entre as quais o Brasil, que desenvolve atividades na Base Comandante Ferraz. Em 1991 foi assinado o Protocolo de Madri, que entrou em vigor em 1998. Esse documento proíbe por 50 anos a exploração econômica dos recursos naturais. A medida é preventiva, já que, até hoje, não foram encontradas reservas de interesse comercial. Argentina, Austrália, Chile, França, Noruega, Nova Zelândia e Reino Unido reivindicam áreas no continente.

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TRADIÇÃO Família nômade da Mongólia, país que abriga povos e culturas milenares

Vastidão oriental

A Ásia é o maior e o mais populoso continente. Na Cordilheira do Himalaia, estão os pontos mais altos do planeta, em especial o Monte Everest, com 8.850 metros, na fronteira entre o Nepal e a China. Situam-se no continente asiático algumas das maiores concentrações humanas, em megacidades como Tóquio, no Japão.

Os recursos naturais são imensos. A Ásia produz quase metade do petróleo do mundo, possuindo as maiores reservas conhecidas, nos países do Golfo Pérsico. Ao lado do Japão, a principal nação industrial do continente, e de países em acelerado processo de desenvolvimento, como a China, há várias regiões atrasadas, com graves problemas sociais, sobretudo na Ásia Central.

A região também sofre com sérios confitos, como a guerra civil na Síria. As disputas territoriais entre israelenses e palestinos, no Oriente Médio, e o confito entre Índia e Paquistão pela região da Caxemira, são outros exemplos. Mais recentemente, o fundamentalismo religioso deu origem a grupos como o Estado Islâmico, que controla regiões no Iraque e na Síria.

Distribuição física  

Maior continente do mundo, sua área é de cerca de 45 milhões de quilômetros quadrados. A fronteira convencional entre Ásia e Europa é determinada pelos Montes Urais, pelo Rio Ural, pelo Mar Cáspio, pelas montanhas do Cáucaso e pelo Mar Negro. Dessa forma, os territórios de Turquia e Rússia estendem-se pelos dois continentes. O relevo asiático apresenta a maior altitude média da Terra (960 metros), em razão da presença de grandes cadeias montanhosas, entre as quais a Cordilheira do Himalaia e a do Kunlun, que contornam o planalto do Tibete. Há também grandes depressões, como o Mar Morto, situado 365 metros abaixo do nível do mar. Em virtude da vastidão de seu território, da diversidade de relevos e do regime de monções (vento periódico que, no verão, sopra do mar para o continente e, no inverno, do continente para o mar), existem muitos tipos de clima na Ásia. Como consequência, há também grande variedade de vegetação: tundra, estepes, florestas de coníferas, florestas temperadas e florestas tropicais.

População

  O continente é o mais populoso do mundo, com 4,4 bilhões de habitantes em 2016. A distribuição da população é bastante desigual, com mais de 60% dos habitantes concentrados na China e na Índia. Há grande diversidade étnica, linguística e religiosa. Os conflitos em curso no continente provocam grandes deslocamentos de pessoas – os maiores contingentes de refugiados são formados por 4,8 milhões de palestinos e 4,5 milhões de emigrados da Síria, que fogem da guerra civil iniciada em 2011.

Economia

A Ásia apresenta contrastes econômicos extremos. A porção mais desenvolvida – que inclui países como Japão, Coreia do Sul e Taiwan – registra renda per capita quase 100 vezes maior que a das regiões pobres. No sul do continente, região que abrange nações como Índia, Paquistão e Bangladesh, a pobreza atinge proporções alarmantes: 15% da população vive com menos de 1,90 dólar por dia.

Desde a abertura econômica iniciada no fim dos anos 1970, a China é o país que mais se industrializa na Ásia. Em pouco mais de um quarto de século, o país tornou-se a segunda maior economia global, atrás apenas dos Estados Unidos, e o maior exportador mundial. A extração mineral é a principal fonte de divisas dos prósperos países do Golfo Pérsico, que detêm mais de 50% das jazidas mundiais de petróleo. A atividade extrativista é intensa também na Rússia – dona de cerca de um terço do gás natural do planeta e de grandes reservas conhecidas de petróleo.

