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Engenheiro da Petrobras dá dicas sobre o curso e a carreira de Engenharia de Petróleo

Os pais de Luiz Alberto Guerra sempre o estimularam a seguir seu sonho: ser engenheiro. De família simples, ele trabalha hoje em uma das maiores empresas no ramo de petróleo do mundo, a Petrobras.  Para conseguir trabalhar como Engenheiro de Petróleo, Guerra precisou passar em um concurso público e disputar uma vaga com candidatos de […]

Por Carolina Vellei
Atualizado em 24 fev 2017, 15h57 - Publicado em 19 jun 2012, 15h10

Os pais de Luiz Alberto Guerra sempre o estimularam a seguir seu sonho: ser engenheiro. De família simples, ele trabalha hoje em uma das maiores empresas no ramo de petróleo do mundo, a Petrobras.  Para conseguir trabalhar como Engenheiro de Petróleo, Guerra precisou passar em um concurso público e disputar uma vaga com candidatos de todo o país.

– Saiba mais sobre o curso na Guia de Profissões do GE

– Os quatro melhores cursos de Engenharia de Petróleo do Brasil

Em entrevista ao GUIA DO ESTUDANTE, Guerra conta como fez para conseguir se destacar no mercado e como é o dia a dia de quem trabalha na profissão.

Engenheiro da Petrobras dá dicas sobre o curso e a carreira de Engenharia de Petróleo

A escolha da profissão

Natural de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, Luiz adorava ajudar o pai a consertar as coisas de casa. Gostava muito de carros e também sempre quis entender como funcionava uma plataforma de petróleo. Com o tempo, percebeu que todos esses interesses se relacionavam a  áreas da Engenharia. “Sempre pensei em seguir a carreira de Engenharia, nunca quis outra coisa”, assume.

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Por conta dessa paixão, decidiu fazer o Ensino Médio em uma escola técnica. No curso de Mecânica, Guerra teve a possibilidade de escolher entre duas áreas para estagiar: aviação e petróleo. “Tentei nas duas, mas consegui passar em aviação”, conta. O estágio durou um ano, o suficiente para ele se interessar por Engenharia Aeronáutica.

Fez faculdade no Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA), mas não chegou a trabalhar na área.  Ao se formar, decidiu que não queria trabalhar longe de casa, o que seria impossível exercendo a profissão de engenheiro aeronáutico. Para resolver a questão, Guerra não hesitou em mudar os rumos: “Precisei olhar para trás e ver quais eram as outras áreas que gostava. Lembrei-me do meu interesse pelo petróleo e resolvi estudar para passar no concurso da Petrobras, já que um dos grandes polos petrolíferos do Brasil é no Rio de Janeiro”, explica.

De acordo com Luiz Guerra, qualquer pessoa que seja formada em Engenharia, independente da área, pode prestar o concurso da Petrobras e trabalhar como Engenheiro de Petróleo. Dentro da empresa, o funcionário passa por um curso de formação que dá os conhecimentos necessários para trabalhar na área.

O que um engenheiro de petróleo estuda?

Para quem quiser se graduar diretamente na profissão, segundo o Guia de Profissões do GE, é possível fazer Engenharia de Petróleo em mais de dez universidades públicas do Brasil. Luiz explica: “Os cursos de Engenharia têm, em média, cinco anos de duração cada. Os dois primeiros anos são iguais para todos, com conteúdos básicos, e apenas nos três últimos anos o curso é focado em cada especialidade”.  Segundo Guerra, o curso dado pela Petrobras condensa os principais conteúdos estudados pelos tradicionais nesses últimos anos de formação.

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– Confira as universidades que oferecem o curso de Engenharia de Petróleo

São estudadas seis grandes áreas: Geologia (explora a formação do petróleo e como localizá-lo), Reservatórios (analisa onde o combustível fóssil se deposita, os tipos de reservatórios e o movimento dos fluídos dentro do reservatório), Poços (aborda as técnicas para perfuração de poços e estuda os equipamentos utilizados), Elevação e Escoamento (estuda o escoamento dos fluidos desde o reservatório até a superfície), Área de Operação (ligada à prática, estuda os equipamentos submarinos de controle da produção e a planta de processamento de fluidos das plataformas) e Estudo Econômico (analisa a viabilidade dos projetos e planeja gastos e ganhos).

O dia a dia da profissão

Um engenheiro de petróleo pode trabalhar tanto em escritórios como em “regime de embarque”, que acontece quando um profissional permanece, por exemplo, por duas semanas no posto de trabalho e depois desembarca para ter alguns dias de folga. Ao contrário do que possa parecer, não é só no mar que o funcionário pode ficar. Há campos de produção em terra, como no Estado do Amazonas, por ficarem distante da região urbana, também exigem o embarque.

Luiz trabalha em um escritório, localizado no centro da cidade do Rio de Janeiro. Ele é responsável por estudar e projetar equipamentos que viabilizem ou aumentem a produção de petróleo da Petrobras. Em seu dia a dia, presta suporte técnico aos operadores embarcados e, dependendo do trabalho, vai diretamente acompanhar algum procedimento nas plataformas. “Também preciso ficar de olho nos avanços tecnológicos para ajudar a desenvolver novos equipamentos para a Petrobras”, conta.

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Oportunidades no mercado de trabalho

A área de petróleo passa por um momento de expansão no Brasil e abrirá muitas oportunidades de emprego. Com a descoberta do Pré-Sal, o aumento na produção do combustível permanecerá em alta nas próximas décadas. “Desde a descoberta de um campo até o início da produção decorrem anos, é um trabalho que necessita de muitos profissionais envolvidos”, explica.

O engenheiro de petróleo participa de todo o processo de extração do material. É preciso pensar no projeto, no planejamento e em todas as etapas até a chegada do óleo à refinaria. “A produção continua por algumas décadas. Depois de descoberto o reservatório, é preciso trabalhar na manutenção de sua produção de forma rentável e segura”, conta.

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