Sabe aqueles casos em que uma única palavra é capaz de mudar tudo? Pois é, este é um deles. Aqui vai um exemplo: imagine só que um país está em vias de mudar sua legislação sobre o porte de armas de fogo. Decide, então, ouvir a opinião pública para validar a mudança por meio de um “reverendo”. Sabe o que isso significa? Que um padre ou pastor é quem daria seus palpites sobre o tema. Calma que a gente explica quando usar “referendo” ou “reverendo”!
Com “f” ou “v”?
Aqui não tem muito segredo: as duas palavras existem e são substantivos masculinos, mas designam coisas diferentes. “Reverendo“, com “v”, é o título que se dá a padres, sacerdotes, prelados e pastores, segundo o Dicionário Michaelis. Também pode operar como adjetivo e, neste caso, faz menção àquele que “merece reverência ou respeito”.
Já “referendo“, com “f”, é o processo político em que a população vai às urnas para se manifestar a respeito de uma mudança feita pelo Legislativo. No Brasil, os referendos estão previstos no art. 14 da Constituição Federal e regulamentados pela Lei nº 9.709, de 18 de novembro de 1998.
Por isso, retomando o exemplo do início do texto, o correto seria ouvir a população por meio de um “referendo” antes de mudar a legislação sobre o porte de armas.
Exemplos
- O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, convocou um referendo para consultar a população sobre a anexação de parte da Guiana.
- Todos se calaram quando o reverendo chegou ao salão.
- De nada adianta fazer um referendo, se o país não joga as regras da democracia.
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