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Acompanhar as notícias - e compreendê-las - é fundamental para quem vai prestar o vestibular. Veja aqui resumos semanais e análises dos acontecimentos mais importantes da semana.
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Retrospectiva 2016: Confira os 5 fatos mais importantes do ano no mundo

Por Fabio Sasaki
Atualizado em 24 fev 2017, 14h05 - Publicado em 21 dez 2016, 12h00
PHOENIX, AZ - JUNE 18: Republican presidential candidate Donald Trump waves to the crowd of supporters during a campaign rally on June 18, 2016 in Phoenix, Arizona. Trump returned to Arizona for the fourth time since starting his presidential campaign a year ago. (Photo by Ralph Freso/Getty Images) (/)
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O EMPRESÁRIO DONALD TRUMP É ELEITO PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS

Retrospectiva 2016: Confira os 5 fatos mais importantes do ano no mundo

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, durante a campanha presidencial em Phoenix, no Arizona, em 18 de junho de 2016 (foto: Ralph Freso/Getty Images)

Sob forte oposição da imprensa e desacreditado pelos institutos de pesquisa, o empresário Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos (EUA) em 8 de novembro. O candidato do partido republicano, famoso por ter feito fortuna no setor imobiliário e por comandar o reality show O Aprendiz, surpreendeu o mundo todo ao derrotar a democrata Hillary Clinton.

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A vitória de Trump parecia ainda mais improvável devido à série de escândalos em que se envolveu durante a campanha. Declarações bombásticas e pouco ortodoxas para um candidato a presidente eram proferidas sem qualquer pudor. Trump associou mexicanos a estupradores e muçulmanos a terroristas. Também prometeu expulsar os 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem no país. Em um vídeo divulgado um mês antes das eleições, o republicano gabou-se de seus abusos contra as mulheres.

Mesmo ridicularizado pela mídia, Trump conseguiu conquistar um eleitorado menos interessado no caráter racista e misógino de seu discurso e mais preocupado com os rumos da economia norte-americana. O empresário obteve vitórias decisivas em estados que sofrem com a decadência da indústria pesada, onde o achatamento da renda e a falta de perspectivas de ascensão social são mais evidentes. Nessas regiões, o discurso populista de Trump, culpando os imigrantes, as parcerias comerciais com outros países e a globalização, mostrou-se eficiente para alavancar votos.

A expectativa agora é saber até que ponto o discurso radical do republicano será mesmo colocado em prática. A partir de 20 de janeiro de 2017, quando Trump tomará posse como o 45º presidente dos EUA, começaremos a ter a resposta para essa questão.

>> Veja também: Donald Trump e a rejeição à globalização

 

ELEITORES DO REINO UNIDO DECIDEM QUE O PAÍS DEVE DEIXAR A UNIÃO EUROPEIA

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O Reino Unido iniciará em 2017 o processo para deixar a União Europeia (Imagem: Christopher Furlong/Getty Images)

A União Europeia (UE) está prestes a perder o primeiro de seus 28 membros. Em plebiscito realizado no dia 23 de junho, os eleitores do Reino Unido decidiram deixar o maior bloco econômico do planeta. O resultado final foi apertado, com uma diferença de menos de 4% em favor do Brexit – uma contração das palavras “Britain” e “exit”, algo como saída britânica, em inglês.

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Por trás da decisão dos britânicos de deixar a UE está a insatisfação com os mecanismos de integração do bloco, que preveem políticas comuns de imigração e impõem restrições à soberania dos países-membros. Os eurocéticos britânicos são contra a imigração por achar que os estrangeiros representam uma concorrência em um mercado de trabalho saturado, além de sobrecarregarem os serviços públicos. Também questionam os repasses financeiros que o Reino Unido destina à UE. As amarras institucionais e a cessão de parte da autonomia para o Parlamento Europeu são outro fator que incomoda parcela da classe política do país.

De acordo com as regras da UE, o processo deve durar até dois anos, mas as principais lideranças do bloco querem que a transição seja rápida para minimizar os efeitos negativos nesse período de incertezas.

>> Veja também: O que é o Brexit?

 

GOVERNO DA COLÔMBIA E AS FARC CHEGAM A UM ACORDO DE PAZ

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O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, recebe o Prêmio Nobel da Paz, em Oslo, na Noruega, em 10 de dezembro (foto: Nigel Waldron/ Getty Images)

Em um processo marcado por muitas reviravoltas durante 2016, o governo da Colômbia e as lideranças das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) chegaram a um acordo de paz, que foi ratificado pelo Congresso do país no dia 30 de novembro. O pacto abre caminho para encerrar um conflito de 56 anos, que vitimou mais de 220 mil pessoas, deixou 4,9 milhões de refugiados internos e mais de 25 mil desaparecidos.