Apesar da intensa modernização econômica, mais de 50% da força de trabalho asiática está empregada na agricultura, especialmente nas nações do subcontinente indiano (Índia, Paquistão e Bangladesh). A Ásia responde por aproximadamente 45% da produção mundial de cereais, com destaque para o arroz (90% do que se produz no planeta). Mas, ainda assim, precisa importá-los para suprir a demanda interna, especialmente da China.

 

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PRAIA NEGRA Litoral da Islândia, a segunda maior ilha da Europa, repleta de vulcões ativos

Berço da civilização ocidental

O continente é considerado o berço da civilização ocidental. Ali se desenvolveram, por exemplo, o Renascimento, a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, eventos que moldaram o mundo moderno. A pequena extensão da Europa contrasta com sua importância histórica. Impulsionado pela expansão marítima e comercial, o continente exerceu, por séculos, papel hegemônico sobre o globo, abrigando várias potências coloniais.

Porém, após o fim da II Guerra Mundial, o continente viu-se dividido, por décadas, em dois blocos hostis, um capitalista e outro socialista – eles correspondem, em linhas gerais, à Europa Ocidental e à Europa Oriental. A primeira é integrada pelas nações mais ricas do continente. A segunda é formada predominantemente por países que saíram do bloco comunista e procuram melhorar sua economia. Após o encerramento da Guerra Fria, nos anos 1990, foi criada a União Europeia (UE), o principal bloco econômico do mundo. Atualmente, a UE tenta superar uma grave crise econômica, alavancada pelo alto endividamento dos países-membros.

Distribuição física

A Europa pertence, com a Ásia, à massa de terra conhecida como Eurásia. O continente europeu tem área de 10 milhões de quilômetros quadrados. A maior parte do território é formada por planícies. Predomina o clima temperado, mas há variações. A vegetação original já foi bastante devastada, prevalecendo florestas temperadas e de coníferas.

População

O continente tem 738,8 milhões de habitantes em 2016 e é o único com tendência de redução da população. Paralelamente às baixas taxas de natalidade, o envelhecimento dos habitantes exerce forte pressão demográfica no continente e pode comprometer o crescimento econômico. Por isso, apesar da atual resistência de muitos países à entrada de imigrantes, a Europa precisa da força de trabalho dos estrangeiros.

Economia

O parque industrial europeu é um dos mais avançados do mundo, com destaque para os setores automobilístico, químico, siderúrgico e de telecomunicações. Persistem, entretanto, contrastes de desenvolvimento entre os países ocidentais, que detêm cerca de 80% do PIB do continente, e as nações do leste, do ex-bloco comunista. A criação da União Europeia, em 1992, tenta superar esse quadro desigual, mas a crise atual da região explicita o fosso que separa as nações ricas das mais atrasadas.

 

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Mais que cangurus

A Oceania é formada por uma massa continental (a Austrália), a parte leste da Ilha de Nova Guiné, as ilhas que constituem a Nova Zelândia e pequenas ilhas e atóis que se espalham pelo oceano Pacífico. Essas ilhas menores se dividem em três grupos: a Polinésia, no extremo leste; a Melanésia, na região central; e a Micronésia, situada ao norte.

Há diferenças marcantes na região. Enquanto a Austrália e a Nova Zelândia são nações desenvolvidas, as demais têm economia frágil. A Oceania enfrenta, ainda, graves problemas ambientais. Estudos indicam que, dentro de um século, a elevação do nível do mar, causada pelo aquecimento global, poderá submergir ilhas e atóis da região.

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POVOS NATIVOS  Os aborígenes habitam o território da Austrália desde, pelo menos, 45 mil anos antes de Cristo

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Distribuição física

É o menor continente do mundo, com 8,5 milhões de quilômetros quadrados de extensão. A Austrália corresponde a cerca de 90% da área emersa da Oceania. A maioria das ilhas da Oceania é de origem vulcânica, sendo cobertas de florestas tropicais.

População

A Oceania é também o menos habitado dos continentes, com 39,6 milhões de pessoas em 2016. Cerca de 60% dessa população vive na Austrália.

Economia

A Austrália destaca-se pelo parque industrial, pela agricultura e pela extração mineral, enquanto a economia das ilhas do Pacífico é agrícola.

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