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Entenda como a Revolução Cultural ainda influencia a China

Por Fabio Sasaki
Atualizado em 24 fev 2017, 15h03 - Publicado em 15 set 2016, 20h08
NEW YORK, NY - SEPTEMBER 28: (AFP OUT) Russian President Vladimir Putin (L) and U.S. President Barack Obama shake hands for the cameras before the start of a bilateral meeting at the United Nations headquarters September 28, 2015 in New York City. Putin and Obama are in New York City to attend the 70th anniversary general assembly meetings. (Photo by Chip Somodevilla/Getty Images) (/)
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Entenda como a Revolução Cultural ainda influencia a China

Retrato de Mao Tse-tung na Praça da Paz Celestial, em Pequim, capital da China (foto: iStock)

Em 2016, a China relembra dois fatos marcantes de sua história recente: 0s 50 anos do início da Revolução Cultural e 0s 40 anos da morte do líder Mao Tse-tung, responsável pelo movimento revolucionário que organizou o país nos moldes comunistas, em 1949. Os dois acontecimentos foram tão importantes para a China que eles ainda exercem forte influência no comportamento das atuais lideranças políticas.

A Revolução Cultural foi lançada em abril de 1966 por Mao Tse-tung, em meio a lutas internas no Partido Comunista Chinês (PCC). Ele convocou os jovens e organizou as Guardas Vermelhas, unidades paramilitares encarregadas de enfrentar os burocratas e aqueles que se “desviaram dos preceitos revolucionários”. O processo desencadeou uma onda de perseguições contra membros do governo, professores e intelectuais. Com isso, Mao conseguiu afastar os adversários e consolidar o seu poder. Sua morte, em setembro de 1976, pôs fim à Revolução Cultural. Deng Xiaoping, líder do setor reformista, assumiu o comando da China e iniciou o processo de transição do país para uma economia de mercado.

Passados 40 anos, o legado de Mao Tse-tung e da Revolução Cultural é controverso. O ex-líder comunista continua sendo reverenciado no país, e o culto à sua personalidade é bastante presente na China atual. Mas ele não está imune a críticas, ainda que sutis. O presidente da China, Xi Jinping, diz que “Mao foi um grande compatriota e herói nacional”, mas que cometeu “erros graves”, em clara referência aos excessos das Guardas Vermelhas. Por isso, tudo o que envolve a Revolução Cultural, de modo geral, é tratado com discrição pelo regime chinês.

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Apesar de tudo, a experiência da Revolução Cultural ainda interfere na forma de fazer política atualmente. Desde que assumiu o poder em 2013, Xi Jinping lançou uma ampla campanha de combate à corrupção, colocando sob investigação altos dirigentes do Partido Comunista e oficiais graduados das Forças Armadas. Especialistas dizem que se trata de uma perseguição seletiva, uma espécie de expurgo que mira principalmente facções do partido mais críticas ao regime – tal como Mao teria feito durante a Revolução Cultural.

Por outro lado, muitos observam que o trauma deixado pelos anos de Revolução Cultural ainda tem influência direta na repressão política em vigor no país. Os atuais líderes temem que as liberdades democráticas possam desencadear o caos vivido durante a Revolução Cultural, com a perseguição de cidadãos comuns contra membros do governo. Essa é uma das razões pela qual a China permanece sendo uma ditadura de partido único, com fortes restrições às liberdades individuais.

Mas à medida que a China fomenta o crescimento de uma classe operária organizada e de uma classe média politizada, a pressão por reformas democráticas e maior liberdade de expressão tende a aumentar. Nos últimos anos diversos dissidentes passaram a desafiar abertamente o regime. Entre as principais lideranças estão o preso político Liu Xiaobo, que conquistou o Prêmio Nobel da Paz em 2010, e o artista Ai Weiwei.

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Entenda como a Revolução Cultural ainda influencia a China
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Retrato de Mao Tse-tung na Praça da Paz Celestial, em Pequim, capital da China (foto: iStock) Em 2016, a China relembra dois fatos marcantes de sua história recente: 0s 50 anos do início da Revolução Cultural e 0s 40 anos da morte do líder Mao Tse-tung, responsável pelo movimento revolucionário que organizou o país nos […]

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