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Atualidades no Vestibular

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Acompanhar as notícias - e compreendê-las - é fundamental para quem vai prestar o vestibular. Veja aqui resumos semanais e análises dos acontecimentos mais importantes da semana.
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10 temas internacionais para você estudar em 2018

Das eleições na América Latina à Copa da Rússia, passando pelo Oriente Médio: confira os principais assuntos mundiais que devem cair nas provas

Por Fabio Sasaki
Atualizado em 12 jan 2018, 17h49 - Publicado em 12 jan 2018, 16h00
 (iStock/iStock)
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O ano está apenas começando e para você que vai prestar vestibular é importante estar ligado nos principais acontecimentos que irão pautar o mundo em 2018. A seguir, selecionamos 10 temas internacionais que estarão em evidência no noticiário e podem ser cobrados nos exames:

Donald Trump e globalização

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Donald Trump em pronunciamento (Tom Pennington/Getty Images)

Em seu primeiro ano de mandato, em 2017, Donald Trump tomou uma série de iniciativas polêmicas. Retirou-se do Acordo de Paris, que estabelece metas de redução de gases do efeito estufa, e do Acordo Transpacífico, um bloco destinado a ser a maior área de livre-comércio do mundo. Além disso, contrariou a comunidade internacional a reconhecer Jerusalém como capital de Israel e adotou medidas para impedir a entrada de imigrantes muçulmanos nos EUA.

Essas ações demonstram o pouco apreço de Trump ao sistema internacional e o seu desejo de retirar o país do protagonismo mundial. A histórica liderança que os EUA exerciam nos principais temas mundiais começa a se esvaziar, abrindo espaço para que novos atores ocupem esse papel. Países como China, Alemanha, França e Rússia começam a ampliar sua influencia em temas (comércio, globalização) e regiões geopolíticas (Oriente Médio, África) antes sob domínio norte-americano. Em 2018, Trump pode aprofundar essa política ao retirar-se do Nafta, o bloco comercial que divide com México e Canadá, e tentar esvaziar ainda mais o poder da ONU. Internamente, as investigações sobre seu possível envolvimento na interferência da Rússia durante eleições presidenciais continuarão avançando e podem abalar a sua presidência.

Brexit e União Europeia

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Grafite do artista Banksy, em Dover, na Inglaterra, faz alusão à saída do Reino Unido da União Europeia (Carl Court/Getty Images)

2018 promete ser um ano decisivo para as negociações que irão determinar as condições para a retirada do Reino Unido da União Europeia – o Brexit. Votado em 2016, britânicos e europeus têm até o início de 2019 para definir os termos do divórcio. Para o Reino Unido, o ideal é recuperar o controle sobre suas fronteiras e a soberania política e econômica. No entanto, o país quer manter os privilégios do acesso ao mercado europeu e os vantajosos acordos comerciais com a região. Mas a União Europeia promete jogar duro para mostrar que não é vantajoso abandonar o bloco e desestimular outros membros que queiram seguir o exemplo britânico.

Paralelamente, a União Europeia enfrenta outros problemas internos. Pretende avançar em reformas que garantam maior autonomia econômica aos membros sem perder a unidade do bloco – o problema é como resolver esse dilema. O descontentamento de muitas nações com o fraco desenvolvimento econômico e o aumento da imigração abrem espaço para a ascensão de políticos nacionalistas, com um discurso anti-europeu, que vêm ampliando sua participação nos parlamentos locais.

Turbulências no Oriente Médio

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A cidade de Jarablus, na Síria, destruída após ataques do Estado Islâmico, em 2016 (Defne Karadeniz/iStock)
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Nada indica que a região mais turbulenta do planeta tenha um ano livre de crises em 2018. É verdade que a principal ameaça extremista, na figura do Estado Islâmico, perdeu bastante poder em 2017 e mantém presença apenas em pontos isolados da Síria e do Iraque. Mas a guerra civil na Síria entra em seu oitavo ano sem perspectivas de ser encerrada. O ditador Bashar al-Assad ganhou força com a ajuda da Rússia, mas grupos rebeldes ainda resistem e tentam derrubá-lo do poder.

