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A história da Fiocruz até chegar à linha de frente contra a pandemia

Saiba mais sobre a instituição responsável por produzir, no Brasil, a vacina desenvolvida em parceria com Oxford e a AstraZeneca

Por Juliana Morales
26 jan 2021, 08h08

A Fundação Oswaldo Cruz, ou só Fiocruz, é uma instituição nacional de pesquisa e desenvolvimento em ciências biológicas localizada no Rio de Janeiro. Vinculada ao Ministério da Saúde, ganhou grande visibilidade na pandemia devido à parceria com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca para a produção de uma vacina contra a covid-19. O imunizante foi uma das fortes apostas do Brasil desde as fases de testes. A Anvisa aprovou o uso emergencial no dia 17 de janeiro.

Na última sexta-feira (22), dois milhões de doses da vacina de Oxford, produzidas pelo Instituto Serum, na Índia, chegaram ao Brasil, e começaram a ser distribuídas para compor o programa de imunização contra a covid-19. A Fiocruz agora negocia a aquisição de mais doses, mas ainda não há uma data ou mais detalhes. De acordo com a fundação, a produção do imunizante nos laboratórios brasileiros ainda não começou no Brasil por falta do IFA (ingrediente farmacêutico que vem da China). 

Já apresentamos o Instituto Butantan, centro de pesquisa da também aprovada Coronavac, agora é a vez de conhecer um pouco mais sobre a história da Fiocruz que, embora não tenha um funk de MC Fioti, tem muita importância para a saúde pública do Brasil.

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O que faz?

A Fiocruz é a maior instituição de pesquisa biomédica da América Latina. Trabalha no desenvolvimento de pesquisas que tratam temas importantes de saúde como doenças infecciosas e saúde pública, e na produção de vacinas e medicamentos. 

O seu Complexo Tecnológico de Vacinas do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio- Manguinhos/Fiocruz) produz vacinas para doenças como a febre amarela, poliomelite, meningite A e C e rotavírus humano.

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Ela ainda oferece formação não-universitária e qualificação de recursos humanos para funcionários do Sistema Único de Saúde (SUS) e para a área de ciência e tecnologia no Brasil. Tem 32 programas de pós-graduação stricto sensu em diversas áreas, uma escola de nível técnico e vários programas lato sensu.

História

A Fundação Oswaldo Cruz nasceu a partir da criação do Instituto Soroterápico Federal, na Fazenda de Manguinhos, Zona Norte do Rio de Janeiro, em maio de 1900. O objetivo inicial era a fabricação de soros e vacinas contra a peste bubônica.

À frente do instituto, o jovem bacteriologista Oswaldo Cruz, que hoje batiza a instituição, comandou a reforma sanitária que conseguiu erradicar a epidemia de peste bubônica e a febre amarela da capital fluminense. Os avanços científicos foram ampliando seu alcance e acabaram resultando na criação, em 1920, do Departamento Nacional de Saúde Pública.

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Um artigo no site da Fundação conta que a instituição vivenciou as muitas transformações políticas no Brasil ao longo do século 20. E passou por uma série de desafios: na Revolução de 1930, perdeu a autonomia e, mais tarde, com o golpe de 1964, foi atingida pelo chamado Massacre de Manguinhos, com a cassação dos direitos políticos de alguns de seus cientistas. “Mas, em 1980, conheceu de novo a democracia, e de forma ampliada.

Sob o comando do sanitarista Sergio Arouca, hoje homenageado com uma estátua na sede, reestruturou a organização e os programas da Fiocruz, dando vida à versão moderna da fundação.

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No site, a fundação disponibiliza uma linha do tempo que apresenta a história da Fiocruz, ano a ano. 

Linha de frente na pandemia

Depois de 120 anos de história, a Fiocruz está na linha de frente do combate à pandemia, considerado o maior desafio do século 21. Segundo a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, em entrevista ao próprio site da fundação, essa atuação conecta com o robusto legado de Oswaldo Cruz: “a formatação de uma instituição que alia ciência, tecnologia (na fabricação de produtos biológicos, como vacinas e fármacos), educação, saúde e projetos nacionais”.

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“Uma marca histórica da Fiocruz, e por isso muito forte, tem origem nessa matriz institucional desenhada pela primeira geração de cientistas que Oswaldo Cruz reuniu em Manguinhos, ou seja, o nosso compromisso com a apropriação dos conhecimentos aqui gerados para a formulação de políticas públicas de saúde”, afirma Nísia.

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