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Os problemas da Copa América ser sediada no Brasil

O Brasil aceitou o convite da Conmebol para sediar o evento na última segunda-feira (31)

Por Giulia Gianolla Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
1 jun 2021, 19h53 • Atualizado em 1 jun 2021, 20h21
  • A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou o Brasil como a nova sede para a Copa América, na segunda-feira (18). O campeonato reúne seleções de toda a América do Sul numa disputa que dura cerca de um mês e está marcada para começar em 11 de junho.

    A Conmebol tomou a decisão de transferir a competição após a Argentina e a Colômbia desistirem de sediar o evento devido à crise sanitária causada pela pandemia da Covid-19.

    O anúncio veio acompanhado de críticas contra a realização do evento. Na internet, a escolha do Brasil como sede foi satirizada. Um dos pontos mais comentados foi a resposta ágil do governo Bolsonaro para a Conmebol – diferente do que a CPI da Covid mostra que aconteceu com a compra de vacinas da Pfizer.

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    Entre os argumentos para transferir a Copa América para o Brasil, a Conmebol alega que o país possui uma boa quantidade de estádios disponíveis  e tem experiência de ter sediado a última edição da Copa América, em 2019. No entanto, a situação brasileira não é muito diferente dos países que negaram o evento. Entenda.

    Por que a Argentina desistiu?

    Os anfitriões originais argentinos decidiram não sediar a Copa por causa do quadro grave da pandemia no país. Com cerca de 45 milhões de habitantes, a Argentina registrou mais de 3,6 milhões de casos de Covid-19 e mais de 76 mil mortes. A média móvel atual do país é de 11 mortes por coronavírus por milhão de habitantes, o que o coloca os argentinos na terceira posição entre os países sul-americanos. Por isso, o ministro do Interior, Wado de Pedro, disse que organizar o torneio seria inviável.

    O Brasil não está longe desse número. Hoje, ele ocupa a quinta posição da lista, com média de 9 mortes pela doença por milhão de habitantes a cada dia. Além disso, contando com toda a pandemia, estamos muito na frente dos argentinos em número de mortes por milhão. Segundo o projeto “Our World in Data”, ligado à Universidade de Oxford, enquanto a Argentina é a 20ª nação da lista, o Brasil é a 9ª com mais mortes proporcionais, atrás apenas de alguns países menores da Europa.

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    E a Colômbia?

    Os colombianos já haviam desistido de sediar o evento no dia 20 de maio, em decorrência dos protestos populares. O que começou como uma manifestação contra uma proposta do governo de reforma tributária ganhou maiores proporções. Marcados por mais de 42 mortos e 1.700 feridos, os protestos atraíram a preocupação do presidente, Iván Duque, que solicitou a interferência do Exército.

    ++ Colômbia enfrenta protestos violentos por reforma tributária

    Apesar de não ter as mesmas proporções, o Brasil também vem enfrentando uma grave crise política, que culminou nos protestos do último sábado (29). Em diversas cidades no Brasil e no exterior, manifestantes pediram o impeachment do atual presidente Jair Bolsonaro por considerarem seu governo negligente no combate à pandemia. Os protestos ocorrem principalmente em decorrência da CPI da Covid, que tem reunido evidências para comprovar a má gestão da crise.

    Controle da pandemia no Brasil

    Em números absolutos, o Brasil segue ocupando o segundo lugar com mais mortes por Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos. Mesmo assim, os americanos têm feito um trabalho mais eficiente na aplicação de vacinas do que os brasileiros. Nos EUA, a média móvel de novos casos e mortes pela doença diminuiu drasticamente: o início da campanha de vacinação começou em dezembro de 2020. Com mais de 50% da população com a primeira dose e 40% completamente vacinados, campeonatos como a NBA já voltaram a receber público, cinemas estão reabrindo, a Broadway já tem data de volta com teatros em sua máxima capacidade.

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    Enquanto isso, no Brasil, o ritmo de vacinação segue lento. Com campanha iniciada em janeiro, a porcentagem atual de vacinados com as duas doses não chega a 11% da população. Com a demora para firmar um contrato com a Pfizer e a falta de insumos para produzir novas doses da Astrazeneca e da Coronavac, já foi necessário inclusive interromper a aplicação das primeiras doses em alguns estados.

    Mesmo com um status desfavorável, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que, para ele, é “assunto encerrado”. Em evento no Palácio do Planalto nesta terça (01), disse: “No que depender do governo federal, será realizada a Copa América no Brasil. Desde o começo estou dizendo por ocasião da pandemia: lamento as mortes, mas nós temos que viver”.

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