Curso de Hotelaria da UFPE tem enfoque em administração e gastronomia. Saiba mais!
(Imagem: Thinkstock)
Imagine uma graduação em que você viaje para vários pontos turísticos do Brasil e se hospede em hotéis de todo tipo – do mais luxuoso ao mais simples – para estudar como é feita a administração do estabelecimento e os serviços que ele oferece. Achou bacana? O curso de Hotelaria da Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) é assim. Os alunos aprendem a gerir instalações de hospedagem, desde a infraestrutura e a compra de produtos para o hotel ao atendimento ao cliente nos serviços de acomodação, alimentação e lazer. Além disso, o profissional não tem sua atuação restrita ao campo hoteleiro. Ele também é responsável pelo atendimento hospitalar em locais como navios, hospitais, bancos, shoppings e restaurantes.
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A cada ano 30 novos estudantes ingressam no curso de Hotelaria da UFPE através do Sisu. Integral, a graduação oferecida no Recife é direcionada às áreas administrativa e gastronômica e tem grande parte da grade curricular composta por disciplinas práticas ministradas em laboratórios de bar, cozinha e restaurante. As matérias de Teoria e Prática Operacional de Hotéis, de Alimentos e de Restaurantes fazem parte do dia-a-dia dos alunos.
De acordo com Rodrigo Coutinho, estudante do quarto semestre, saber outro idioma, principalmente o inglês, é imprescindível, porque o profissional lida com hóspedes de toda parte do mundo nos hotéis. “Línguas como japonês, alemão, italiano, mandarim são um diferencial, assim como LIBRAS (a língua de sinais brasileira), pois são poucas as pessoas que procuram estudar e ser fluentes nesses idiomas”, conta. Além disso, para a aluna do sétimo semestre, Fernanda Siqueira, dinamismo, paciência e perfeccionismo são essenciais para quem quer ser hoteleiro. “Hotelaria é um curso realmente divertido e gostoso, se você gosta de viajar, conhecer e lidar com pessoas diferentes, estilos diferentes e vivenciar experiencias inusitadas”, diz. Mas a estudante alerta que o trabalho na área de serviços não é simples: “Dependendo do seu campo de atuação, você pode perder muita coisa, como feriados, fins de semana e festas”.
Rodrigo conta que ingressou no curso da UFPE porque se interessava por gastronomia e tinha intenção de trabalhar no campo de alimentos e bebidas. Entretanto, ele acabou se apaixonando por Hotelaria e pelas áreas de eventos e de recreação e lazer. Já para Fernanda, o que realmente a encantou no curso foi o campo de bar, no qual trabalha atualmente. A aluna também fez estágios no setor de recursos humanos e em restaurantes, mas afirma que o trabalho em bares é fascinante porque a permitiu lidar com o público de outra maneira. “Atrás do balcão já ouvi diversas histórias, mas o que mais me dá satisfação é quando se tem o reconhecimento do seu trabalho!”, lembra.
Turismo?
A principal diferença de Hotelaria para a graduação em Turismo é o viés administrativo do primeiro curso, voltado para a gestão de estabelecimentos hoteleiros. Em Turismo, os alunos também estudam temas como cultura, meios de transporte, meios de hospedagem e perfil do turista. Entretanto, o campo turístico é uma área comum às duas formações.
Fernanda reforça que o curso da UFPE é voltado para o turismo de lazer, mas, com o relativo crescimento do turismo de negócios e eventos nos últimos anos, o campo de atuação profissional também se ampliou. Muitos hotéis oferecem estrutura para grandes eventos como simpósios e palestras porque é uma alternativa mais viável e econômica para os produtores de eventos, já que as atividades e a hospedagem serão feitas no mesmo local.
Viagens
Todo semestre os estudantes realizam visitas técnicas a hotéis em locais turísticos brasileiros para conhecerem, na prática, o que aprenderam nas disciplinas. Os passeios são diversos e voltados para diferentes tipos de turismo: rural, ecológico, de negócios, entre outros. Além de descontos, passeios e diárias-extra para a próxima vez que voltarem nos estabelecimentos hoteleiros, grande parte dos gastos com a viagem é reembolsada pela UFPE. “Nós não saímos do Brasil, mas eu já conheço o nordeste inteiro!”, diz Fernanda. Para Rodrigo, uma das possibilidades mais legais das visitas técnicas é subir até heliportos de grandes hotéis e olhar a cidade lá de cima. Já a aluna lembra que o roteiro turístico que mais gostou foi quando o grupo visitou a Praia de Pipa, em Tibau, no Rio Grande do Norte. “Como as atividades acadêmicas são durante o dia, fechamos duas pousadas em uma das noites e organizamos uma festa neon. Todo mundo se divertiu muito!”, conta.