O ministro da educação, Abraham Weintraub, afirmou que, se aprovado no Congresso, o novo plano de financiamento das universidades federais permitirá a contratação de professores sem os concursos que acontecem hoje. Segundo ele, a contratação se daria por meio das Organizações Sociais (OSs), que passariam a compartilhar a gestão com as universidades. A afirmação ocorreu em uma entrevista ao UOL.
O plano, intitulado “Future-se”, foi apresentado à imprensa na última quarta-feira (17). A ideia central é diminuir a participação do Estado na manutenção dessas instituições e facilitar a entrada de investimentos de empresas privadas.
Entre os pontos da proposta, está a criação de um fundo patrimonial, os “naming rights” (permite dar o nome de empresas/empresários “doadores” a campi e prédios) e a gestão compartilhada com as OSs. Essas entidades, embora sem fins lucrativos, são privadas e recebem financiamento do Estado para prestar alguns tipos de serviços.
Segundo Weintraub, os professores que foram contratados por concurso antes da aprovação do “Future-se” não teriam seus regimes de trabalho afetados. “É simplesmente o modelo da contratação”, afirmou, exemplificando que poderia trazer, por exemplo, um professor de Harvard para lecionar em alguma universidade aqui.
A mobilidade de docentes entre universidades já é uma possibilidade e acontece hoje por meio de editais, convênios e programas das próprias universidades.