Durante os meses de janeiro e abril de 2021, 1.479 contratos formais de trabalhadores da área da educação foram extintos por motivo de falecimento. O número representa um aumento de 128% comparado ao mesmo período do ano passado. Quem aponta os dados é um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
De acordo com o boletim, o número de desligamentos por morte na área da educação durante a pandemia foi mais acentuado em Rondônia (1600%), Amazonas (925%) e Mato Grosso (525%), três estados com a maior taxa de mortalidade de covid-19 por habitantes até junho de 2021.
Dos cinco setores coletados (Serviços Domésticos, Eletricidade e Gás, Informação e Comunicação, Educação, Administração Pública, Defesa e Seguridade Social), a Educação representa o maior número absoluto de perdas, equivalente a 4,2% de todos os desligamentos por morte do país.
Entre os profissionais da educação, os professores com ensino superior que dão aulas no Ensino Médio representam as maiores vítimas, com 93 mortes. O número é três vezes maior ao registrado no mesmo período em 2020, 26, um aumento de 258%.
Trabalhadores ou prestadores de serviço que contribuem para o funcionamento das escolas, como faxineiros, porteiros, zeladores e cozinheiros, somam 263 desligamentos.
Ainda de acordo com o boletim, a faixa etária mais atingida entre os profissionais da educação é a de 30 a 39 anos, com 221 extinções de contrato. No mesmo período de 2020, o número foi de 89, um aumento de 148%.
A campanha de vacinação para profissionais na educação no Brasil começou em meados de maio. O estudo completo está disponível no site do DIESEE.