Além disso, há a guerra civil no Iêmen, que desde 2015 opõem as forças do governo sunita contra os rebeldes houtis, formado por xiitas. Esse conflito interno começa gradualmente a ganhar proporções regionais, alimentando uma das maiores rivalidades do Oriente Médio. O governo iemita tem o apoio da Arábia Saudita, enquanto os houtis recebem ajuda do Irã. O aumento da tensão colocam as duas potências regionais à beira de um confronto aberto.

Falando no Irã, os primeiros dias de 2018 foram marcados por intensas manifestações populares contra a crise econômica e a falta de liberdade, em desafio direto à autoridade da teocracia que governa o país. Outra possibilidade que pode deixar a situação mais complicada é uma eventual suspensão do acordo nuclear entre Irã e Estados Unidos. Em 2017, Trump não validou o acordo e agora cabe ao Congresso norte-americano decidir se mantém os termos que impedem o Irã de avançar em seu programa nuclear ou rompe de vez com o tratado.

Eleições na América Latina

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Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Spencer Platt/Getty Images)
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Em 2018, cinco países com importante peso econômico e político na região realizarão eleições presidenciais: Brasil, México, Colômbia, Paraguai e Venezuela. Além disso, o regime cubano, irá decidir quem irá suceder o presidente Raúl Castro, mas sem eleições diretas.

O cenário político na América Latina vem sendo marcado por denúncias de corrupção e descrença na classe política, o que torna o cenário eleitoral imprevisível nesses países. A região, que na década passada caracterizou-se pelo predomínio de governos de esquerda e centro-esquerda, começa a dar uma guinada à direita, principalmente após a posse de Mauricio Macri na Argentina, Michel Temer no Brasil e Pedro Pablo Kuczynski, no Peru. Na Venezuela, que enfrenta grave turbulência política e econômica, as eleições de dezembro devem acirrar ainda mais a polarização política.

Rússia: Copa e geopolítica

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Presidente da Rússia, Vladimir Putin. (Sean Gallup/Getty Images)

2018 é ano de Copa do Mundo, e todas as atenções do planeta estarão voltadas para o país-sede, a Rússia. Portanto, serão grandes as chances de o país ser abordado nos vestibulares deste ano. Mas não será tão difícil assim se inteirar sobre a Rússia. A mídia deve explorar bastante não apenas o evento esportivo, mas as principais questões sociais, políticas e econômicas do país.

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O evento se transformará no palco ideal para que o presidente Vladimir Putin, que concorrerá à reeleição nas eleições de março, tente mostrar uma imagem positiva de seu país ao mundo. Apesar do baixo preço do petróleo, seu principal item de exportação, e das sanções econômicas impostas pelas Europa e pelos EUA, a Rússia vem tentando superar essas dificuldades com o estímulo à produção e ao comércio interno.

Geopoliticamente, o país ainda é visto pelas potências ocidentais com preocupação, principalmente após os distúrbios na Ucrânia em 2014, que levaram a Rússia a anexar a Crimeia. No Oriente Médio, Putin elevou o status de seu país ao desempenhar papel decisivo na luta contra o Estado Islâmico e na manutenção de seu aliado, o ditador Bashar Al-Assad, no comando da Síria. Internamente, a Rússia é criticada por perseguir a oposição política e as minorias, principalmente homossexuais.

O risco permanente da Coreia do Norte

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Protesto em Seul, capital da Coreia do Sul, contra teste nuclear realizado pela Coreia do Norte em janeiro de 2016. Cartaz mostra a imagem do líder norte-coreano Kim Jong Un (Chung Sung-Jun/Getty Images)

O ano começou com uma notícia promissora: representantes da Coreia do Norte e do Sul tiveram o primeiro encontro oficial em dois anos. Na conversa os norte-coreanos anunciaram que devem mandar uma delegação de atletas para os Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, na Coreia do Sul. No entanto, a prudência recomenda não esperar muitos progressos.

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Desde a guerra entre as duas Coreias (1950-1953), as relações entre os dois países são pautadas pela hostilidade, com algumas tentativas frustradas de negociações em intervalos esporádicos. Os significativos avanços no programa nuclear norte-coreano realizados no ano passado fortaleceram o regime de Kim Jong-Un e lhe deram poder para negociar concessões econômicas com os EUA. Embora uma guerra não esteja nos planos de nenhum dos lados envolvidos, o risco aumenta diante de qualquer erro de cálculo – um teste de um foguete norte-coreano que atinja acidentalmente o Japão, por exemplo, pode desencadear um conflito de grandes proporções.

