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Curso de Design de Ambientes da UEMG dá destaque às práticas projetuais

(Imagem: Thinkstock) Pensar na organização espacial de uma sala de escritório para torna-la mais funcional, confortável e bonita é uma das funções do designer de ambientes. Em seu trabalho, esse profissional escolhe – e, muitas vezes, desenha – quais móveis serão usados, de que material serão feitas mesas, cadeiras e armários, quais cores e texturas […]

Por Malú Damázio
Atualizado em 24 fev 2017, 15h22 - Publicado em 25 Maio 2015, 13h08

Curso de Design de Ambientes da UEMG dá destaque às práticas projetuais(Imagem: Thinkstock)

Pensar na organização espacial de uma sala de escritório para torna-la mais funcional, confortável e bonita é uma das funções do designer de ambientes. Em seu trabalho, esse profissional escolhe – e, muitas vezes, desenha – quais móveis serão usados, de que material serão feitas mesas, cadeiras e armários, quais cores e texturas terão o chão e as paredes, planeja o paisagismo de áreas internas e externas, faz orçamentos e acompanha a compra de tudo que é necessário para o projeto. O curso de Design de Ambientes da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) recebeu cinco estrelas na avaliação do Guia do Estudante. Então, vamos conhecer um pouquinho mais sobre a graduação da estadual mineira, localizada na Escola de Design, em Belo Horizonte (MG).

Não é só em interiores estritamente residenciais ou comerciais que o designer de ambientes trabalha. Seu mercado é muito mais amplo, já que ele pode criar, por exemplo, paisagismo urbano, realizar projetos luminotécnicos, elaborar ambientações de estandes e de locais de design efêmero. Até mesmo o interior de aviões, carros e navios pode ser projetado por um profissional da área! Por isso as práticas projetuais são as principais atividades do curso da UEMG. Nessas disciplinas, o estudante aprende a realizar um projeto completo de design e que seja verdadeiramente aplicável e possível de ser executado. Aluna do quinto período, Bruna Jellinek conta que este semestre uma de suas atividades é elaborar um lar de idosos com clientes reais. “O lar que estamos trabalhando de fato existe e, possivelmente, este projeto será executado. Então, deixa de ser algo fictício e imaginário. Podemos criar de forma livre para desenvolver um projeto de design para pessoas reais, com necessidades e demandas reais”, explica.

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Ao longo das disciplinas, os estudantes também fazem visitas técnicas a fábricas e empresas de design de interiores e de arquitetura para ver como o conhecimento ensinado na sala de aula pode ser aplicado. Na última semana, por exemplo, Bruna e os alunos do quinto período foram até uma marcenaria para ver como funciona a produção e a detalhação de mobiliário. Ela lembra ainda que existem muitas matérias optativas que promovem idas a fábricas e lojas, como Noções Básicas de Arquitetura e Urbanismo. “Já fizemos umas quatro visitas para essa disciplina só esse semestre!”, diz. Os estudantes também aprendem a projetar de acordo com critérios como ergonomia, estudos de mercado, fatores econômicos, metodologia científica e veem no curso até noções de engenharia, como hidráulica e elétrica. “São assuntos que eu não imaginava estudar e temos na grade. Hoje vejo que são super importantes e precisamos ter conhecimento deles para fazer um projeto de qualidade”, relata Luana Miranda, do quinto semestre.

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Estrutura do curso

A graduação da UEMG tem duração mínima de oito períodos e são oferecidas 80 vagas ao total, sendo 40 na parte da manhã e outras 40 à tarde. O ingresso na instituição se dá por meio de vestibular próprio e também pelo Enem, através do Sisu. Ao contrário da maioria das faculdades da área, nenhum curso da Escola de Design exige provas de habilidades específicas dos candidatos. As estudantes garantem, porém, que os professores explicam tudo que é necessário para realizar um projeto de Design de Ambientes. “Nos primeiros períodos temos aulas especificas como Representação Técnica e Expressão Gráfica para aprender perspectiva e um pouco de desenho”, lembra Clara Lages, do terceiro ano. A grade curricular ainda prevê que o aluno cumpra obrigatoriamente uma carga de disciplinas optativas e de estágio, além de 212 horas de atividades complementares, como cursos, workshops, palestras e visitas a museus. Então, é bom ficar atento às exigências para se formar!

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Saber manusear softwares utilizados para projetar, como AutoCAD e SketchUp, é essencial para os estudantes de Design de Ambientes. Mesmo tendo aulas sobre esses programas na faculdade, muitos deles acabam por buscar cursos livres fora da UEMG para aprimorar seus conhecimentos, já que as noções vistas no currículo não são suficientes. Além disso, a instituição também apresenta outros problemas de infraestrutura comuns a universidades públicas. “Os laboratórios de informática são bem equipados, mas ficam abertos apenas em aula e trancados nos demais horários. Já a biblioteca tem um acervo bem vasto, mas tem poucos computadores”, aponta Bruna. E Clara completa: “nada do que estudamos vemos em prática no prédio e isso é uma questão que incomoda alunos e professores”. No entanto, a Escola de Design será transferida, em breve, para um novo edifício em uma região mais central da capital mineira e os estudantes veem na mudança uma possibilidade de melhora das questões estruturais.

Design de Ambientes ou Arquitetura?

Uma dúvida muito comum em quem vai prestar vestibular para a área é saber o que diferencia a atuação do designer de ambientes do trabalho de um arquiteto e urbanista. Apesar de trabalharem em conjunto, há certas atividades que são funções exclusivas do arquiteto, como elaborar e alterar projetos estruturais (externos e internos), hidráulicos e elétricos. Já a formação em Design de Ambientes é centrada no usuário e aborda noções de ergonomia e decoração de forma mais aprofundada. “Temos que conhecer nosso cliente, entende-lo e descobrir quais seus problemas e necessidades no espaço”, explica Luana. Por isso, muitas vezes esses profissionais atuam em parceria para desenvolver um projeto mais completo. “O designer de ambientes não pode derrubar paredes ou abrir vãos. Não sabemos fazer os cálculos precisos nem temos esse direito, então trabalhamos com arquitetos e engenheiros civis. O conhecimento de um complementa o do outro”, finaliza Clara.

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