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Cinco estrelas: conheça o curso de Design de Moda da UFG

(Imagem: Istock) Você já se pegou pensando que, com alguns ajustes na gola, aquela blusa antiga da sua mãe ficaria perfeita para usar com sua saia nova? Já desenhou uma roupa para a costureira fazer porque não achou nada parecido nas lojas? Elaborar produtos do vestuário é o cerne da atuação profissional do formado em […]

Por Malú Damázio
Atualizado em 24 fev 2017, 15h10 - Publicado em 25 abr 2016, 02h26

Cinco estrelas: conheça o curso de Design de Moda da UFG

(Imagem: Istock)

Você já se pegou pensando que, com alguns ajustes na gola, aquela blusa antiga da sua mãe ficaria perfeita para usar com sua saia nova? Já desenhou uma roupa para a costureira fazer porque não achou nada parecido nas lojas? Elaborar produtos do vestuário é o cerne da atuação profissional do formado em Moda. Se volta e meia você se pergunta se essa é a carreira certa a seguir, vai gostar de conhecer a graduação da Universidade Federal de Goiás (UFG), avaliada em cinco estrelas pelo GUIA DO ESTUDANTE.

“A veia principal do curso é claramente fazer com que você seja capaz de trabalhar em uma empresa como diretor criativo, lidando com processos de criação e processos industriais, ou até que seja dono da sua própria marca”, conta Nathan Oliveira, estudante do oitavo período. No entanto, a criação autoral não é tudo que os alunos da UFG aprendem: eles também estudam técnicas de fabricação de fios e tecidos e processos de tingimento. Além disso, ao longo da graduação, há disciplinas que abordam áreas relacionadas ao Design de Moda, como jornalismo, fotografia, arte, história da moda, produção, gestão de empresas e até criação de objetos de joalheria!

Prática

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Para entender melhor o conteúdo e colocar a mão na massa, os estudantes de Design de Moda têm aulas nos laboratórios da graduação, que funciona no recém-construído prédio da Faculdade de Artes Visuais. Elisa Tupiná, do último semestre, destaca que a infraestrutura de costura e modelagem é boa e atende às necessidades dos alunos. Há ainda novas instalações que precisam de ajustes, como o estúdio de fotografia e o laboratório de design contemporâneo – especializado no estudo de joalheria e design de superfície. “Existem monitores fora dos horários das disciplinas para que todos os alunos possam utilizar os espaços”, diz.

“Nas disciplinas práticas fazemos exercícios de desenho, costura e modelagem e sempre aprendemos algo novo. A cada semana os professores nos pedem tarefas como, por exemplo, desenho de 20 croquis com um tema específico”, lembra Jennifer Oliveira, que finalizou a graduação em março deste ano. E Nathan completa: “as aulas de desenho iniciais são bem intuitivas, aprendemos conceitos básicos. Depois as matérias evoluem pra desenhos de observação, desenho de moda, e depois ilustração digital.”

Como a carreira também tem enfoque em design, e não é voltada somente para a moda e para o estilismo, os alunos aprendem a trabalhar e a criar por meio de projetos que são entregues ao final de cada matéria. “Somos orientados a pensar e agir com mais criatividade para encontrar soluções que mais para frente serão de grande ajuda na hora de desenvolvermos projetos”, explica Elisa.

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Paulo Ricardo Lopes, do último ano reconhece que as avaliações são diferentes do convencional, mas não menos difíceis. Por isso, além de provas e trabalhos escritos – não vá pensando que irá se livrar deles! – os estudantes têm tarefas de criar, seja em grupo ou de modo individual, desde peças como sapatos a mini coleções de vestidos. “Também projetamos campanhas, pequenos filmes e até empresas fictícias, que, no meu caso, acabou se tornando uma marca real”, conta. As atividades também funcionam de forma integrada: uma mesma saia pronta e seus moldes serão avaliados tanto por professores de modelagem quanto por professores de costura, cada um analisando as especificidades de sua disciplina.

Área de atuação

A maior oferta de vagas para designers e estilistas está nas regiões sul e sudeste, mas Jennifer destaca que o setor tem crescido bastante no nordeste. “A indústria está sendo impulsionada especialmente pelo Ceará e por concursos que visam investir em novos estilistas, como o Dragão Fashion Brasil”, explica. É importante lembrar que um estilista nem sempre trabalhará criando para sua própria marca. Há muitos profissionais que atuam na criação de lojas de departamento, ou fast fashion, e também em confecções, como de roupas casuais, de banho e íntimas – mercado que absorve grande parte dos formados em Goiânia, onde funciona o curso da UFG.

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Além disso, o designer de moda não precisa necessariamente criar peças e coleções, como conta Paulo. “Ele pode atuar em áreas como produção de moda, consultoria de estilo e museologia do vestuário, que envolve trabalhar com armazenamento e preservação de roupas”. Por isso é comum encontrar profissionais nas funções de técnico têxtil, lavanderista, costureiro, modelista, ilustrador e desenhista digital.

‘Pinta não paga conta’

Os estudantes fazem questão de ressaltar que o mercado de moda não é nem um pouquinho glamourizado como filmes, jornais, revistas e eventos de luxo sugerem. “Moda é trabalho, esforço e dedicação”, lembra Jennifer. Veja o que os alunos da UFG disseram, tire as dúvidas que restaram e apaixone-se pela carreira! 😉

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Nathan Oliveira: “Glamour e luxo só existem pra quem consome moda. Quem produz não passa nem perto! Já percebeu que quem trabalha em desfiles e evento de moda estão sempre de jeans, tênis e camiseta básica? A figura do estilista está cada vez mais sendo substituída pelo Designer. Aquele cara que tem inspirações divinas é cercado por glamour e não se envolve com a confecção do produto não combina muito bem com as necessidades da indústria hoje em dia. Muitos profissionais vão sim atuar em grandes empresas na área de criação e isso é bem mais legal e vantajoso do que se pinta por aí. Grandes lojas de departamento já perceberam a necessidade de equipes de profissionais de criação e isso resulta em muitas vagas para nós, recém-formados.”

Elisa Tupiná: “O mundo da moda é bem glamourizado e muitas pessoas entram no curso achando isso. A grande verdade é: ‘pinta não paga conta’, escutei isso numa aula da professora Lorena Abdala e é a mais pura realidade! Mesmo as editoras de revistas que você vê nos desfiles das grandes grifes ralam bastante. Moda é uma área em que você precisa trabalhar muito, por trás de um desfile existe uma equipe enorme correndo contra o tempo para que tudo saia como planejado. Mas é uma correria gostosa e que no fim, se você realmente está preparado, vai gostar bastante. O mesmo acontece no mundo do varejo nas grandes lojas e em qualquer outro, é tudo uma correria sem fim. Mas se você gosta de uma vida agitada e com novos desafios a cada dia, acho que moda é a carreira certa.”

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