As notícias internacionais mais importantes da semana de 20 de março
A semana foi marcada pelos ataques terroristas em Bruxelas e pela visita histórica do presidente dos Estados Unidos a Cuba.
Estado Islâmico realiza ataques terroristas a aeroporto e metrô de Bruxelas, na Bélgica
Nesta terça-feira (22), a capital da Bélgica sofreu atentados terroristas reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico. As explosões que ocorreram de manhã em Bruxelas, no aeroporto internacional e numa estação do metrô, deixaram mais de 30 mortos e mais de 170 feridos. Em comunicado, os 15 Estados-membros do Conselho de Segurança manifestaram solidariedade à Bélgica e destacaram “a necessidade de intensificar os esforços regionais e internacionais para derrotar o terrorismo e o extremismo violento”. Ao assumir formalmente a responsabilidade pelos atentados, o EI ainda ameaçou com ataques “mais duros e mais amargos” os países que combatem os jihadistas. No dia 19, o grupo realizou um atentado suicida em Istambul, deixando cinco mortos e 36 feridos.
Obama visita Cuba e exige enterrar “os últimos remanescentes da Guerra Fria nas Américas”
Em pronunciamento no Teatro Grande Havana, transmitido ao vivo para toda população cubana nesta terça-feira (22), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o momento vivido nas relações entre os governos norte-americano e cubano exige que sejam enterrados “os últimos remanescentes da Guerra Fria nas Américas”. Obama foi muito aplaudido quando mencionou a questão do embargo comercial e financeiro que afeta Cuba há mais de 50 anos. Segundo ele, o embargo é um “fardo ultrapassado para o povo cubano”. Mas afirmou também que há problemas que precisam ser resolvidos antes que ele possa convencer o Congresso norte-americano a levantar o embargo. “As diferenças entre nossos governos ao longo desses muitos anos são reais”, acrescentou Obama em referência às questões dos direitos humanos e de eleições livres.
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Visita do presidente Barack Obama marca novo momento na política externa argentina
Depois de Cuba, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, seguiu direto para Buenos Aires para se encontrar com Mauricio Macri, que acaba de completar 100 dias na presidência da Argentina. O último presidente norte-americano que havia visitado o país,para tratar de temas bilaterais foi Bill Clinton, há 19 anos. Depois dele, veio George W. Bush, em 2005, com o objetivo de lançar a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), mas foi recebido com protestos nas ruas e oposição do Mercosul e da Venezuela ao seu projeto de integração comercial. Obama chegou acompanhado por 400 empresários em um momento em que a Argentina precisa atrair investimentos estrangeiros, já que os preços das commodities, cujas exportações eram a principal fonte de divisas do país, estão em queda e o Brasil, seu principal sócio comercial, está em crise. A visita marca um novo momento na política externa argentina, antes considerada mais combativa em relação ao governo norte-americano.
Argentinos celebram vítimas no 40o aniversário de golpe militar que derrubou Isabelita Péron
O golpe que derrubou a presidenta María Estela Martínez de Péron, conhecida como Isabelita Péron, completou 40 anos nesta sexta-feira (24). Para homenagear os presos e desaparecidos durante a ditadura que se seguiu, familiares e integrantes de diversos movimentos sociais convocaram uma marcha para este dia. Veja a notícia completa aqui e conheça a história das Avós da Praça de Maio, que também participaria da homenagem, aqui.
Ex-presidente da República da Sérvia é condenado a 40 anos por genocídio e crimes de guerra durante a guerra civil na Bósnia-Herzegovina (1992-1995)
O Tribunal Penal Internacional da ONU para ex-Iugoslávia (TJPI), com sede em Haia (Holanda) condenou nesta sexta (24) o ex-presidente da República da Sérvia, Radovan Karadzic, a 40 anos de prisão. Karadzic, hoje com 70 anos, foi reconhecido culpado de genocídio em Srebrenica e de outros nove crimes de guerra cometidos durante a guerra civil na Bósnia-Herzegovina, entre abril de 1992 e novembro de 1995. O chamado Massacre de Srebrenica foi o assassinato de mais de 8 mil bósnios muçulmanos na região pelo Exército Bósnio da Sérvia. Esse foi o maior assassinato em massa da Europa desde a Segunda Guerra Mundial e o primeiro caso legalmente reconhecido de genocídio na Europa depois do Holocausto.
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