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Entenda o conflito entre Israel e Palestina

O conflito entre palestinos e israelenses dura mais de seis décadas

Por Ana Prado
Atualizado em 14 ago 2017, 13h17 - Publicado em 23 nov 2012, 12h17

Entenda o conflito entre Israel e Palestina
Artilharia israelense ataca um alvo na fronteira de Israel com a Faixa de Gaza, em 19 de novembro de 2012. De acordo com relatórios desse dia,  pelo menos 90 palestinos foram mortos e mais de 700 feridos. (Foto por Christopher Furlong / Getty Images)

No dia 10 de novembro, tropas israelenses iniciaram uma ofensiva contra palestinos na região da fronteira com a faixa de Gaza, em resposta a um ataque que resultou na explosão de um veículo militar israelense na região. Os ataques armados foram se intensificando e duraram mais de uma semana, resultando em na morte de 162 palestinos e cinco israelenses. A população da faixa de Gaza, de 1,7 milhão de pessoas, sofreu com bombardeios aéreos da parte de Israel e com a saraivada de foguetes disparados por militantes palestinos – que pela primeira vez atingiram as regiões de Tel Aviv e Jerusalém.

Com esforços intensos do Egito, apoiado pelos Estados Unidos, foi estabelecida uma trégua entre os dois lados. O texto do acordo prevê também que Israel diminua suas restrições ao movimento de pessoas e produtos na Faixa de Gaza, que está atualmente submetida a um bloqueio.

Os palestinos comemoraram a trégua e se consideraram vitoriosos. O líder do Hamas, no poder em Gaza, Khaled Meshaal, contou com o apoio do Irã e afirmou que a organização palestina respeitará a trégua se Israel o fizer, mas que reagirá a violações.

Alguns israelenses realizaram protestos contra o acordo e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que uma abordagem mais dura contra o Hamas pode ser necessária no futuro.

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Israelenses inspecionam os danos em casa em Ofakim, Israel, atingida por um foguete disparado por militantes palestinos em 18 de novembro de 2012. (Foto por Lior Mizrahi / Getty Images)

Mudanças na situação política da região

As relações entre Israel e os palestinos sofreram, nos últimos anos, o impacto de duas mudanças externas:

A chegada do democrata Barack Obama ao governo dos Estados Unidos, em 2009, com uma retórica menos enfática de apoio a Israel. Em maio de 2011, Obama fez um pronunciamento histórico, defendendo um Estado palestino desmilitarizado ao lado de Israel, com base nas fronteiras definidas até 1967 – salvo alterações acertadas entre os dois países envolvidos. Netanyahu descartou a ideia. Disse considerar as fronteiras pré-1967 “indefensáveis”, por deixar fora de Israel os mais de 120 assentamentos na Cisjordânia, onde moram 330 mil judeus.

A Primavera Árabe, no início de 2011, que derrubou o ditador Hosni Mubarak da presidência do Egito. Mubarak era fiel aliado dos EUA e reconhecia o Estado de Israel. Já seu sucessor Mohamed Mursi é ligado aos islamitas da Irmandade Muçulmana, movimento que originou o Hamas. Mesmo assim, o presidente norte-americano Barack Obama continuou a apostar no governo egípcio como o mais bem posicionado para concluir um cessar-fogo entre israelenses e palestinos.

O conflito entre palestinos e israelenses dura mais de seis décadas. Veja um resumo dos principais momentos e aspectos:

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Entenda o conflito entre Israel e Palestina
Entenda o conflito entre Israel e Palestina

Fonte: GUIA DO ESTUDANTE – Atualidades – 2º semestre de 2012.

Entenda o conflito entre Israel e PalestinaEntenda o conflito entre Israel e Palestina
Fonte: GUIA DO ESTUDANTE – Atualidades – 2º semestre de 2012.

Por que a coisa não se resolve?

Palestinos: Em abril de 2012, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, enviou uma carta ao primeiro-ministro de Israel, Benyamin Netanyahu, na qual reiterou as condições postas pelos palestinos para uma retomada de conversações de paz. Entre elas está a interrupção de construções nos assentamentos judaicos erguidos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental – territórios palestinos ocupados por Israel desde 1967. Quanto mais os israelenses constroem, mais distantes ficam os palestinos de ter o controle ou um estado próprio.

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Israelenses: O premiê Netanyahu respondeu que não aceita nenhuma condição prévia e ainda autorizou o início de outros três assentamentos na Cisjordânia, pela primeira vez em duas décadas. Netanyahu se recusava então a prorrogar o acordo de interrupção das construções nos assentamentos judaicos, e Abbas não aceitava mais dialogar enquanto houvesse a expansão dessas colônias. Entre as populações, a tensão permanece, e os palestinos continuam vivendo em condições muito precárias.

Para saber mais:

– Acompanhe as notícias sobre o conflito aqui.

– A Criação de Israel: duas visões conflitantes

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O conflito entre palestinos e israelenses dura mais de seis décadas

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