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As negociações começaram em novembro de 2012, mediadas pelo presidente cubano Raúl Castro, em Havana. Após várias etapas de negociações e avanços graduais, o presidente Juan Manuel Santos e o líder das Farc Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, assinaram um primeiro acordo de paz em Cartagena, em 26 de setembro. No entanto, os termos do acordo foram rejeitados em um plebiscito popular.

Os partidários do “não” ficaram incomodados com algumas concessões feitas às Farc, consideradas excessivas. Um novo acordo foi costurado em novembro e assinado no dia 24, mas desta vez o pacto não foi submetido a aprovação popular, tendo sido encaminhado diretamente para o Congresso, que aprovou o acordo no dia 30. Por seu desempenho nas negociações de paz, o presidente Juan Manuel Santos recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

>> Veja também: a trajetória do conflito entre as Farc e o governo da Colômbia

 

COM A AJUDA DA RÚSSIA, REGIME DE ASSAD SE FORTALECE NA GUERRA DA SÍRIA

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Explosão na cidade de Kobani, na Síria, onde milícias curdas e o Estado Islâmico estão em conflito (foto: Gokhan Sahin/Getty Images)

A guerra na Síria, que começou em 2011 e parecia fadada a derrubar o ditador Bashar al-Assad do poder, sofreu uma significativa reviravolta a partir da participação mais ativa da Rússia. A ajuda militar de Moscou em 2016 foi fundamental para o fortalecimento do regime sírio, que obteve importantes vitórias, como o cerco aos rebeldes em Aleppo, que permitiu a retomada da cidade, em 8 de dezembro.

Paralelamente, a organização terrorista Estado Islâmico (EI), um dos grupos que também atua contra o regime de Assad, vem sofrendo derrotas na Síria e no Iraque, países onde controla importantes territórios. Nas cidades estratégicas de Raqqa (Síria) e de Mossul (Iraque), as forças locais, com o apoio de uma coalizão internacional liderada pelos EUA, travam sangrentas batalhas e obrigaram o EI a recuar. Acuado no Oriente Médio, o grupo continuou sua campanha ataques em cidades da Europa com a ajuda de militantes locais, como ocorreu em Bruxelas (Bélgica), em 22 de março, e em Nice (França), em 14 de julho.

Em meio aos brutais conflitos na Síria, quem mais sofre é a população civil. Mais de 5 milhões de sírios já deixaram o país. Este contingente se soma aos 21,3 milhões de refugiados no mundo, número que é recorde na história. Ao fugir das zonas de guerra em direção à Europa, muitos refugiados arriscam a vida em travessias letais pelo Mar Mediterrâneo. Ao menos 4.700 pessoas morreram afogados na tentativa de chegar ao Velho Continente, outro indicador recorde.

>> Veja também: Saiba quais são as forças envolvidas na Guerra da Síria

 

MORTE DE FIDEL CASTRO ABRE PERÍODO DE INCERTEZAS EM CUBA

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Cubanos prestam homenagem a Fidel Castro, em Santiago de Cuba, em 3 de dezembro (foto: Joe Raedle/Getty Images)

Líder da Revolução Cubana, Fidel Castro morreu no dia 25 de novembro, aos 90 anos, em Havana. O anúncio, feito em rede nacional de TV por seu irmão, o atual presidente cubano Raúl Castro, provocou reações antagônicas em todo o mundo. Ícone da esquerda, Fidel implementou o comunismo na ilha e foi saudado por desafiar as oligarquias locais e a opressão dos Estados Unidos (EUA), promovendo bem-sucedidas políticas sociais em Cuba. Ao mesmo tempo, é criticado por manter um regime ditatorial, proibir a livre organização política e restringir as liberdades individuais no país.

Fidel morreu em meio a um processo de transformação econômica em Cuba. Desde 2011, o país vem implementando reformas liberalizantes. Ainda que tímidas, algumas medidas proporcionaram a abertura para a iniciativa privada e facilitaram a retomada das relações diplomáticas com os EUA, consolidada com a reabertura das embaixadas em 2015. Sem a presença de Fidel, que estava afastado do poder desde 2006, mas ainda exercia influência nas decisões políticas da ilha, muitos analistas esperam que Cuba avance nas reformas. No entanto, a crise na Venezuela, principal parceiro de Cuba nos últimos anos, e a eleição de Donald Trump, abertamente contrário à reaproximação dos EUA com Havana, jogam mais dúvidas do que certezas sobre o futuro de Cuba.

>> Veja também: Entenda o que foi a Revolução Cubana

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