EUA: ato pró-Trump tem invasão do Congresso e morte
A invasão aconteceu durante sessão de contagem dos votos do Colégio Eleitoral na eleição americana, que deu a vitória para Joe Biden
O Capitólio dos Estados Unidos foi invadido nesta quarta-feira (6) por manifestantes que apoiam o presidente Donald Trump e rejeitam a vitória de Joe Biden na eleição presidencial. O Capitólio é a sede do Congresso americano, em Washington. A invasão aconteceu durante a contagem oficial dos votos do Colégio Eleitoral definidos nas eleições presidenciais de novembro, que deram vitória para Biden.
Em redes sociais, Trump solicitou protestos pacíficos e disse ter confiança nas forças policiais, mas continuou repetindo a tese de que a eleição foi “tirada sem cerimônia e violentamente” de “grandes patriotas que foram tão maltratados e injustiçados por tanto tempo”. Antes da invasão, o atual presidente havia discursado para manifestantes a poucos quarteirões da Casa Branca afirmando, mais uma vez, que não aceitava a derrota. “Nós nunca desistiremos, nunca concederemos”, disse. “Nós pararemos o roubo”.
These are the things and events that happen when a sacred landslide election victory is so unceremoniously & viciously stripped away from great patriots who have been badly & unfairly treated for so long. Go home with love & in peace. Remember this day forever!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 6, 2021
O vice-presidente Mike Pence, que presidia a cerimônia, foi retirado do local. Parlamentares receberam máscaras de gás para deixarem o prédio. Uma mulher, que ainda não teve a identidade revelada, levou um tiro em frente ao Congresso. Segundo as primeiras informações, ela morreu devido ao ferimento.
A prefeita de Washington, Muriel Bowser, declarou toque de recolher na cidade a partir das 18h, por um período de 12 horas.
A invasão do Congresso por radicais pró-Trump demonstra que a realização de eleições não é, por si só, garantidor de um regime democrático. A confiança no processo e nas instituições são fundamentais para a estabilidade do sistema. Desde a eleição de Trump, em 2016, os Estados Unidos são considerados uma “democracia com falhas” pelo ranking da Economist Intelligence Unit.
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