A China se consolida como potência

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O presidente da China, Xi Jinping durante conferência à imprensa, em Pequim, em janeiro de 2018 (Mark Schiefelbein/Getty Images)

O presidente chinês Xi Jinping ampliou ainda mais sua liderança interna após o Congresso Nacional do Partido Comunista, realizado no ano passado. Com ar confiante, anunciou que a China está preparada para assumir o papel de potência mundial e o protagonismo nas relações internacionais. Para isso, a China avança em sua diplomacia econômica, investindo em projetos de infraestrutura e empréstimos em diversas partes do mundo para angariar aliados.

Paralelamente, o país tenta preencher o vácuo de poder, com a gradativa retirada dos EUA da defesa do sistema mundial e de seu papel de protagonista das principais decisões internacionais. Xi Jinping vem se tornando uma das vozes mais proeminentes na defesa da globalização e do livre-comércio e se firma como uma liderança mais ponderada do que o presidente norte-americano Donald Trump.

Terrorismo sem trégua

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(divulgação/Divulgação)

As derrotas sofridas pelo Estado Islâmico (EI) no último ano e a perda de territórios na Síria e no Iraque podem dar a entender que a organização extremista está acabada. De fato, ao desfazer seus planos de formar um califado no Oriente Médio e se contentar com o controle de apenas algumas regiões pontuais, o EI perdeu seu poder de fogo.

Com seus objetivos prejudicados no Oriente Médio, o grupo deve mobilizar seus adeptos e suas ações para promover atentados terroristas  no resto do mundo. Tudo indica que em 2018 deve-se manter a tendência de ataques cometidos pelos chamados “lobos solitários”, nome dado a jihadistas que, de forma autônoma, perpetram atentados individuais. Apesar de ser menos letais, esses ataques são mais difíceis de serem detectados pelas forças de segurança e representam um enorme desafio para as autoridades.

Natureza em fúria

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Inundação na cidade de Houston após o furacão Harvey (Win McNamee/Getty Images)

A temperatura do planeta vem batendo seguidos recordes desde o início do século, um sinal inequívoco das alterações climáticas pelas quais a Terra vem passando. Se o cenário mais catastrófico, como a elevação do nível dos mares a ponto de fazer submergir ilhas e cidades costeiras, deve ocorrer a médio e longo prazo, alguns fenômenos climáticos já começam a se intensificar como consequência do aquecimento global.

Em 2017, a temporada de furacões no Oceano Atlântico foi uma das mais violentas dos últimos anos e as chuvas de monções no Sudeste Asiático deixaram milhares de mortos. A tendência é que 2018 não seja diferente e diversos pontos do planeta sejam atingidos por extremos climáticos. Além de furacões, tufões e tornados mais intensos, o mundo deve presenciar fortes nevascas, como vêm ocorrendo neste inverno no hemisfério norte, secas prolongadas e violentos temporais. Para os especialistas, se as alterações climáticas não são responsáveis pela ocorrência direta desses fenômenos, o aquecimento global ajuda a torná-los mais intensos

Imigração

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Migrantes são escoltados pela polícia na região de Brezice, na Eslovênia, em outubro de 2015: autoridades europeias relutam em permitir a entrada de refugiados (Jeff J Mitchell/Getty Images)

O mundo vive atualmente a mais grave crise imigratória desde o final da II Guerra Mundial. O que leva milhões de pessoas a se deslocar para locais distantes de sua terra natal são as guerras e perseguições que estão em curso em diversos países, principalmente na África, no Oriente Médio e outras partes da Ásia. Como esse cenário turbulento permanece, tudo indica que 2018 deve registrar novamente um enorme fluxo de pessoas em busca de melhores condições de vida.

Com a persistência dessa crise, a reação dos países que recebem imigrantes pode endurecer. Na Europa já há um forte movimento entre algumas nações para restringir o acesso de refugiados e criar meios legais para deportá-los. Nos EUA, Donald Trump insiste em reprimir a entrada de imigrantes de alguns países muçulmanos e pode ampliar as restrições para outras nações. Em 2018, algumas das rotas de refugiados menos evidentes podem ganhar maior relevância, como na África ou na Ásia.

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