Após um ano de pandemia, a máscara já virou – ou deveria ter virado – item fundamental para sair de casa. Foram criados diversos modelos, estilos e estampas para deixá-las mais “atrativas” e para que as pessoas se sentissem mais confortáveis durante o uso. O problema começa quando esse conforto ou até preocupação estética passa a atrapalhar a eficácia da proteção.
Algumas regras básicas para garantir a segurança estão relacionadas ao formato, à higienização do material e a forma de colocar a máscara. Em primeiro lugar, ela deve cobrir completamente nariz e boca, e é importante que não sobre nenhuma fresta entre o material e a bochecha.
Para verificar a vedação, você pode realizar dois testes:
- cubra a maior parte possível da superfície da máscara com as mãos e expire. Assim, será possível conferir se o ar está vazando pelas laterais. Dica: passe um espelho nas bordas para checar se ele embaça
- veja se a máscara cede quando você inspira ou se infla ao expirar. E se você usa óculos e eles embaçam, a vedação também não está correta
Para saber o tempo ideal para trocar a máscara ou como higienizá-la vale conferir caso a caso, já que pode variar bastante de acordo com o modelo. E é fundamental tomar cuidado na hora de colocar ou tirar o item – sempre higienize bem as mãos antes e depois.
Com essas regrinhas em mente, chegou a hora de avaliar os modelos. Vale ressaltar que alguns modelos que antes eram tipos usados no início da pandemia acabaram sendo contestados por pesquisas recentes e autoridades. Então, tome cuidado para não sair com uma máscara e achar que está protegido quando, na verdade, não está.
E lembre-se: mesmo com o uso das máscaras, o distanciamento social ainda é essencial para impedir a disseminação da doença.
Tecido
Essas máscaras ficaram bem populares no início da pandemia e conhecidas por permitir diferentes estampas, cores, estilos e formas. Além disso, elas podem ser lavadas e reutilizadas, gerando uma boa economia. A questão é que pesquisas apontam que esse modelo não é tão eficaz assim, principalmente porque ele deixa brechas entre a pele e o material, por onde a pessoa pode se contaminar.
Hoje, uma das recomendações para quem tem esse modelo em casa é usá-lo por cima da máscara cirúrgica, aumentando a vedação e automaticamente colocando uma camada a mais de proteção.
Vale lembrar, que a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que as máscaras de pano tenham três camadas de tecido: a camada exterior com material resistente à água (polipropileno e/ou poliéster); a do meio, de material sintético ou algodão, para atuar como filtro; e a interior, de material que absorva a água, como o algodão.
Tricot
Essa máscara também ficou entre as mais populares por ter sido usada por blogueiras e artistas. Ela se adapta bem ao rosto e é considerada melhor para respirar, mas possui grandes aberturas na malha que acabam permitindo a passagem de partículas.
Cirúrgica
As máscaras cirúrgicas são descartáveis e conseguem filtrar partículas menores que os outros tecidos, aumentando a eficácia da proteção. Boa parte dos fabricantes coloca uma espécie de arame na parte superior, permitindo ajustar ao nariz, vedando bem essa parte (o que não é o caso da imagem acima). A vedação lateral também não é tão boa, com um vazamento nas bochechas. Por isso, como já mencionamos, sempre tente usá-la com a máscara de tecido por cima.
N95
Um dos modelos mais seguros, a N95 é usada por profissionais da saúde. São cinco camadas de proteção e que se encaixam no rosto, vedando bem todas as extremidades: nariz, bochechas e queixo. Está entre as mais caras.
PFF2
Nos últimos tempos, a PFF2 ganhou força por oferecer alta proteção por um valor mais acessível. Ela vem com o clipe nasal e adere bem ao rosto. Por isso, é a mais indicada principalmente em ambientes fechados, como transportes públicos e outros locais com possíveis aglomerações. Ela também é um pouco mais rígida que os outros modelos, o que evita que ela raspe no nariz, trazendo mais conforto.
Com válvula
Esse modelo vem com uma válvula para facilitar a saída de ar. Embora a pessoa que esteja com a máscara esteja protegida, essa saída permite que partículas virais sejam expelidas. Ou seja, se a pessoa estiver contaminada, ela será um risco para quem estiver por perto. O modelo foi, inclusive, proibido nos voos da Latam.
De vinil ou M85
A máscara de vinil, ou M85, ficou conhecida por ser um dos poucos modelos transparentes, mas além de não ter uma boa adesão, o material não é capaz de filtrar o ar tanto inspirado quanto expirado.
Face shield
Em primeiro lugar, é importante saber que o face shield protege olhos e rosto, mas não as vias respiratórias: ele não filtra o ar, algo que mesmo as máscaras menos eficazes conseguem proporcionar.
Mas, se usado junto com uma máscara, o equipamento se torna um grande aliado na proteção. Inclusive, são recomendados para profissionais em atividades que demandam um contato a curta distância, como cabeleireiros, maquiadores, garçons e vendedores. Porém, mesmo nesses casos, sempre que possível é importante manter o distanciamento de um metro e meio.